21 February 2019

Se a rua Beale falasse

O trailer é tocante < 3

O filme é onírico, chega até a ser de um realismo fantástico como Me chame pelo seu nome (o que as pessoas deveriam dizer, o tom de voz para falar, como se comportar) - até a roupa é perfeita (preste atenção nas primeiras cenas: o cara combina a cor da camisa com a cor da capa da menina e a cor do vestido dela combina com a cor da calça do cara - e na 1a. vez do casal, os dois estão de branco como se fossem noivos)...

Tudo muito lindo, se o estereótipo ao contrário não agredisse a inteligência (nos filmes americanos, os bandidos são negros, latinos ou asiáticos e nesses filmes de empoderamento negro, os brancos são os bandidos) - peloamor, podemos fazer melhor sem copiar os defeitos, não é?

O que achei interessante é a subversão na narrativa (começa como conto de fadas e termina com a realidade pura e crua). Outro ponto positivo (como Me chame pelo seu nome) é mostrar que o amor independe de crença, cor da pele, gênero... porque afinal é amor.

Gostei também da história ser contada sob o ponto de vista da garota e da elegância do autor em descrever as situações degradantes pelas quais as moças negras tinham de sujeitar (reféns tanto dos homens brancos quanto dos negros).

Melhor frase do filme:
- Aceitamos o que a vida tem a oferecer.

Para refletir: às vezes é preciso se colocar na pele do outro para prestar atenção e sentir a dor e a humilhação que ele passa sem a gente se dar conta.

E mais: por que é tão difícil ser feliz? Já não basta a dificuldade inerente à vida, ainda temos de enfrentar a inveja dos outros que fazem de tudo para destruir o fiapo que nos resta?

PS- Para ouvir outra opinião: 
https://alias.estadao.com.br/noticias/geral,inspiracao-de-filme-do-oscar-livro-de-james-baldwin-chega-ao-pais,70002732125
https://www.planocritico.com/critica-se-a-rua-beale-falasse/

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