31 December 2017

Roda-gigante

Gente inteligente é outra coisa, mas precisa evitar ligar no piloto-automático para não ficar repetitivo (o Woody Allen começou a ficar assim).

E penso que ele, inteligente que é, deve ter sacado por isto inverteu o gênero: colocou a Kate Winslet para representar seu alter-ego.

Resumo da ópera: o que salvou o filme foi o casting (sem a presença desses atores talentosos, já era)...

Conselho de amiga nada da onça: espere sair na TV...

30 December 2017

The Greatest Showman

WOW!!!

Alguém anotou a placa do caminhão que me atropelou?

Este filme é simplesmente s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l!!!

Elenco, direção de arte, fotografia, trilha sonora, roteiro...  O melhor de Hollywood (daquelas produções que só americano para fazer ; ).

O mais legal é que é uma história real (a vida de P.T. Barnum, o inventor do circo moderno e precursor da publicidade) rsrsrs.

Homem visionário, sabia extrair o melhor das pessoas e das circunstâncias.

E a arte tem este poder: de apontar o caminho sem ser chato, de falar de tolerância e respeito com delicadeza e beleza.

Para se deliciar com os olhos e emocionar com o coração ; )!

Vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=PXrA0RUR6uk

E para ter uma amostra da trilha concorrente certeira ao Oscar: https://www.youtube.com/watch?v=gdjR2lvIfJ4

29 December 2017

Extraordinário

Eu sei, filme americano é previsível até a medula, mas vamos lá.

Roteiro adaptado de livro, elenco badalado, vá de coração aberto sem pré-julgamento rsrsrs.

E em tempos de bullying, vale a pena ter ideia (mesmo que vaga) do que rola em sala de aula.

Criança com problema congênito facial vai à escola e descobre que mais do passar de ano, vai precisar de uma dose extra de inteligência emocional para lidar com a hostilidade dos novos colegas. 

Gostei por mostrar diversos ângulos (irmã mais velha, amigos) e assim ver que entre o branco e o preto existe uma cartela giga intermediária de cinzas (a criança arrogante que na verdade é um arremedo dos pais; a exibida que por dentro está com a vida emocional esfacelada e por aí vai).

Obrigatório para quem lida com criança em idade escolar ; ).

27 December 2017

Assassinato no Expresso Oriente

Remake clássico, fui na mó expectativa por conta da direção sempre correta do Kenneth Branagh e do elenco consagrado que não assistiu ao original (para não atuar viciado) rsrsrs.

Tudo perfeito: história com começo, meio e fim, atuação impecável, direção de arte, edição... nenhum fiapo solto ; ).

Um crime é cometido num trem de alto luxo e todos passageiros da 1a. classe se tornam suspeitos. Mas qual será a motivação? Por que?

O que achei legal foi a lição elegante de tolerância, respeito e misericórdia no final.

PS- Não entendo as 2 estrelas dadas pelos críticos com padrão Crô de qualidade...

26 December 2017

Corpo e Alma

Filme bom é aquele que chega sem alarde, de mansinho e, de repente, com uma simplicidade de marais, arrebenta você inteiro por dentro.

Assim é On body and soul, filme húngaro provável concorrente ao Oscar de melhor estrangeiro deste ano; ).

O roteiro é simplérrimo: um homem e uma mulher, prisioneiros do próprio universo interior, precisam sair do cativeiro que eles mesmos se colocaram, para avançar de encontro ao outro. Eles trabalham num matadouro (spoiler: talvez os sensíveis tenham de fechar os olhos no começo para não vomitar) e o que achei mais bacana é que, apesar de ser uma história de amor, a lição maior é de tolerância, de olhar para além dos estereótipos e aprender - para crescer - com o outro.

Se você gosta de histórias instigantes, assista correndo ; ).

PS- Para ouvir outra opinião, vai lá: http://m.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/12/1945139-corpo-e-alma-falso-filme-simples-se-impoe-com-forca-de-obra-rara.shtml

14 December 2017

Thelma

Os melhores suspenses são nórdicos; eles tem um olhar elegante e um jeito tão diferente para contar histórias (horripilantes ; ) hahahaha.

E lá vou eu, curiosíssima para conferir o candidato norueguês à vaga de melhor estrangeiro.

Thelma, dirigido pelo talentoso Joachim Trier (do intrigante Mais forte que bombas), conta a história de uma universitária que tem convulsões que afetam a natureza. O bacana da narrativa é que vai revelando as causas por camadas, lançando mais dúvidas do que apontando caminhos. 

Outra coisa que chamou minha atenção é que, mais do que uma aberração da natureza, Thelma conta uma história de amor.

07 December 2017

Maria, não esqueça que venho dos trópicos

Conhecia superficialmente as obras de Maria Martins, mas não sua vida pessoal por isto saí do cinema completamente devastada ; O!!!

Desquitada nos anos 20, largou a filha e casou-se com o diplomata Carlos Martins. De embaixatriz, tornou-se escultora (e amante de Marcel Duchamp dentre outros) na década de 40. Amiga de Getúlio, Kubistchek, Picasso e Ciccillo Matarazzo, colaborou na escolha de artistas participantes para a Bienal Internacional de São Paulo.

O documentário oscila entre o surpreendente (pelas revelações) e o tacanho (às vezes o cinema brasileiro parece aula de jardim da infância).

O que mais gostei foi a visão holística de sua vida: obras, relacionamentos, personalidade, família. Tudo está junto e misturado, não dá para separar. Gostei de ouvir opiniões de críticos diferentes (cada qual com sua interpretação) rsrsrs e de saber (mesmo que seja puro delírio) rsrsrs do amor entre ela e Duchamp (as cartas, o processo de criação e a disposição das obras num mesmo museu).

Para ter um vislumbre do que estou falando, vai lá:
  • http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,maria-discute-o-legado-da-escultora-maria-martins,551993
  • http://casavogue.globo.com/MostrasExpos/noticia/2013/06/fala-se-de-memoria-maria-martins.html
  • https://www.youtube.com/watch?v=wU849x66VHI
  • 22 November 2017

    Human Flow

    Filmado em 23 países com ajuda de drone e câmera I-phone para garantir proximidade, Human Flow de Ai Wei Wei mostra o retrato de milhões de refugiados espalhados pelo mundo.

    Com 140 minutos de imagens arrebatadoras (sim, precisa ver no cinema) lembrei de Home do Yann Arthus Bertrand (embora um foque na questão humana e o outro na questão ambiental).

    Acho que o único fiapo solto foi questionar a responsabilidade europeia (deveria ser uma preocupação mundial principalmente dos Estados Unidos - é aí que entra o papel de engajamento e o exemplo do líder).


    Para nós brasileiros, fica a empatia (sim, podemos e devemos ajudar) e a reflexão sobre o papel da mídia (ninguém percebe que todos estão cansados de ler e ouvir sempre as mesmas coisas; será que não dá para virar o disco ou mostrar um novo ângulo?).


    O público parece estar anestesiado, não sente mais nada; e o discurso dos comunicadores é como se já estivessem mortos e não soubessem (afff, qdo liga no piloto automático, adeus).


    Para saber mais, vai lá: https://www.humanflow.com/

    19 November 2017

    Loving, Vincent

    S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!!!

    Um dos filmes mais lindos, emocionantes e surpreendentes que vi na vida!!!

    Loving, Vincent conta a história do pintor Van Gogh por meio de uma animação realizada manualmente por 115 artistas em seis anos (siiiiim, em tempos de computação gráfica, ainda existe vida inteligente e criativa)!

    E para quem ama pintura moderna, é como se as telas ganhassem vida e você entrasse na história - putz, seria incrível se também tivessem feito em 3D.

    Para saber mais, vai lá:

  • http://lovingvincent.com/
  • http://veja.abril.com.br/blog/veja-recomenda/filme-com-amor-van-gogh-e-uma-obra-de-arte/
  • 18 November 2017

    Borg x McEnroe

    Quando uma história é marcante e bem contada, vale a pena ser ouvida e vista mesmo sabendo o final.

    E foi com este pensamento que fui ver Borg x McEnroe, principalmente por saber que foi produzida por um diretor europeu rsrs.

    Acho que eles poderiam ter colocado as imagens reais do embate entre os dois tenistas (seria mais emocionante).

    O que mais me tocou foi perceber que o pretenso gelo do sueco na verdade era apenas auto-controle (a maior batalha sempre é vencer nossos próprios demônios).

    Outra reflexão interessante é sobre competitividade:

    - Quanto você tirou na prova de matemática?
    - 6.
    - Só isto?
    - Foi a nota mais alta da classe.
    - Quantos alunos tem a sua sala?
    - 30.
    - E no mundo?

    Tb amei saber que fora da quadra eles se tornaram amigos (mó lição de tolerância para os haters da atualidade) rsrsrs.

    15 November 2017

    Victória & Abdul

    Geeeentem!

    É uma história real e eu não conhecia ; )!

    No final do século 19, a rainha Victória desenvolve uma relação de confiança e amizade com um secretário colonizado chamado Abdul Karim que lhe ensina sobre a língua e a cultura indiana.

    O que achei mais legal foi conhecer esta faceta da Victória (apesar da história falar tanto do seu reinado austero, ela me pareceu uma mulher de personalidade forte, que não se importava com o que a etiqueta ou os outros pensavam).

    E cá entre nós, amizade com homem sempre é mais fácil de manter (não tem rodeios, se tiver de brigar, fala na cara e na sequência já pede desculpa e volta ao normal).

    [ Bocejo para quem vê malícia numa amizade entre um homem e uma mulher ]

    Para saber o que é fato ou boato (no filme, claro) rsrsrs, vai lá: http://veja.abril.com.br/blog/e-tudo-historia/a-historia-secreta-que-inspirou-o-filme-victoria-e-abdul/

    PS- Dica duca: para entender a monarquia britânica e sua etiqueta engessada, assista a série The crown na Netflix.

    14 November 2017

    No intenso agora

    Estava há séééééculos para assistir (ouvi comentários nada favoráveis, mas gosto de ter minha pp opinião) então lá fui eu...

    Pré-sessão, vislumbrei na mãe do João uma mulher fascinante: inteligente, interessante, elegante e de uma lucidez imensurável (o que explica muita coisa). 

    Já o filme, virou uma edição frankenstein de imagens (o trailer e a sinopse falam em China, mas aparecem imagens da Tchecoslovákia e o escambau) além da viagem de colocar o suicídio dos líderes estudantis como metáfora para explicar o inexplicável.

    ( eu sei, cada um cada um; quem sou eu para julgar )

    Melhores momentos: a coragem do diretor em expor a privacidade e sua relação emocional, seu olhar sensível, delicado e tocante... 

    Gostei do texto de abertura e encerramento ("viagem mais penosa e mais fascinante da vida", "a beleza, a simplicidade e a dignidade de uma vida verdadeira"), sua reflexão sobre os meios de comunicação (tv como representação teatral, revistas e livros como registros comerciais) e muito mais.

    Resumo da ópera: apesar de sonífera ilha, tem de ver ; ).

    PS- João, aquela cena de dança... se não me engano, é festa de casamento judaica.

    12 November 2017

    Blade Runner

    Nossa, revi o filme e quase caí dura (porque descobri que foram feitos 9 finais, e este eu ainda não tinha visto, a versão do diretor).

    Desculpe Ripley, mas a versão escolhida pela distribuidora para ir ao ar realmente era melhor (não pelo roteiro, mas pela imagem poética).

    Prestei mais atenção no Deckard (na verdade, nada de novo no front), na Rachael (idem ibidem), mas fiquei encantada com a fala do replicante no final ("o medo é uma espécie de escravidão") e as lágrimas do policial em meio à chuva (de uma delicadeza e ao mesmo tempo força que tocou meu coração).

    Arrependimento: deveria ter assistido antes de ver 2049 para entender melhor algumas questões (ahá! desconfio quem seja o pai do bebê) rsrsrsr.

    10 November 2017

    Invisível

    Depois de ver o trailer instigante (testemunhal de três adolescentes indagando por que a protagonista teve de resolver tudo sozinha), lá fui eu conferir a história de uma garota de 17 anos que engravida presumivelmente do chefe casado e pai de família.

    1a. impressão - céus, deve ser a história de muita menina da geração millenium: entediada, perdida, entorpecida pela dor, carente de atenção, faminta de afeto, mestre em esconder a verdade e por aí vai.

    O cenário é freudiano: pai ausente, desconta na comida a necessidade de carinho e usa o sexo como meio para sentir alguma coisa.

    Para completar a tragédia, a cegueira de não ver na educação um instrumento para sair do topor em que se encontra (cortou meu coração perceber o desinteresse e o consequente analfabetismo funcional).

    Apesar de depressivo até a medula, vale pela reflexão (recomendo a pais e professores, pelo debate).

    07 November 2017

    Mulholland Drive

    Ando numa fase meio lynchiana rsrsrs: assisti ao documentário (soberbo, por sinal), li o livro dele e agora um filme que ainda não tinha visto mas ouvido muito falar.

    1a. impressão: peloamor, Lynch - ainda bem que você não usava drogas (porque se tivesse, sabe lá o que vc tinha feito) rsrsrs.

    Sim, é um filme conceitual (como tudo o que ele faz), mas esse é viajandão até a lua rsrsrs.

    Entendo que também tem um quê de verdade (por incrível que pareça, é uma crítica atualíssima à indústria cinematográfica: assédio sexual, manipulação, autonomia criativa nula e por aí vai).

    Resumo da ópera: clássico, tem de ver ; ).

    02 November 2017

    Filmoteca on line: 300 filmes alternativos legendados

    Dica duca para quem é fissurado em filmes alternativos que por algum motivo (tempo, estética ou país de origem) estão fora do circuito comercial ; ).

    É a filmoteca on line - vai lá: http://www.hypeness.com.br/2017/01/o-que-voce-encontra-na-filmoteca-online-plataforma-que-reune-mais-de-300-filmes-alternativos-legendados/

    31 October 2017

    Happy End

    A função da arte é expandir horizontes seja pelo sublime ou pelo choque (e o Haneke é de uma lucidez que espanta) rsrsrs.

    Apesar das críticas negativas, gostei bastante (uma espécie de melting pot entre A fita branca com Amor).

    O começo até parece pegadinha: uma câmera de celular registra uma mulher de costas num momento de intimidade e depois o desabafo de uma adolescente (será brincadeira ou verdade poética) rsrsrs. Mas ao longo do filme, você descobre que o abismo é beeeeeem mais embaixo (confusão emocional: você não sabe se ri do grotesco ou se chora pela crítica à realidade).

    Resumo da ópera: assiiiiiiiista (e se não assistiu os dois filmes citados, recomendo) rsr.

    30 October 2017

    Cleo das 5 às 7

    Agnes Varda é uma cineasta de 89 anos que continua na ativa.

    Homenageada na 41a. Mostra, lá fui eu conferir uma de suas obras para formar minha própria opinião.

    Cleo das 5 às 7 é um filme de 1962 bem estilo mulherzinha (que eu odeio): começa cheio de futilidades (mulher linda e insegura consulta tarot), preocupada em agradar seu homem (quer dizer, à parte que lhe cabe) e mestre em sapatear na cabeça de quem não pode se defender.

    A parte mais tocante é quando ela conhece Antoine (as falas deste personagem são as pérolas do filme) trazendo leveza e paz (o demônio está mais na nossa cabeça do que na realidade - por piores que sejam as coisas que tenhamos de enfrentar, o mais importante é perceber que não estamos sozinhos).

    Decepção final: o filme anunciava um 'brinde' do Godard no encerramento, mas pelo visto só rolou na exibição original (snifff, saí da sala chupando o dedo) rsrsrs.

    20 October 2017

    Esplendor

    Aaaaaamo tudo o que a Naomi Kawase faz ; )!

    A crítica acha ela hermética, mas entendo tudo o que ela quer dizer.

    OK, concordo que Esplendor não está no mesmo patamar do delicado O segredo das águas ou do tocante Sabor da Vida.

    Mas ainda assim é um Kawase : ))).

    Um talentoso fotógrafo e cineasta tem uma doença que o faz perder a visão. E uma jovem é contratada para fazer audiodescrição de seu último filme.

    O destino dos protagonistas é talhado por meio dos esbarrões que dão, uma na vida do outro (o que incomoda, vira aprendizado).

    E claro, sempre tem umas pérolas: a beleza do efêmero, a força da imaginação, o respeito à sensibilidade e por aí vai.

    Para quem enxerga com os olhos do coração, é puro deleite - recomendo ; ).

    08 October 2017

    Franca: chaos and creation

    Franca Sozzani é uma das mulheres mais criativas e talentosas da atualidade ; ).

    Como publisher, ela inovou ao unir arte, jornalismo e moda. Foi a 1a. editora a colocar celebridade nas capas de revista e, junto com o estilista Gianni Versace, inaugurou a era das top models (Naomi Campbell, Linda Evangelista, Cindy Crawford, Claudia Schiffer). Também desenvolveu parcerias longevas como a que fez com Steven Meisel que por 26 anos fotografou todas as capas da Vogue italiana.


    Para mergulhar no mundo de caos e criação de Franca, assista ao documentário realizado pelo filho (mérito dele pelo clima intimista), vai lá: https://www.netflix.com/br/title/80147971

    Para se inspirar na coragem desta mulher arrebatadora : ))).


    Algumas pérolas:


    " Se é para errar, que seja pelas minhas próprias ideias e não dos outros "

    " Se assim não serve e não está bom, faça você mesmo "
    " Não é questão de liberdade, mas de confiança "
    " Fracasso? Todos fracassam porque ninguém é perfeito "
    " Eu também sou gênio de reconhecer o talento deles, não é mesmo? "
    " Todo dia tenho de fazer algo novo, não dá para ficar parado no tempo "

    05 October 2017

    Blade Runner 2049

    Estava tão pilhada para assistir que nem dormi direito rsrsrsr.

    E por tanta expectativa, vai saber, o filme ficou a desejar.

    Sim, o Villeneuve é um diretor sensacional. Sim, o Ryan Gosling manda bem s-e-m-p-r-e...maaaas perdeu a aura cult (ficou pretensioso e ao mesmo tempo raso). E o Harrison Ford peloamor, para participar bodeado desse jeito, nem precisava.

    Existem filmes que transcendem a direção, por isto querer imprimir autoria é até deselegante (A chegada é muito mais impactante; Blade Runner ficou no dejà vu).

    O que achei mais legal foi mostrar o conflito de gerações (enquanto os jovens nunca envelhecem e abortam sem culpa quando algo sai do script, os vintage sofrem, sangram e por isto mesmo mantem a humanidade).

    Resumo: - cinéfilo, veja com seus próprios olhos mesmo que seja para não gostar rsrsr.

    PS- Para saber do que estou falando, vai lá: http://veja.abril.com.br/especiais/blade-runner-o-livro-meu-reino-por-uma-ovelha/

    PS2 - E para ler outra opinião, vai lá: http://www.ultimato.com.br/conteudo/blade-runner-2049-e-a-sociedade-das-aparencias

    01 October 2017

    Cavaleiro de copas

    Sou apaixonada pelo Terrence Malick, mas achei este filme meio indigesto.

    Explico: usualmente os filmes dele costumam ser impactantes visualmente e de uma transcendência sem fim (Ok, este filme também tem um pouco disto, mas de outra maneira pois ao invés de retratar a natureza, ele escolheu filmar Las Vegas).

    O recado é claro: você pode tentar reunir todas coisas belas num lugar só, porém a verdadeira beleza está dentro de um contexto que reúne coisas boas e outras nem todas juntas (porque não dá para editar a vida).

    Outra coisa: cada dia mais evidente é a obsessão do Malick em desmascarar a hombridade - os últimos filmes dele mostram esta geração que de empoderada não tem nada, pelo contrário, ainda precisa achar o próprio caminho.

    O filme mostra aliás uma narrativa bem bacana, das diversas fases da vida de um homem.

    Para olhar, refletir e (tentar) mudar de rumo se for preciso.

    27 September 2017

    Afterimage

    Amo filme estrangeiro (todos são) rsrsrsr porque é uma maneira de adentrar em um universo totalmente diferente do meu - e esta produção polonesa é de esmagar o coração.

    Um artista talentoso da década de 40 compartilha sua visão de mundo com alunos de uma universidade. O começo já é de chacoalhar o esqueleto: nosso olhar capta aquilo que nos emociona e esta imagem fica marcada na memória (o que ele chama de after image).

    Porém, sua integridade é posta à prova quando o regime socialista começa a ditar as regras e ele não se curva (primeiro por convicção e sabe lá até que ponto por obstinação também).

    Dureza que é uma história real, então imagine o estado que saí do cinema...

    Se você gosta de história e não tem medo de ser confrontado, recomendo.

    23 September 2017

    Dunkirk

    .
    Quando pensamos na 2ª Guerra Mundial, é bem pouco provável que a retirada exército inglês de Dunquerque seja um episódio presente na memória coletiva brasileira. Mais de 400 mil soldados britânicos foram encurralados por alemães nas praias da França, e a previsão otimista do primeiro-ministro Winston Churchill era do resgate de 45 mil deles. É o desenrolar desse resgate que assistimos em Dunkirk (2017), de Christopher Nolan.
    Soldados tentando escapar da praia, civis navegando para prover socorro e pilotos da Força Aérea buscando conter ataques germânicos. São essas as três linhas narrativas e temporais sobrepostas pelo diretor, que entrega um filme de guerra – ou de fuga, como ele mesmo propõe – que destoa dos padrões do gênero.
    Além das óbvias diferenças na maneira de Nolan contar uma história de guerra em Dunkirk, e da habilidade em orquestrar som, tempo e imagem, outro ponto que chama atenção no filme é a escolha da trama em si. Um grandioso acontecimento entre nações contado através de personagens nada grandiosos.
    Os pilotos que acompanhamos na tela não carregam uma arma letal que acabará com o exército inimigo em apenas um comando. Os civis não têm recursos mirabolantes para garantir o sucesso de sua missão na embarcação. Os soldados, tentando escapar como tantos outros, poderiam não ter sobrevivido em algum dos vários momentos de apuros, como tantos outros.
    Não somos nem mesmo levados a torcer para que eles sejam bem sucedidos para voltar para os braços de uma esposa e filhos, para cuidar de uma mãe doente, para perseguir o sonho de se tornar um engenheiro e reconstruir os escombros deixados pelas batalhas. A tensão do conflito já é tão grande, e Nolan a maneja tão bem, que panos de fundo nem são necessários.
    Dentro das proporções de uma história de guerra, os personagens principais de Dunkirk são ordinários. Acompanhamos Mr. Dawson (Mark Rylance) em seu barco de lazer, mas em seu lugar poderia ser qualquer outro das centenas de civis que atendeu ao chamado do governo britânico para partir ao resgate dos soldados. O mesmo acontece nas outras duas tramas entrelaçadas.
    A excelência no ordinário

    Mr. Dawson não parece encarar a tarefa de enfrentar o mar em meio a ataques inimigos para resgatar soldados náufragos numa guerra como algo extraordinário. Ele parece estar só atendendo prontamente a um chamado. Fazendo o que era certo naquela situação. E por “certo” aqui leia-se “o que mais nos faz estar em conformidade com Cristo”.
    Após falar sobre as diferentes manifestações dos dons do Espírito no capítulo 12 de sua primeira carta aos coríntios, Paulo finaliza dizendo “passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente”, seguindo a falar sobre o amor no famoso capítulo 13. Depois de abordar o extraordinário, fala sobre como isso não vale nada sem amor. E que coisa mais ordinária que essa?
    Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei” – 1Co 13:2
    Fomos criados para sermos excelentes em nossas vidas normais, como pessoas humanamente ordinárias. Quando falamos algo como “minha vida daria um filme”, geralmente nos referimos àqueles momentos em que vivemos ou presenciamos algo excepcional, momentos que podemos contar nos dedos.
    Esses poucos episódios fora do comum fazem sim parte da vida, mas também deixamos nossa marca no mundo através das outras milhares de histórias usuais das quais participamos todos os dias. Através da busca em levar nossas vidas normais com o propósito de estar em conformidade com Cristo, sendo excelentes no exercício das virtudes, tendo o amor como a maior delas.
    O monumental, o magnífico e o ordinário
    Com a ajuda de civis e com a cobertura das forças aéreas, 340 mil homens foram salvos nas praias francesas durante a Segunda Guerra Mundial. Um feito extraordinário, possível por conta da prontidão e da excelência de pessoas ordinárias. E de uma boa dose de provisão divina (não abordada no filme, mas vale a pena buscar por “o milagre de Dunquerque” por aí).
    Além de um belo feito cinematográfico de Christopher Nolan e sua equipe, Dunkirk traz à tona algo de que é fácil se esquecer: em meio a um acontecimento monumental como uma guerra, há várias pequenas histórias que, por conta de suas virtudes, vale a pena contar. Do mesmo jeito, em meio à magnífica história de redenção, Deus usa as nossas, tão ordinárias.
    Fonte: http://ultimato.com.br/sites/jovem/2017/08/23/dunkirk-e-a-importancia-das-historias-ordinarias/

    22 September 2017

    Wes Anderson - trailer do novo filme : )))

    .
    Se você é adicto pelo Wes Anderson como eu, prepare a adrenalina e assista o trailer do próximo filme do gênio rsrsr: http://www.hypeness.com.br/2017/09/saiu-o-trailer-do-novo-filme-de-wes-anderson-que-promete-ser-tudo-aquilo-e-mais-um-pouco/
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    16 September 2017

    Jeong Kwan

    Cozinhar está tão na moda que começou a ficar chato rsrsrsr.

    Mas este episódio do Chef´s Table é surpreendente porque mostra uma monja budista, que é professora de gastronomia, e responsável pela cozinha de um mosteiro na Coréia do Sul.

    Jeong Kwan prepara os próprios ingredientes que plantou, cuidou e colheu. A sua comida, mais do que alimentar o corpo, é presente para a alma.

    Ficou curioso?

    Vai lá: https://www.netflix.com/br/title/80007945
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    14 September 2017

    David Lynch, a vida de um artista

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    Amo a estética e o olhar desconfortante do David Lynch.

    E claro que conhecer mais de pertinho o que move, o que instiga e o que inspira este artista talentoso era mais do que mandatório ; ).

    1a. constatação: quando uma pessoa manda bem no que faz, é insegura pacas (não confia no próprio taco, está sempre descobrindo novos caminhos).

    E a trajetória dele é linda de viver: começou pintando para depois entrar no cinema.

    O que gostei foi descobrir suas referências (hoje em dia me encanta saber mais o que move uma pessoa e como ela vive do que o trabalho em si).

    Para saber mais, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/David_Lynch:_The_Art_Life

    06 September 2017

    Gaga, o amor pela dança

    Amo dança apesar da péssima coordenação motora rsrsr.

    E toda vez que tenho oportunidade de ver ver um espetáculo ou assistir um documentário sobre o tema, fico emocionada (foi assim com Sonhos em Movimento, Reset e agora Gaga).

    Não conhecia o trabalho do Ohad Naharin e gostei da técnica, do rigor e da capacidade criadora. 

    Só no final fiquei com um gosto de guarda-chuva na boca (quem sou eu para julgar, mas tanto se fala em amor eterno e na 1a. oportunidade você procura uma pessoa com a cara da outra)...

    Sei lá, cada um cada um.

    20 August 2017

    Wallander

    Uma das coisas mais legais é a gente entrar num universo diferente por meio do olhar do outro.

    E foi assim que descobri Wallander, um investigador policial tão competente e obcecado que por vezes sacrifica a vida pessoal.

    A trama é inteligentíssima, o casting prá lá de talentoso e o personagem principal é visceral a perder de vista - não esconde suas forças, fraquezas e fragilidades.

    O que achei interessante foi mostrar até que ponto os papéis que o personagem desempenha interferem em seu trabalho e, o mais lindo, ele não se desumaniza apesar de viver num ambiente afogado de crimes - pelo contrário, Wallander mergulha fundo em cada empreitada até virar catarse.

    Vai lá: https://www.netflix.com/watch/70230091?trkid=13752289&tctx=0%2C0%2C3947dda41287269234dcc8d2a1b64193dc7a92f4%3A1ac80b6e81a298600853eceb919cbffb05badc97

    21 July 2017

    De canção em canção

    Ver um Malick é ter a certeza de ser surpreendido e Song to song não foge à regra.

    O filme inteiro é arrebatado por imagens de inundar os olhos e o coração além de chacoalhar com reflexões e quatro personagens principais para lá de perturbadores.

    O produtor é um homem charmoso, inteligente, competente, hedonista e utilitarista que chega até a ser perverso. Ele consegue distinguir o que os outros tem de melhor e não  reluta em tirar o que lhe dá proveito.

    O compositor é um personagem apaixonante: tudo o que toca, transforma para melhor, é generoso e só se envolve no que acredita. Por isto mesmo acaba sendo visceral, e é muito linda a transformação pelo qual passa de crescimento e maturidade.

    A artista (como toda boa artista) rsr é tão fluida que parece perdida. Ela se deixa levar como uma onda no mar. O problema é que ela fica à mercê dos outros se tornando refém das circunstâncias.

    A garçonete deixou seu sonho e talento para trás. Para amenizar a dor dos outros, acaba sacrificando a si mesma.

    Qual o limite para amar e não ferir (ou ser ferido)? E o preço a ser pago para ter o que se quer?

    O que achei lindo foi perceber que é uma reflexão pessoal, qual é o papel do homem na atualidade.

    O final é tocante: um ode à humildade, à simplicidade e um convite à nossa verdadeira essência.

    A única coisa que não gostei foi a escolha do casting (cheiro de comida requentada - pelos atores, dava para perceber o papel que cada um iria desempenhar).

    Meio clichê, nada Malick.

    PS- Para ouvir outras opiniões, vá lá:
  • http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/07/1902532-terrence-malick-cria-uma-colagem-inebriante-em-novo-longa.shtml
  • https://www.theguardian.com/film/2017/jul/06/song-to-song-review-terrence-malick-rooney-mara-michael-fassbender-ryan-gosling
  • 20 July 2017

    Frantz

    Tem cineasta que é uma eterna grata surpresa: pela delicadeza que mostra a vida, pelo olhar sensível na construção dos personagens... e o Francois Ozon é um deles ; ).

    Frantz traz a história de um soldado alemão morto na guerra que é pranteado pela noiva, pelos pais e por um suposto amigo francês que conheceu antes da guerra.

    O que mais gostei é que as coisas nunca são o que parecem (tapa na cara de gente deformada por estereótipos ou que é cínica por natureza) rsrsr: oui, dá para ser amigo de quem todo mundo julga ser inimigo, dá para perdoar o imperdoável, dá para ser surpreendido pelo bem ou pelo mal, dá para ser forte quando o coração está despedaçado, dá para ser honesto quando tudo diz que não, dá para reconstruir em cima de destroços.

    Para ouvir mais opiniões, vai lá:

  • https://omelete.uol.com.br/filmes/entrevista/frantz-busco-o-que-ha-de-mais-fragil-na-condicao-humana-diz-francois-ozon/
  • https://www.nytimes.com/2017/03/14/movies/frantz-review.html
  • 19 July 2017

    Paris pode esperar

    Geeeentem, não é só Paris que pode esperar... qualquer pessoa inteligente deve esperar esta bobagem sair em TV aberta, socorro!

    Atraída pelo título (propaganda enganosa) rsrsrs, pelo DNA da diretora (sim, esposa do Copolla e mãe da Sofia), do casting (a Diane Lane é linda, mas sujou  o currículo ao embarcar nesta egotrip da pseudo-diretora) rsrsrs.... lá foi a tonta cair na mais velha armadilha de Hollywood.

    Uma mulher negligenciada pelo marido executivo faz uma viagem de Cannes a Paris de carona com um amigo e... h-a-h-a-h-a-h: Julia, Sabrina, Bianca e Barbara Cartland conseguem emocionar muito mais.

    Dica duca: como diria o Selton Mello no trailer de seu mais novo filme: - perda de tempo! Pra que ficar no escuro vendo a vida dos outros ao invés de cuidar da sua e perder 2 horas da vida ?!

    25 June 2017

    O círculo

    É desconcertante quando Hollywood flerta com a paranoia, mas ainda assim é preferível assistir um desses do que aqueeeles melodramas de bocejo previsível.

    O círculo é uma crítica distópica sobre o uso exacerbado da tecnologia.

    Mae Holland é uma garota cujo maior medo é não ter todo seu potencial concretizado. Ela entra para uma empresa de tecnologia (Jobs e Zuckerberg vestiriam a carapuça haute couture) que propõe uma sociedade eugênica (hahaha, Hitler tb começou assim) rsrsrsr.

    Para quem acredita em Fada do Dente, Papai Noel e whats app grátis, vale como reflexão ; ).

    20 June 2017

    Rodin

    Esta versão, protagonizada por Vincent Lindon, é mais rasa do que sopa servida em pires.

    Rodin, na casa dos seus 40 anos, se envolve com a aluna Camille Claudel, e na sinopse do filme, fala do seu "desabrochamento" para as figuras femininas. 

    Ahhhh, tá...

    Seria muito mais interessante (e mais honesto) falar então só sobre Camille, não é?

    A sensação que dá é que ela criava com todo o seu ser - toda a sua alma estava envolvida no que produzia (e isto parece muito mais surpreendente e excitante do que apenas validar com uma assinatura o que os outros faziam, como Rodin).

    Talvez no final o diretor quisesse fazer esta crítica (porque no final, o Balzac produzido por Rodin, não é reconhecido com grande obra).

    Mais uma vez o tempo como juiz do que é efêmero ou eterno.

    18 June 2017

    Neve negra

    Tem filme que a gente vai pelo ator, mas Darin... peloamor : (((.

    A história tenta ser intrigante e por isto mesmo frustra (mais decepcionante do que feijoada em lata).

    Uma família disfuncional se reencontra após a morte do patriarca: o irmão mais velho é um eremita, o do meio parece estar mais ou menos adaptado à sociedade (casado com uma linda mulher, à espera do 1o. filho, grana curta), a caçula é artista e está internada num manicômio (sem pleonasmos, por favor) hahah e um segredo envolvendo a morte de outro irmão na infância.

    Se você curte cinema argentino, pleeeease não se empolgue - segure a curiosidade e aguarde o filme sair pela Netflix, ok?

    16 June 2017

    Rock´n´roll

    Uma das coisas mais legais do festival Varilux é ter acesso a filmes que jamais entrarão em circuito comercial no Brasil.

    Rock´n´roll é uma pseudo-história autobiográfica onde Guillaume Canet (ator e diretor francês consagrado, e por acaso, marido da talentosa Marion Cotillard) flerta com a realidade e tira sarro de si mesmo e da sociedade contemporânea obcecada por beleza e celebridades.

    Ele é um ator que atingiu o equilíbrio tanto profissional quanto pessoal, mas que se ressente da perda da juventude e do sex appeal.

    O mais engraçado é que, o usual é que este sentimento apossar de mulheres maduras, mas neste caso é ele quem surta (e o filme mostra de maneira hiperbólica todas estas fases) hahaha.

    Dica duca para quem gosta de filme inteligente e nonsense ao mesmo tempo rsrsrsr.

    04 June 2017

    Reset

    O que faz de uma pessoa um grande artista?

    É uma pergunta que fiz enquanto assistia ao documentário Reset, que mostra o processo de Benjamin Millepied quando assume a direção criativa da Ópera de Paris.

    Benjamin é jovem, competente e sabe o que quer. E sua coreografia exigente traduz quem ele é.

    Mas outro lado, percebo que não basta apenas ser bom no que faz - é preciso saber trabalhar em equipe (o que envolve confiança), saber ler o ambiente (que na maior parte das vezes é maior que nosso raio de atuação) e por aí vai.

    Para ouvir outras opiniões, vai lá:
  • https://www.nytimes.com/2017/01/12/movies/reset-review-benjamin-millepied.html?_r=0
  • http://variety.com/2016/film/reviews/reset-film-review-releve-1201759783/
  • https://www.nytimes.com/2015/09/26/arts/international/paris-opera-shows-off-its-brilliance.html
  • https://www.youtube.com/watch?v=nizqVUZZuYQ
  • https://www.youtube.com/watch?v=MOkV27lgjBc
  • http://www.deezer.com/album/12032606
  • 25 May 2017

    Paterson - post II

    .
    Quando o filme é bom, você assiste duzentas mil vezes e se encanta em todas elas - Paterson é assim ; ).

    A beleza já começa pelo nome: filho do Pai (rs). E depois, pelo diretor, o sempre surpreendente Jim Jarmusch).

    Paterson é um motorista sensível que compõe lindos poemas ao longo do dia. É casado com uma artista ordinária (não no sentido ruim da palavra, pelo contrário, é uma dessas outras tantas artistas anônimas e invisíveis que existem pelo mundo, mas nem por isto menos importantes).

    O casal é óleo e água; parecem não ter nada em comum. Mas por isto mesmo são tão especiais porque entre eles existe o respeito, o carinho, a gentileza, o cuidado e a consideração - e isto aumenta ainda mais a beleza do relacionamento dos dois.

    Outra coisa que me tocou é que eles são o oposto de muitos casais da atualidade, que ficam juntos para infernizar a vida um do outro e se destruir mutuamente (quem assistiu A guerra dos Roses sabe do que estou falando) rsrsrs.

    Neste caso, o marido jamais critica a esposa e nem reclama, mesmo quando está com razão. E a mulher, por sua vez, é a maior incentivadora do marido.

    Achei engraçado Paterson não ter família, mas o diretor parece ter optado de propósito, para mostrar que ele é filho daquele lugar coalhado de pessoas comuns e ao mesmo tempo notáveis.

    O final é de uma epifania maravilhosa. Sim, qualquer um pode ser poeta, até mesmo um mafioso da Yakuza (preste atenção nos dedos enfaixados do japinha) rsrsrsr.

    A frase que mais me identifiquei: "poesia traduzida é como usar capa para sair na chuva" (detalhe: ouvindo isto e observando uma linda e majestosa cachoeira) rsrsrs.

    - Jim Jarmusch, fala sério: quando crescer, quero ser como você ; )!

    PS- Para conferir outras opiniões, vai lá:

    23 May 2017

    A promessa

    A fotografia deste filme é de encher os olhos e a história é de cortar o coração.

    Ambientada na época do genocídio armênio, três jovens tem o destino entrelaçado: um estudante de medicina armênio, uma jovem francesa e um jornalista americano.

    Para saber mais: http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-promessa-o-filme-e-o-genocidio

    06 May 2017

    A filha

    .
    O título deveria ser Pai (para não virar spoiler). 

    A trama é engendrada, os personagens bem construídos, mas em algum momento o roteiro ficou previsível demais, afff.

    Um executivo encerra as atividades de sua empresa às vésperas do seu segundo casamento. O filho do primeiro casamento, chega à cidade para participar da cerimônia e cria uma série de pequenas e grandes desgraças por onde passa (o toque de Midas ao contrário).

    Em paralelo, várias vidas que se interligam e se afastam, por distância geográfica ou falta de maturidade emocional.

    Por isto a pergunta final: - pai é quem gera ou quem cria

    E se filha de peixe, peixinha é (talvez isto explique porque estejamos todos tão doentes)...

    26 April 2017

    Paterson

    Amo filmes desconcertantes e Paterson é um deles ; ).

    Adam Drive interpreta um motorista de ônibus casado com uma mulher linda e sensível  (quase no limite, ufa!) e que possui uma alma de artista.

    Ele vive uma vida ordinária: de casa para o trabalho, do trabalho para casa... tudo sempre tão igual: o colega de trabalho que só reclama, a esposa que a cada dia tem uma ideia mirabolante (a esposa é um capítulo à parte: completamente diferente dele - e por isto a relação dos dois é tão linda: por haver respeito, carinho)... o passeio noturno com o cachorro, a cervejinha antes de voltar para casa.

    O filme é uma delícia, quase francês (contemplativo a perder de vista) rsrsrs.

    A parte que eu mais gostei foi a do diálogo na cachoeira (talento em estado bruto)!

    Melhor frase: "... é igual tomar chuva com capa de chuva" (hahahah).

    13 April 2017

    Mesmo se nada der certo

    Perdi a conta das vezes que vi Begin again rsrsrs.

    Mas é engraçado que, quanto mais a gente vê, mais se dá conta de coisas que haviam passado despercebidas rsrsr.

    Por exemplo, o filme retrata o universo da música e da criação, e os tipos que nele transitam.

    Dessa vez o que achei interessante foi notar como alguns personagens são regidos por coisas externas (ambiente, circunstâncias, pessoas, pressão) enquanto outros por sua efervescência interior (como se as coisas 'brotassem' de dentro).

    Por exemplo:

  • o cantor, que ao longo do filme, vai sendo transformando pelas pessoas que entram em sua vida, pelos lugares que passa;
  • a menina, que em meio às adversidades, vai descobrindo quem é, o que quer, o que busca, sem não ser abduzida pelo sistema ou opinião das pessoas (continua íntegra);
  • o produtor, romântico, doce e sensível até a medula, que mergulha de cabeça num tsunami porque as coisas não saem conforme ele imagina;
  • o outro produtor, que para entrar no sistema, vira um walking dead (está presente de corpo, mas a alma sabe lá para onde foi).

  • E veja se na vida, e em outras órbitas, também não tem gente assim (eita, em qual categoria me enquadro) rsrsrs.

    05 April 2017

    Um homem chamado Ove

    Humor sueco é tudo de bom rsrsrsr.

    Concorrente a melhor estrangeiro, o filme perdeu para o iraniano O apartamento (tb preciso ver) rsrsrs.

    Ove é um homem na 3a. idade hiper mega sistemático: acorda cedo, faz a ronda no quarteirão, atormenta os vizinhos, depois toma o café, vai aos mesmos lugares, sempre nos mesmos horários e por aí vai.

    Enlutado pela morte da amada mulher, tenta se matar repetidas vezes (rsrsrs) até chegar uma nova família na vizinhança...

    A história não tem nada demais e em alguns momentos chega até a ser previsível, mas é interpretada com tanta singeleza que é impossível não se apaixonar pelo enredo.

    É muito lindo o descongelamento pelo qual o personagem passa (não é que ele esteja se transformando, pelo contrário, estava já tudo lá dentro - sempre esteve - mas nunca teve a chance de colocar para fora toda sua ternura e beleza).

    E vaaaamos combinar que a maquiagem também tá de arrasar (o ator principal trabalhou no excelente Depois do Casamento) e até choca porque ninguém é tão acabado aos 59 anos rsrsrs.

    Aliáááás, o único senão do filme é exatamente este: o estereótipo da 3a. idade.

    Rabugice não tem a ver com a velhice - quem é trancado, é desde criancinha - e a graça seria exatamente esta: de desconstruir o clichê e jogar para um adolescente ou casal jovem rsrsrsr.

    Resumo da ópera: assista e chore (de rir ou chorar, dependendo do momento) rsrsrs.

    02 April 2017

    Fifteen Million Merits

    Gosta de ficar incomodado a ponto de passar (e ficar muito) mal depois?

    Assista Black Mirror ; ).

    Hoje vi o episódio Quinze mil razões e nem consegui dormir depois.

    Num futuro distópico (nem tão distópico assim) rsrsrs, as pessoas vivem escravizadas numa realidade virtual voltada à amortização dos sentidos e monetização de conquistas.

    Mesmo num ambiente inóspito, ainda é possível encontrar um ou outro que consegue enxergar beleza ou desenvolver alteridade.

    Porém o preço a ser pago é alto demais (caaaalma, não vou falar mais nada) rsrsrs.

    O final é de amargar o coração (como se toda luta não tivesse razão, e como se o final de tudo se resumisse ao tamanho da cela).

    Vai lá: https://www.netflix.com/br/title/70264888

    01 April 2017

    Renoir

    Queria ver esse filme há séculos, mas os horários desencontravam e, por ficar pouco tempo em cartaz, acabei perdendo.

    Eis que zapeando no catálogo Netflix, surpresa: Renoir estava disponível para download (uhu)!

    Como qualquer francês, é meio contemplativo, paradão até, porém nunca raso.

    O filme traz a história do pintor August Renoir, famoso impressionista, em seus últimos anos de vida. Uma jovem modelo posa para ele enquanto seu filho do meio volta da guerra.

    O que mais gostei é que, além de ser uma história real, mostra os dilemas de cada personagem e dá vontade de pesquisar mais fundo sobre o que aconteceu de verdade.

    Por exemplo, o pintor costumava se envolver com as modelos, sendo que uma delas era prima de sua esposa falecida Aline. Gabrielle teve um papel importante na vida de Jean, este filho que volta da guerra e que futuramente se torna cineasta (caaaalma, não precisa ficar bravo - não é spoiler - esta informação não consta no filme) rsrsrs.

    Melhores momentos:
    - quando o filho confronta o pai dizendo que aquela teoria de rolha, de ser levada pelas águas, é apenas uma espécie de covardia (porque escolher envolve assumir responsabilidades e fazer renúncias);
    - quando a modelo e o filho conversam na relva sobre identidade, sonhos e ambições;
    - quando as criadas derramam um balde de realidade na modelo.

    22 March 2017

    Fatma

    Fatima é uma imigrante mulçumana divorciada que luta para criar as duas filhas.

    A filha mais velha honra a mãe, estuda medicina, sofre horrores se dedicando nos estudos e sofre bullying das próprias mulheres de sua etnia. A mais nova desrespeita a mãe de todas as formas possíveis e imagináveis e, apesar de matriculada no ensino médio, desperdiça qualquer chance de crescimento.

    O ex-marido, já reconstruiu a vida com uma nova mulher, mas ´acredita´ que colabora na criação das meninas quando despeja comentários machistas sobre a filha mais velha ou quando compra um tênis novo para a outra minimizando o conflito entre mãe e filha, para não ter de assumir a responsabilidade de educá-la levando para a própria casa.

    O que mais gostei foi mostrar as dificuldades culturais (comunicação, etiqueta, ambiente, preconceito, inserção social) que uma imigrante enfrenta além das dificuldades relacionais (conflito das gerações X, Y e Z) e emocionais.

    Para ouvir outras opiniões, vá lá:

    18 March 2017

    Capacetes brancos

    The White Helmets é a força síria civil formada por 2.850 voluntários que resgatam vítimas de atentados em hospitais, prédios etc.

    Criada em 2013, já salvou mais de 62 mil pessoas (destaque especial para um bebê de 1 mês que ficou soterrado por 16 horas).

    Para saber mais, assista ao documentário vencedor do Oscar deste ano: https://www.netflix.com/br/title/80101827

    Já adianto que serão os 40 minutos mais aflitivos que você viu nos últimos tempos!

    12 March 2017

    Be right back

    Recomendado por um colega (depois de me ouvir desfiando um rosário sobre o protagonista de Ela) rsrs lá vou eu conferir a série Black Mirror....

    ... C-É-É-É-É-É-U-S!!!!! 

    Alguém anotou a placa do caminhão que me atropelou?

    S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l!!!

    Volto já conta a trágica história de um casal disfuncional (marido imaturo, mulher narcisista) até que...

    Bom, o que mais gostei foi mostrar a nossa inabilidade em relacionar (gostamos das mesmas coisas e insistimos em coisas estragadas só pelo medo de enfrentar o desconhecido, mudar ou de ser confrontado - porque só gente madura consegue conviver e respeitar sem partilhar a mesma opinião, não é?).

    Dureza que "gente perdida, uma vez perdida, sempre perdida" hahaha.

    Vai lá (temporada 2): https://www.netflix.com/br/title/70264888

    11 March 2017

    Fome de poder

    Michael Keaton interpreta Ray Kroc, fundador da rede de alimentos fast-food McDonalds, que deu um golpe em dois irmãos, e se apoderou do nome da empresa depois de transformá-la em uma grandiosa franquia.

    Além dos percalços (e das sacadas inesperadas) mostra também como conheceu sua segunda mulher.

    Para sair do cinema com dúvida moral se deve ou não voltar a comer Big Mac rsrsrs.

    09 March 2017

    Silence

    Agora entendi porque demoraram tanto para estrear o filme do Scorsese (se fosse na semana de carnaval, poderia ser confundido com um desfile de escola de samba) rsrsrs.

    Primeiro, o desconforto linguístico (atores americanos representando padres portugueses no Japão medieval) além do descuido generalizado (coleção de estereótipos culturais e figurino discrepante).

    Maaaaas... o que esperar de um americano descendente de italiano que escolhe filmar um romance escrito por um japonês que viveu a maior parte de sua vida na Manchúria e na França? O samba do crioulo doido (porque não é histórico e muito menos sobre fé)!

    Primeiro, a imaturidade espiritual dos missionários; depois o retrato infiel da cultura japonesa (visão ocidental distorcida) e por fim, um maniqueísmo mal ajambrado (aquela necessidade rasa de rotular quem é mocinho e quem é bandido).

    Realmente a melhor resposta para o filme é o SILÊNCIO hahaha.

    Ok, você venceu rsrsrs... tirando o olhar crítico, admito, a fotografia é belíssima e, fazendo um esforço, dá até para sair da sala questionando: serei eu arrogante e perdida como o padre novo? Ou pretensiosa como o padre velho? Estarei brincando de teletubbie com a vida? Ou procurando um band-aid para enfaixar a ferida que gangrena?

    Para ouvir outras opiniões, vai lá:

    05 March 2017

    Jackie

    Gentem, que filme chatésimo.

    E essa Jackie, hein... tão quente e acolhedora quanto um iglu no Pólo Norte.

    O filme conta os dias posteriores ao assassinato de JFK e o circo por ela montado para o cadáver receber as maiores honrarias de Estado.

    A obsessão pelo belo e a preocupação com a sociedade do espetáculo fizeram dela uma autêntica walking dead (apenas imagem).

    Para sair da sala com dó (e mêda de ficar igual).

    28 February 2017

    Fences

    Gosto mais do título em inglês porque remete tanto a cerca de casa quanto a limites que podem ser transpostos ou  merecem ser respeitados.

    O filme é uma adaptação de uma peça teatral, o que explica os diálogos longos, a câmera parada sem edição nervosa e a interpretação impecável de todos os atores.

    A Viola Davis é um caso à parte (incrível saber que foi premiada no teatro e no cinema pelo mesmo papel, uma vez que as técnicas são completamente diferentes)...

    Um homem negro e analfabeto tem os sonhos cancelados de ser jogador de beisebol por causa do racismo nos anos 50. Seu filho caçula é muito talentoso e recebe convite de uma universidade para estudar e jogar beisebol, porém seu pai é contra. A mãe, agregadora, tenta conciliar todos que gravitam ao redor: o filho do outro casamento, a vizinhança amiga, o marido... até que (bem, não vou contar) rsrsrs!

    O que achei legal é que apesar de ser uma crítica social também tem um quê de humanidade (atire a 1a. pedra quem nunca esteve numa situação semelhante à do pai, da mãe, do filho, do amigo)...

    E para quem gosta de atuação magistral, é prato cheio ; ).

    27 February 2017

    Oscar 2017 - lista de vencedores

    Best picture
    • Winner: Moonlight
    • Arrival
    • Fences
    • Hacksaw Ridge
    • Hell or High Water
    • Hidden Figures
    • La La Land
    • Lion
    • Manchester by the Sea

    Best actress

    • Winner: Emma Stone - La La Land
    • Isabelle Huppert - Elle
    • Ruth Negga - Loving
    • Natalie Portman - Jackie
    • Meryl Streep - Florence Foster Jenkins

    Best actor

    • Winner: Casey Affleck - Manchester by the Sea
    • Andrew Garfield - Hacksaw Ridge
    • Ryan Gosling - La La Land
    • Viggo Mortensen - Captain Fantastic
    • Denzel Washington - Fences

    Best supporting actress

    • Winner: Viola Davis - Fences
    • Naomie Harris - Moonlight
    • Nicole Kidman - Lion
    • Octavia Spencer - Hidden Figures
    • Michelle Williams - Manchester by the Sea

    Best supporting actor

    • Winner: Mahershala Ali - Moonlight
    • Jeff Bridges - Hell or High Water
    • Lucas Hedges - Manchester by the Sea
    • Dev Patel - Lion
    • Michael Shannon - Nocturnal Animals

    Best director

    • Winner: La La Land - Damien Chazelle
    • Arrival - Denis Villeneuve
    • Hacksaw Ridge - Mel Gibson
    • Manchester by the Sea - Kenneth Lonergan
    • Moonlight - Barry Jenkins

    Best original screenplay

    • Winner: Manchester by the Sea - Kenneth Lonergan
    • 20th Century Women - Mike Mills
    • Hell or High Water - Taylor Sheridan
    • La La Land - Damien Chazelle
    • The Lobster - Yorgos Lanthimos and Efthimis Filippou

    Best adapted screenplay

    • Winner: Moonlight - Barry Jenkins and Tarell Alvin McCraney
    • Arrival - Eric Heisserer
    • Fences - August Wilson
    • Hidden Figures - Allison Schroeder and Theodore Melfi
    • Lion - Luke Davies

    Best original score

    • Winner: La La Land - Justin Hurwitz
    • Jackie - Mica Levi
    • Lion - Dustin O'Halloran and Hauschka
    • Moonlight - Nicholas Britell
    • Passengers - Thomas Newton

    Best original song

    • Winner: La La Land - City of Stars by Justin Hurwitz, Benj Pasek and Justin Paul
    • La La Land - Audition by Justin Hurwitz, Benj Pasek and Justin Paul
    • Moana - How Far I'll Go by Lin-Manuel Miranda
    • Trolls - Can't Stop the Feeling by Justin Timberlake, Max Martin and Karl Johan Schuster
    • Jim: The James Foley Story - The Empty Chair by J Ralph and Sting

    Best cinematography

    • Winner: La La Land - Linus Sandgren
    • Arrival - Bradford Young
    • Lion - Greig Fraser
    • Moonlight - James Laxton
    • Silence - Rodrigo Prieto

    Best foreign language film

    • Winner: The Salesman - Iran
    • A Man Called Ove - Sweden
    • Land of Mine - Denmark
    • Tanna - Australia
    • Toni Erdmann - Germany

    Best costume design

    • Winner: Fantastic Beasts and Where to Find Them - Colleen Atwood
    • Allied - Joanna Johnston
    • Florence Foster Jenkins - Consolata Boyle
    • Jackie - Madeline Fontaine
    • La La Land - Mary Zophres

    Best make-up and hairstyling

    • Winner: Suicide Squad - Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini and Christopher Nelson
    • A Man Called Ove - Eva Von Bahr and Love Larson
    • Star Trek Beyond - Joel Harlow and Richard Alonzo

    Best documentary feature

    • Winner: OJ: Made in America
    • 13th
    • Fire At Sea
    • I Am Not Your Negro
    • Life, Animated

    Best sound editing

    • Winner: Arrival - Sylvain Bellemare
    • Deepwater Horizon - Wylie Stateman and Renee Tondelli
    • Hacksaw Ridge - Robert Mackenzie and Andy Wright
    • La La Land - Ai-Ling Lee and Mildred Iatrou Morgan
    • Sully - Alan Robert Murray and Bub Asman

    Best sound mixing

    • Winner: Hacksaw Ridge - Kevin O'Connell, Andy Wright, Robert Mackenzie and Peter Grace
    • 13 Hours: The Secret Soldiers of Benghazi - Gary Summers, Jeffrey J Haboush and Mac Ruth
    • Arrival - Bernard Gariepy Strobl and Claude La Haye
    • La La Land - Andy Nelson, Ai-Ling Lee and Steve A Morrow
    • Rogue One: A Star Wars Story - David Parker, Christopher Scarabosio and Stuart Wilson

    Best animated short

    • Winner: Piper - Alan Barillaro and Marc Sondheimer
    • Blind Vaysha - Theodore Ushev
    • Borrowed Time - Andrew Coats and Lou Hamou-Lhadj
    • Pear Cider and Cigarettes - Robert Valley and Cara Speller
    • Pearl - Patrick Osborne

    Best animated feature

    • Winner: Zootopia
    • Kubo and the Two Strings
    • Moana
    • My Life as a Zucchini
    • The Red Turtle

    Best production design

    • Winner: La La Land - David Wasco and Sandy Reynolds-Wasco
    • Arrival - Patrice Vermette and Paul Hotte
    • Fantastic Beasts and Where to Find Them - Stuart Craig and Anna Pinnock
    • Hail, Caesar! - Jess Gonchor and Nancy Haigh
    • Passengers - Guy Hendrix Dyas and Gene Serdena

    Best visual effects

    • Winner: The Jungle Book - Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R Jones and Dan Lemmon
    • Deepwater Horizon - Craig Hammack, Jason Snell, Jason Billington and Burt Dalton
    • Doctor Strange - Stephane Ceretti, Richard Bluff, Vincent Cirelli and Paul Corbould
    • Kubo and the Two Strings - Steve Emerson, Oliver Jones, Brian McLean and Brad Schiff
    • Rogue One: A Star Wars Story - John Knoll, Mohen Leo, Hal Hickel and Neil Corbould

    Best film editing

    • Winner: Hacksaw Ridge - John Gilbert
    • Arrival - Joe Walker
    • Hell or High Water - Jake Roberts
    • La La Land - Tom Cross
    • Moonlight - Nat Sanders and Joi McMillon

    Best documentary short

    • Winner: The White Helmets - Orlando von Einsiedel and Joanna Natasegara
    • 4.1 Miles - Daphne Matziaraki
    • Extremis - Dan Krauss
    • Joe's Violin - Kahane Cooperman and Raphaela Neihausen
    • Watani: My Homeland - Marcel Mettelsiefen and Stephen Ellis

    Best live action short

    • Winner: Sing - Kristof Deak and Anna Udvardy
    • Ennemis Interieurs - Selim Azzazi
    • La Femme et le TGV - Timo Von Gunten and Giacun Caduff
    • Silent Nights - Aske Bang and Kim Magnusson
    • Timecode - Juanjo Gimenez

    http://www.bbc.com/news/entertainment-arts-38716725

    PS1- Para ouvir uma opinião sobre a premiação, vai lá:  http://m.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2017/02/1862477-se-o-oscar-ficara-na-historia-sera-pela-gafe-e-pelas-criticas-a-trump.shtml

    PS2- Para saber sobre o barraco que rolou na entrega final: https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/noticias/2017/02/oscar-2017-foi-o-final-mais-estranho-da-tv-desde-lost-diz-jimmy-kimmel-sobre-erro-historico

    PS3- E para se encantar com o bom jornalismo (sim, ele existe e não é brasileiro): https://www.theguardian.com/film/2017/feb/28/oscars-2018-academy-award-nominees-predictions