09 March 2017

Silence

Agora entendi porque demoraram tanto para estrear o filme do Scorsese (se fosse na semana de carnaval, poderia ser confundido com um desfile de escola de samba) rsrsrs.

Primeiro, o desconforto linguístico (atores americanos representando padres portugueses no Japão medieval) além do descuido generalizado (coleção de estereótipos culturais e figurino discrepante).

Maaaaas... o que esperar de um americano descendente de italiano que escolhe filmar um romance escrito por um japonês que viveu a maior parte de sua vida na Manchúria e na França? O samba do crioulo doido (porque não é histórico e muito menos sobre fé)!

Primeiro, a imaturidade espiritual dos missionários; depois o retrato infiel da cultura japonesa (visão ocidental distorcida) e por fim, um maniqueísmo mal ajambrado (aquela necessidade rasa de rotular quem é mocinho e quem é bandido).

Realmente a melhor resposta para o filme é o SILÊNCIO hahaha.

Ok, você venceu rsrsrs... tirando o olhar crítico, admito, a fotografia é belíssima e, fazendo um esforço, dá até para sair da sala questionando: serei eu arrogante e perdida como o padre novo? Ou pretensiosa como o padre velho? Estarei brincando de teletubbie com a vida? Ou procurando um band-aid para enfaixar a ferida que gangrena?

Para ouvir outras opiniões, vai lá:

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