31 December 2018
30 December 2018
Maria Callas
Céééééus, que tragédia grega...
Saí da sala com o coração despedaçado (que história triste a dessa mulher), afff...
Maria Callas foi uma das vozes femininas mais importantes da História e reverenciada em todos os continentes. Mas todo seu talento não a impediu de sofrer horrores.
Primeiro, a mãe parasita, depois o marido aproveitador e para fechar a chave da cadeia, um trilhardário cujo dinheiro não fez dele um homem melhor (você conhece um tal de Onassis?).
O filme dá um panorama geral da vida dela, as óperas mais icônicas, o público, a imprensa... mas para compreender melhor as lacunas, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/Maria_Callas
Para ouvir outra opinião: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/filme-maria-callas.phtml
Saí da sala com o coração despedaçado (que história triste a dessa mulher), afff...
Maria Callas foi uma das vozes femininas mais importantes da História e reverenciada em todos os continentes. Mas todo seu talento não a impediu de sofrer horrores.
Primeiro, a mãe parasita, depois o marido aproveitador e para fechar a chave da cadeia, um trilhardário cujo dinheiro não fez dele um homem melhor (você conhece um tal de Onassis?).
O filme dá um panorama geral da vida dela, as óperas mais icônicas, o público, a imprensa... mas para compreender melhor as lacunas, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/Maria_Callas
Para ouvir outra opinião: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/filme-maria-callas.phtml
27 December 2018
05 December 2018
Longe da árvore
Preciso dizer que chorei cântaros?
Mó tapa na cara de gente preconceituosa (explico: havia lido o livro e fui assistir ao documentário esperando menos, afinal os livros sempre são mais interessantes).
Andrew Solomon (o autor) é um dos produtores, o que talvez explique a cadência (sim, a experiência do livro continua mais completa, mas o filme é enriquecedor pois traz histórias que não foram narradas).
Solomon mostra sua jornada pessoal (judeu, gay) e explica por que investiu 10 anos investigando famílias cujos filhos não se parecem com os pais (anões, autistas, criminosos e por aí vai).
O final é de arrebentar o coração: "descobri que ser infeliz é o padrão; é preciso ser criativo para construir a felicidade e sair da mediocridade".
(Preste atenção na última cena e reflita se ser normal que não é o anormal) rsrsrs.
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá: https://variety.com/2018/film/reviews/far-from-the-tree-review-1202879339/
Mó tapa na cara de gente preconceituosa (explico: havia lido o livro e fui assistir ao documentário esperando menos, afinal os livros sempre são mais interessantes).
Andrew Solomon (o autor) é um dos produtores, o que talvez explique a cadência (sim, a experiência do livro continua mais completa, mas o filme é enriquecedor pois traz histórias que não foram narradas).
Solomon mostra sua jornada pessoal (judeu, gay) e explica por que investiu 10 anos investigando famílias cujos filhos não se parecem com os pais (anões, autistas, criminosos e por aí vai).
O final é de arrebentar o coração: "descobri que ser infeliz é o padrão; é preciso ser criativo para construir a felicidade e sair da mediocridade".
(Preste atenção na última cena e reflita se ser normal que não é o anormal) rsrsrs.
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá: https://variety.com/2018/film/reviews/far-from-the-tree-review-1202879339/
18 November 2018
Em chamas
E a curiosidade matou o gato rsrsrsr.
Assisti ao trailer e fiquei instigada com o enredo : 0
Primeiro, porque é baseado em um conto de Haruki Murakami apesar do filme ser coreano. Depois porque foi mó comentado durante a Mostra. E agora, que entrou no circuito comercial, a imprensa pegou fogo (metaforicamente) rsrsrs.
Relutei para assistir (Poesia é lindo, mas depressivo até a medula): procurei o conto e os comentários sobre o filme para aplacar a curiosidade, mas não teve jeito (nesta hora, a gente precisa formar a própria opinião, não é?).
Jong-su é um entregador que sonha em ser escritor e William Faulkner é um dos autores que mais o inspira. Num dia, ele encontra por acaso Haemi, uma colega de escola. Os dois se envolvem, porém entra um terceiro elemento, que Haemi conheceu em uma viagem à África. Ben é o oposto de Jong-su: rico, bem-relacionado, frio. Não demora muito (ou melhor, demora séculos porque o filme é arrastado à beça) para as coisas esquentarem rsrsr.
O que eu mais gostei foi o brilhantismo na sutileza (bocejo), as metáforas (4o. andar), o jogo de chiaroscuro... O tempo todo o diretor dá pistas: culto x não instruído, raiva aparente x violência dissimulada, amor x atração utilitária, passado x presente, pai x filho e por aí vai.
Outra coisa (olha a viajanda) rsrsr é perceber uma apropriação de 3 Dostoievski: Crime e Castigo (uma pessoa acima de qualquer suspeita comete um crime e... sairá impune?), O duplo (muita atenção na construção dos personagens Jong-su x Ben, Haemi x mãe do protagonista) e O idiota (todos contam seus segredos a um jovem rapaz por julgarem-no inofensivo).
Resumo da ópera: filme inteligente (assista correndo) rsrsr.
Assisti ao trailer e fiquei instigada com o enredo : 0
Primeiro, porque é baseado em um conto de Haruki Murakami apesar do filme ser coreano. Depois porque foi mó comentado durante a Mostra. E agora, que entrou no circuito comercial, a imprensa pegou fogo (metaforicamente) rsrsrs.
Relutei para assistir (Poesia é lindo, mas depressivo até a medula): procurei o conto e os comentários sobre o filme para aplacar a curiosidade, mas não teve jeito (nesta hora, a gente precisa formar a própria opinião, não é?).
Jong-su é um entregador que sonha em ser escritor e William Faulkner é um dos autores que mais o inspira. Num dia, ele encontra por acaso Haemi, uma colega de escola. Os dois se envolvem, porém entra um terceiro elemento, que Haemi conheceu em uma viagem à África. Ben é o oposto de Jong-su: rico, bem-relacionado, frio. Não demora muito (ou melhor, demora séculos porque o filme é arrastado à beça) para as coisas esquentarem rsrsr.
O que eu mais gostei foi o brilhantismo na sutileza (bocejo), as metáforas (4o. andar), o jogo de chiaroscuro... O tempo todo o diretor dá pistas: culto x não instruído, raiva aparente x violência dissimulada, amor x atração utilitária, passado x presente, pai x filho e por aí vai.
Outra coisa (olha a viajanda) rsrsr é perceber uma apropriação de 3 Dostoievski: Crime e Castigo (uma pessoa acima de qualquer suspeita comete um crime e... sairá impune?), O duplo (muita atenção na construção dos personagens Jong-su x Ben, Haemi x mãe do protagonista) e O idiota (todos contam seus segredos a um jovem rapaz por julgarem-no inofensivo).
Resumo da ópera: filme inteligente (assista correndo) rsrsr.
09 November 2018
Quincy Jones
Quincy Jones tem 85 anos e quase sete décadas de atuação marcante na história da música.
Por isto, assistir ao documentário da Netflix é condição sine qua non para todo amante de música; ).
Para ter uma ideia do que estou falando, vai lá: https://blogdobarcinski.blogosfera.uol.com.br/2018/10/08/dez-grandes-momentos-do-filme-sobre-quincy-jones-na-netflix/
Por isto, assistir ao documentário da Netflix é condição sine qua non para todo amante de música; ).
Para ter uma ideia do que estou falando, vai lá: https://blogdobarcinski.blogosfera.uol.com.br/2018/10/08/dez-grandes-momentos-do-filme-sobre-quincy-jones-na-netflix/
01 November 2018
Vidas duplas
No último filme de Olivier Assayas, “Vidas duplas”, os personagens
falam muito e compreendem pouco. É que está todo mundo mais ou menos
perdido com as mudanças provocadas pela era digital. Em longos diálogos,
eles debatem, brigam e se frustram com a perda de suas antigas
referências. E dão algumas risadas também — afinal, é uma comédia.
A trama gira em torno de um editor de livros (Guillaume Canet) e de um
escritor de romances semiautobiográficos (Vincent Macaigne), que sofrem
com a ameaça dos e-books e dos novos paradigmas do mercado. O primeiro
precisa se reinventar à frente de uma editora tradicional, ainda
despreparada para as tecnologias atuais. O segundo vê uma polêmica sobre
o seu livro ser amplificada pelas redes sociais, e não compreende como
as pessoas podem considerar um tweet uma forma de literatura. Enquanto
temem ficar ultrapassados, eles ainda tentam conciliar suas rotinas
conjugais com seus affairs românticos.
— Eu queria ver como essas mudanças afetam os indivíduos, como eles se adaptam ou não, como compreendem ou não — diz Assayas. — A revolução digital transformou nossa maneira de pensar, de funcionar, de reagir, de nos ver como cidadãos.
Em pauta, pós-verdade, fake news, excesso de informação — temas que poderiam aparecer na cadeira de Teoria da Comunicação de qualquer faculdade de Jornalismo, mas que o cineasta decidiu transformar em objeto dramático e cômico.
É, também, uma maneira de problematizar nossos vícios por imagens e nossa dependência das telas dos smartphones. O projeto, aliás, começou como um drama, mas foi ganhando um viés cômico à medida que o roteiro avançou; o novo direcionamento levou à escolha dos atores, todos dotados para a comédia. Completam o elenco principal Juliette Binoche e a humorista Nora Hamzawi.
Assim como em outros longas do diretor, como “Irma Vep” (1996) e “Clean” (2004), sobram comentários irônicos sobre a indústria cultural. Especialmente no caso da personagem de Juliette Binoche, um dos mais divertidos. A diva francesa faz o papel de uma atriz que, quando não está atuando em alguma montagem de um texto clássico de Jean Racine, trabalha em séries binge-watching — como são chamados os programas que levam os espectadores a assistir a um episódio após o outro.
— O que acho perturbador na cultura contemporânea é que as imagens, e isso inclui o cinema, estão se constituindo em torno do vício — diz Assayas, que abordou o tema também em seu último longa, “Personal shopper” (2016).
— É o que temos com as séries, os videogames, a informação... Mas não nos damos conta disso porque essa sociedade despreza a reflexão e as ideias abstratas, sendo que são elas que têm a força para nos salvar.
Nesse quesito, o próprio Assayas diz ser “mais ou menos como todo mundo”, ou seja: um “narcodependente” da informação. Ele está, inclusive, perturbado com a mudança de seus hábitos de leitura e de consumo.
— Sempre li de dois a três jornais todos os dias desde que era adolescente — conta o diretor.
— Ainda assino, mas não tenho mais prazer de ler no papel, só no smartphone. É algo que nunca achei que iria acontecer. Também era um comprador compulsivo de vinil e CD; agora, só compro música pelo iTunes.
https://oglobo.globo.com/cultura/filmes/lancando-vidas-duplas-no-rio-olivier-assayas-comenta-projeto-baseado-em-livro-de-fernando-morais-23222640
https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2018/11/10/olivier-assayas-lanca-vidas-duplas-no-festival-do-rio-e-fala-de-juliette-binoche-ela-mesma-se-dirige.ghtml
— Eu queria ver como essas mudanças afetam os indivíduos, como eles se adaptam ou não, como compreendem ou não — diz Assayas. — A revolução digital transformou nossa maneira de pensar, de funcionar, de reagir, de nos ver como cidadãos.
Em pauta, pós-verdade, fake news, excesso de informação — temas que poderiam aparecer na cadeira de Teoria da Comunicação de qualquer faculdade de Jornalismo, mas que o cineasta decidiu transformar em objeto dramático e cômico.
É, também, uma maneira de problematizar nossos vícios por imagens e nossa dependência das telas dos smartphones. O projeto, aliás, começou como um drama, mas foi ganhando um viés cômico à medida que o roteiro avançou; o novo direcionamento levou à escolha dos atores, todos dotados para a comédia. Completam o elenco principal Juliette Binoche e a humorista Nora Hamzawi.
Assim como em outros longas do diretor, como “Irma Vep” (1996) e “Clean” (2004), sobram comentários irônicos sobre a indústria cultural. Especialmente no caso da personagem de Juliette Binoche, um dos mais divertidos. A diva francesa faz o papel de uma atriz que, quando não está atuando em alguma montagem de um texto clássico de Jean Racine, trabalha em séries binge-watching — como são chamados os programas que levam os espectadores a assistir a um episódio após o outro.
— O que acho perturbador na cultura contemporânea é que as imagens, e isso inclui o cinema, estão se constituindo em torno do vício — diz Assayas, que abordou o tema também em seu último longa, “Personal shopper” (2016).
— É o que temos com as séries, os videogames, a informação... Mas não nos damos conta disso porque essa sociedade despreza a reflexão e as ideias abstratas, sendo que são elas que têm a força para nos salvar.
Nesse quesito, o próprio Assayas diz ser “mais ou menos como todo mundo”, ou seja: um “narcodependente” da informação. Ele está, inclusive, perturbado com a mudança de seus hábitos de leitura e de consumo.
— Sempre li de dois a três jornais todos os dias desde que era adolescente — conta o diretor.
— Ainda assino, mas não tenho mais prazer de ler no papel, só no smartphone. É algo que nunca achei que iria acontecer. Também era um comprador compulsivo de vinil e CD; agora, só compro música pelo iTunes.
Para saber mais:
25 October 2018
John Mc Enroe: no império da perfeição
Educativo até a medula rsrsrs.
Um ensaio fílmico sobre a lenda do tênis John McEnroe no auge de sua carreira e no topo do ranking mundial, documentando sua busca pela perfeição, frustrações e a pior derrota de sua carreira no Aberto de Roland-Garros em 1984.
Tudo o que eu teria para dizer, o Barcinski já falou - vai lá: https://blogdobarcinski.blogosfera.uol.com.br/2018/10/03/filme-revela-a-arte-de-john-mcenroe-genio-do-tenis/
Um ensaio fílmico sobre a lenda do tênis John McEnroe no auge de sua carreira e no topo do ranking mundial, documentando sua busca pela perfeição, frustrações e a pior derrota de sua carreira no Aberto de Roland-Garros em 1984.
Tudo o que eu teria para dizer, o Barcinski já falou - vai lá: https://blogdobarcinski.blogosfera.uol.com.br/2018/10/03/filme-revela-a-arte-de-john-mcenroe-genio-do-tenis/
24 October 2018
Maya
A Mostra começou com tão pouca informação que fiz escolhas não pelos projetos, mas pelos realizadores. Confiança é isto. É você se abrir para o que o outro tem a oferecer mesmo sem saber o que será.
E porque confia nele e no olhar que tem, você sabe que ele vai trazer o melhor. Vai tirar você da zona de conforto para enxergar coisas com as quais não está acostumando e prestar atenção em coisas que não teria visto sozinho.
Mia Hansen-Love é um deles ; ).
Um rapaz toma banho num hotel. Quando fecha a torneira e começa a se enxugar, nota-se um hematoma feio nas costas. Com o corpo ainda úmido, coloca as calças, olha-se no espelho, pega uma tesoura e corta a barba hipster. Quando o jatinho pousa, repórteres aguardam no aeroporto.
E aí que descobrimos que Gabriel é um repórter de guerra que foi sequestrado por terroristas sírios e libertado mediante pagamento de resgate. Após os procedimentos de praxe (exames médicos, avaliação psicológica, encontro com as pessoas próximas), ele decide deixar Paris e passar um tempo na Índia.
E o filme parece começar neste instante porque você vai descobrindo o universo interior do personagem que é hermético por natureza, a infância sofrida que trouxe consequências devastadoras (assim como pessoas que aparentam estar tudo bem por fora, mas por dentro está tudo despedaçado).
A diretora é de uma delicadeza porque optou por não fazer julgamentos - pelo contrário, mostra que todas escolhas envolvem sofrimento mesmo que a olhos nus pareçam superficiais (preste atenção no rosto da mãe após deixar o encontro).
Outra delicadeza é Maya, a única personagem que parece estar inteira ("seja pouco, mas seja você"). Maya também tem uma história de sofrimento, mas nem por isto esconde ou deixa a dor definir quem ela é. E, enquanto todos procuram motivos para justificar seus tormentos, Maya é a única que tem leveza para olhar para o futuro.
É neste momento que Gabriel precisa decidir se irá se reconciliar consigo e viver de verdade ou se continua fugindo de si e confundindo fazer com ser. Porque se a gente não tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, a coisa mais fácil é ficar preso num círculo vicioso de repetir os erros.
O que ficou para mim é que, às vezes, não é questão de faltar amor para um relacionamento dar certo, mas a indisponibilidade emocional de uma delas. Uma até pode ser sincera, mas se as duas não estiverem de coração aberto para viver - e morrer - por este amor, esquece.
Tristeza é encontrar o amor da sua vida e não saber dar valor.
Porque o tempo não volta e o que você deixou de viver, adeus.
E porque confia nele e no olhar que tem, você sabe que ele vai trazer o melhor. Vai tirar você da zona de conforto para enxergar coisas com as quais não está acostumando e prestar atenção em coisas que não teria visto sozinho.
Mia Hansen-Love é um deles ; ).
Um rapaz toma banho num hotel. Quando fecha a torneira e começa a se enxugar, nota-se um hematoma feio nas costas. Com o corpo ainda úmido, coloca as calças, olha-se no espelho, pega uma tesoura e corta a barba hipster. Quando o jatinho pousa, repórteres aguardam no aeroporto.
E aí que descobrimos que Gabriel é um repórter de guerra que foi sequestrado por terroristas sírios e libertado mediante pagamento de resgate. Após os procedimentos de praxe (exames médicos, avaliação psicológica, encontro com as pessoas próximas), ele decide deixar Paris e passar um tempo na Índia.
E o filme parece começar neste instante porque você vai descobrindo o universo interior do personagem que é hermético por natureza, a infância sofrida que trouxe consequências devastadoras (assim como pessoas que aparentam estar tudo bem por fora, mas por dentro está tudo despedaçado).
A diretora é de uma delicadeza porque optou por não fazer julgamentos - pelo contrário, mostra que todas escolhas envolvem sofrimento mesmo que a olhos nus pareçam superficiais (preste atenção no rosto da mãe após deixar o encontro).
Outra delicadeza é Maya, a única personagem que parece estar inteira ("seja pouco, mas seja você"). Maya também tem uma história de sofrimento, mas nem por isto esconde ou deixa a dor definir quem ela é. E, enquanto todos procuram motivos para justificar seus tormentos, Maya é a única que tem leveza para olhar para o futuro.
É neste momento que Gabriel precisa decidir se irá se reconciliar consigo e viver de verdade ou se continua fugindo de si e confundindo fazer com ser. Porque se a gente não tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, a coisa mais fácil é ficar preso num círculo vicioso de repetir os erros.
O que ficou para mim é que, às vezes, não é questão de faltar amor para um relacionamento dar certo, mas a indisponibilidade emocional de uma delas. Uma até pode ser sincera, mas se as duas não estiverem de coração aberto para viver - e morrer - por este amor, esquece.
Tristeza é encontrar o amor da sua vida e não saber dar valor.
Porque o tempo não volta e o que você deixou de viver, adeus.
15 October 2018
Papillon
Papillon é uma história real e impactante, que foi filmada duas vezes, e que conta as agruras e a fuga fabulosa de um prisioneiro francês na Guiana Francesa.
O que achei mais tocante foi perceber que, mais do que julgar os atos do protagonista, o filme fala sobre esperança e fidelidade, qualidades tão raras nos dias de hoje.
Outra reflexão interessante é sobre zona de conforto e pertencimento (procurarmos e acharmos nosso lugar no mundo) sem que isto signifique revolta ou acomodação.
Saí da sala com vontade de assistir a 1a. versão, filmada em 1973.
PS- Gentem, pára o ônibus que eu quero descer rsrsrsr. O cara era mó 171, espia só:
https://istoe.com.br/8821_A+VERDADEIRA+HISTORIA+DE+PAPILLON/
http://www.mundogump.com.br/papillon-e-o-homem-que-enganou-o-mundo/
O que achei mais tocante foi perceber que, mais do que julgar os atos do protagonista, o filme fala sobre esperança e fidelidade, qualidades tão raras nos dias de hoje.
Outra reflexão interessante é sobre zona de conforto e pertencimento (procurarmos e acharmos nosso lugar no mundo) sem que isto signifique revolta ou acomodação.
Saí da sala com vontade de assistir a 1a. versão, filmada em 1973.
PS- Gentem, pára o ônibus que eu quero descer rsrsrsr. O cara era mó 171, espia só:
11 October 2018
09 October 2018
Os invisíveis
Quando li a resenha, pensei tristemente: vou assistir mais um filme enaltecendo a covardia como forma de sobrevivência (que bom que eu estava errada).
O filme conta a história real e aterrorizante de 4 jovens que sobreviveram ao extermínio antissemita.
Um se escondeu na casa de várias famílias, o outro falsificava documentos, a outra se fingiu de viúva e trabalhou na casa de um alto funcionário alemão e a última se misturava às aglomerações de pessoas na rua.
Além da coragem própria da idade, penso que a melhor maneira de responder a uma situação absurda é viver de maneira criativa e ousada como eles viveram (principalmente Cioma). E o que achei mais lindo foi constatar que não se tornaram pessoas amargas, pelo contrário, alguns até ajudaram os outros (preste atenção nos últimos 10 minutos, quando as mulheres judias 'salvam' algumas mulheres alemãs).
PS- Para ler outra opinião, vai lá: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/10/os-invisiveis-narra-como-judeus-berlinenses-se-salvaram-na-2a-guerra.shtml
O filme conta a história real e aterrorizante de 4 jovens que sobreviveram ao extermínio antissemita.
Um se escondeu na casa de várias famílias, o outro falsificava documentos, a outra se fingiu de viúva e trabalhou na casa de um alto funcionário alemão e a última se misturava às aglomerações de pessoas na rua.
Além da coragem própria da idade, penso que a melhor maneira de responder a uma situação absurda é viver de maneira criativa e ousada como eles viveram (principalmente Cioma). E o que achei mais lindo foi constatar que não se tornaram pessoas amargas, pelo contrário, alguns até ajudaram os outros (preste atenção nos últimos 10 minutos, quando as mulheres judias 'salvam' algumas mulheres alemãs).
PS- Para ler outra opinião, vai lá: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/10/os-invisiveis-narra-como-judeus-berlinenses-se-salvaram-na-2a-guerra.shtml
06 October 2018
This is it
Mais do que rei do pop, Michael Jackson foi um gênio (por isto as pessoas não o compreendiam).
Compositor talentoso, exímio cantor (que voz!), excelente dançarino, coreógrafo de corpo e alma, enfim, um artista completo.
Só hoje assisti o documentário que seria o seu último show e fiquei arrepiada.
Filmado em 2009, mostra como Michael Jackson estava à frente do seu tempo - sem abrir a boca, dava seu recado poderoso sobre gênero, raça e hierarquia (se impunha com educação e delicadeza, sem precisar ser grosso ou dar piti).
Resumo da ópera: além da produção ser impecável (quantas ideias incríveis no ensaio!) fiquei c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e apaixonada pelo MJ < 3.
Assista correndo e deleite-se, conhecendo ou não o maior artista de todos os tempos : )))
PS1- Dúvida cruel|: se estivesse vivo, o que estaria criando hoje (pq gente visionária enxerga o futuro antes que todo mundo)?
PS2- Sobre o passado: ao assistir o documentário fica claro que MJ não assediou nenhuma criança (quem tem um mínimo de bom senso e discernimento percebe que, pelo temperamento e caráter, não seria capaz). Ele foi vítima do que hoje chamamos de fake news (era tão puro que só se sentia seguro e à vontade com crianças; infelizmente não percebeu que poderia ser presa fácil de pais inescrupulosos). A sensação que tenho é que, depois de ser acusado injustamente, passou a dopar a alma para não sentir dor (para quem é decente, a pior coisa é ser acusado de algo que não cometeu).
Compositor talentoso, exímio cantor (que voz!), excelente dançarino, coreógrafo de corpo e alma, enfim, um artista completo.
Só hoje assisti o documentário que seria o seu último show e fiquei arrepiada.
Filmado em 2009, mostra como Michael Jackson estava à frente do seu tempo - sem abrir a boca, dava seu recado poderoso sobre gênero, raça e hierarquia (se impunha com educação e delicadeza, sem precisar ser grosso ou dar piti).
Resumo da ópera: além da produção ser impecável (quantas ideias incríveis no ensaio!) fiquei c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e apaixonada pelo MJ < 3.
Assista correndo e deleite-se, conhecendo ou não o maior artista de todos os tempos : )))
PS1- Dúvida cruel|: se estivesse vivo, o que estaria criando hoje (pq gente visionária enxerga o futuro antes que todo mundo)?
PS2- Sobre o passado: ao assistir o documentário fica claro que MJ não assediou nenhuma criança (quem tem um mínimo de bom senso e discernimento percebe que, pelo temperamento e caráter, não seria capaz). Ele foi vítima do que hoje chamamos de fake news (era tão puro que só se sentia seguro e à vontade com crianças; infelizmente não percebeu que poderia ser presa fácil de pais inescrupulosos). A sensação que tenho é que, depois de ser acusado injustamente, passou a dopar a alma para não sentir dor (para quem é decente, a pior coisa é ser acusado de algo que não cometeu).
03 October 2018
O orgulho
Gentem, este filme é s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l!!!
Trama inteligente, diálogos afiados, personagens carismáticos, interpretação primorosa - quer mais?
Pierre é um talentoso professor universitário que sente prazer em humilhar as pessoas. E Naila Salah, em seu 1o. dia de Sorbonne, se torna sua vítima diante de uma centena de alunos.
Só que ela não se intimida, retruca à altura e a discussão é filmada pelos colegas de classe que imediatamente postam na rede a troca de farpas.
Começa então um repúdio que chega à reitoria pedindo a cabeça do professor, porém um diretor cria um estratagema: Pierre deve mentorear a caloura, preparando-a para representar a universidade num concurso de retórica. Desta forma atrai mídia e simpatia do público.
O desenrolar do filme é de uma delicadeza de encher os olhos: de adversários ferrenhos, os dois se tornam amigos a ponto de trocar confidências e aprendizado.
Em paralelo, Naila se declara a Munir, seu amigo de infância, e os dois se tornam namorados.
É muita linda a transformação física e emocional de Naila, por isto o choque perto do fim.
Será que ela vai perder a essência? Será que vai sucumbir diante da decepção?
Outro personagem forte (este sim, o verdadeiro heroi) é Munir que, da sua simplicidade, sustenta com robustez o que acredita e diz verdades cortantes à Naila (impossível não se apaixonar por ele).
Le Brio é um filme para sair do cinema com o coração despedaçado e de alma lavada (cuidado para não morrer alagado ao sair da sala inundada de lágrimas).
PS1- Por que sempre 'desconfio' de que obras de arte só podem nascer de pessoas incríveis (e Yvan Attal é uma delas)?
PS2- Para ´ouvir´outra opinião, vai lá rsr: https://movienonsense.com/2018/07/29/le-brio-o-orgulho/
Trama inteligente, diálogos afiados, personagens carismáticos, interpretação primorosa - quer mais?
Pierre é um talentoso professor universitário que sente prazer em humilhar as pessoas. E Naila Salah, em seu 1o. dia de Sorbonne, se torna sua vítima diante de uma centena de alunos.
Só que ela não se intimida, retruca à altura e a discussão é filmada pelos colegas de classe que imediatamente postam na rede a troca de farpas.
Começa então um repúdio que chega à reitoria pedindo a cabeça do professor, porém um diretor cria um estratagema: Pierre deve mentorear a caloura, preparando-a para representar a universidade num concurso de retórica. Desta forma atrai mídia e simpatia do público.
O desenrolar do filme é de uma delicadeza de encher os olhos: de adversários ferrenhos, os dois se tornam amigos a ponto de trocar confidências e aprendizado.
Em paralelo, Naila se declara a Munir, seu amigo de infância, e os dois se tornam namorados.
É muita linda a transformação física e emocional de Naila, por isto o choque perto do fim.
Será que ela vai perder a essência? Será que vai sucumbir diante da decepção?
Outro personagem forte (este sim, o verdadeiro heroi) é Munir que, da sua simplicidade, sustenta com robustez o que acredita e diz verdades cortantes à Naila (impossível não se apaixonar por ele).
Le Brio é um filme para sair do cinema com o coração despedaçado e de alma lavada (cuidado para não morrer alagado ao sair da sala inundada de lágrimas).
PS1- Por que sempre 'desconfio' de que obras de arte só podem nascer de pessoas incríveis (e Yvan Attal é uma delas)?
PS2- Para ´ouvir´outra opinião, vai lá rsr: https://movienonsense.com/2018/07/29/le-brio-o-orgulho/
01 October 2018
Una
Cééééus, que filme triste ; (
O lado bom é que nem parece americano hahaha!
Rooney Mara interpreta uma jovem que resolve confrontar o homem que abusou dela quando criança - só que as coisas não são muito beeem como parecem...
Os personagens são dúbios, não dá para saber se a garota amava (ou usou o sexo como isca de manipulação e poder) e se o homem era perdido e imaturo emocionalmente (por isso se envolveu com uma criança) ou se usava da mentira para se esconder (socorro que a pior mentira é mentir para si mesmo), afff.
Assista num dia em que estiver com paciência e sem pedras de pré-julgamento na mão (a beleza da mensagem está na sutileza e nos detalhes).
O lado bom é que nem parece americano hahaha!
Rooney Mara interpreta uma jovem que resolve confrontar o homem que abusou dela quando criança - só que as coisas não são muito beeem como parecem...
Os personagens são dúbios, não dá para saber se a garota amava (ou usou o sexo como isca de manipulação e poder) e se o homem era perdido e imaturo emocionalmente (por isso se envolveu com uma criança) ou se usava da mentira para se esconder (socorro que a pior mentira é mentir para si mesmo), afff.
Assista num dia em que estiver com paciência e sem pedras de pré-julgamento na mão (a beleza da mensagem está na sutileza e nos detalhes).
19 September 2018
Troca de rainhas
O filme mostra um episódio da história em que a Espanha e a França trocaram princesas para evitar uma guerra: Maria Ana Vitoria (4 anos) casaria com Luís XV e Louise Elisabeth (11 anos) casaria com Luís I.
Apesar de superficial, gostei dos detalhes históricos e da reconstituição de época.
Outra coisa foi constatar que culturalmente os franceses sempre veem o que é melhor para si enquanto que os espanhóis são regidos pelas emoções (não é uma crítica).
Para refletir: como seria a História se os monarcas tivessem se casado?
Para refletir: como seria a História se os monarcas tivessem se casado?
13 September 2018
Você nunca esteve realmente aqui
S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l (mó soco no estômago)!
Joaquin Phoenix interpreta um ex-veterano atormentado por pensamentos suicidas que se torna justiceiro de vítimas infantis e cuidador bem-humorado e zeloso de sua mãe enferma.
O filme é permeado por flashbacks de uma infância abusiva e de cenas vividas durante a guerra (por exemplo, quando uma criança mata outra por causa de uma barra de chocolate).
Na metade do filme, a história ganha em densidade - e aperto no coração. Ao resgatar uma menina de uma situação vulnerável, se vê envolvido numa trama macabra que lhe custa tudo o que é mais caro.
O que achei mais lindo foi perceber que na verdade quem precisa ser salvo ali é ele mesmo e o desfecho é de uma sensibilidade e delicadeza que quase saio da sala debulhada em lágrimas.
Porque na vida também é assim - os mais fracos é que são os mais fortes.
Para saber mais, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/You_Were_Never_Really_Here
PS- Preste atenção na trajetória da diretora (também realizadora do excelente e perturbador Precisamos falar sobre Kevin), vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/Lynne_Ramsay
Joaquin Phoenix interpreta um ex-veterano atormentado por pensamentos suicidas que se torna justiceiro de vítimas infantis e cuidador bem-humorado e zeloso de sua mãe enferma.
O filme é permeado por flashbacks de uma infância abusiva e de cenas vividas durante a guerra (por exemplo, quando uma criança mata outra por causa de uma barra de chocolate).
Na metade do filme, a história ganha em densidade - e aperto no coração. Ao resgatar uma menina de uma situação vulnerável, se vê envolvido numa trama macabra que lhe custa tudo o que é mais caro.
O que achei mais lindo foi perceber que na verdade quem precisa ser salvo ali é ele mesmo e o desfecho é de uma sensibilidade e delicadeza que quase saio da sala debulhada em lágrimas.
Porque na vida também é assim - os mais fracos é que são os mais fortes.
Para saber mais, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/You_Were_Never_Really_Here
PS- Preste atenção na trajetória da diretora (também realizadora do excelente e perturbador Precisamos falar sobre Kevin), vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/Lynne_Ramsay
01 September 2018
Nico, 1988
Antes do filme estrear, já estava mó pilhada (todo mundo sabe que sou chegada numa parada bizarra) hahaha!
Confesso que nunca tinha ouvido falar na Crista Päffgen e fiquei completamente alucinada pela presença de espírito dela.
Ex-vocalista de uma banda underground, musa de Andy Warhol, extremamente talentosa e inteligente (o que pode ser uma grande tragédia), o filme mostra seus últimos dois anos permeados por cenas explicativas do passado (a infância na guerra, a maternidade ausente e muito mais).
Preste (muuuuuita) atenção nas falas da personagem - pérolas para guardar e refletir a vida inteira.
Adorei a transparência, a lucidez e a coragem da Nico - ela era tão visceral e tão verdadeira em suas relações!
E o que mais achei sensacional é que ela viveu numa época sem registros digitais, ou seja, não dá para pesquisar com quem ela vivia, como se relacionava, o que pensava - o que aumenta mais a aura de mistério pois existem gaps que impedem de montar o quebra-cabeças.
Resumo da ópera: se você gosta de pessoas que intrigam e desafiam, assista correndo e se apaixone por Nico, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/Nico,_1988
PS- Para ouvir outras opiniões, vai lá:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/30/cultura/1535631256_010367.html
https://www.hypeness.com.br/2018/08/nico-1988-filme-relata-o-ultimo-ano-da-femme-fatale-que-marcou-o-velvet-underground/
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/08/filme-biografico-mostra-coragem-ao-retratar-nico-perto-da-morte.shtml
https://blogdobarcinski.blogosfera.uol.com.br/2018/08/29/nico-a-heroina-tragica-foi-muito-mais-que-a-musa-do-velvet-underground/
https://variety.com/2017/film/reviews/nico-1988-review-venice-film-festival-1202542702/
https://www.theguardian.com/film/2018/apr/25/nico-1988-film-velvet-underground-tribeca
Confesso que nunca tinha ouvido falar na Crista Päffgen e fiquei completamente alucinada pela presença de espírito dela.
Ex-vocalista de uma banda underground, musa de Andy Warhol, extremamente talentosa e inteligente (o que pode ser uma grande tragédia), o filme mostra seus últimos dois anos permeados por cenas explicativas do passado (a infância na guerra, a maternidade ausente e muito mais).
Preste (muuuuuita) atenção nas falas da personagem - pérolas para guardar e refletir a vida inteira.
Adorei a transparência, a lucidez e a coragem da Nico - ela era tão visceral e tão verdadeira em suas relações!
E o que mais achei sensacional é que ela viveu numa época sem registros digitais, ou seja, não dá para pesquisar com quem ela vivia, como se relacionava, o que pensava - o que aumenta mais a aura de mistério pois existem gaps que impedem de montar o quebra-cabeças.
Resumo da ópera: se você gosta de pessoas que intrigam e desafiam, assista correndo e se apaixone por Nico, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/Nico,_1988
PS- Para ouvir outras opiniões, vai lá:
31 August 2018
Ramen Teh
Aaaamo filmes fora da caixa e The Lamen Shop é um deles ; )
Masato é um jovem que, ao perder o pai japonês emocionalmente hermético, se depara com o diário da mãe singapurana falecida e vai atrás da história.
Descobre que o casal se apaixonou quando o pai foi trabalhar na terra de sua mãe, e se casam. No entanto, a avó materna rejeita a união e rompe com a filha.
É uma história linda de amor e redenção, sem falar nas receitas rsrsrsr.
Se você é descendente de orientais e não se importa em alagar o cinema (chorei cântaros), assista correndo: https://en.wikipedia.org/wiki/Ramen_Teh
PS- Para ouvir outra opinião, vá lá: https://variety.com/2018/film/asia/ramen-teh-review-ramen-shop-1202704508/
Masato é um jovem que, ao perder o pai japonês emocionalmente hermético, se depara com o diário da mãe singapurana falecida e vai atrás da história.
Descobre que o casal se apaixonou quando o pai foi trabalhar na terra de sua mãe, e se casam. No entanto, a avó materna rejeita a união e rompe com a filha.
É uma história linda de amor e redenção, sem falar nas receitas rsrsrsr.
Se você é descendente de orientais e não se importa em alagar o cinema (chorei cântaros), assista correndo: https://en.wikipedia.org/wiki/Ramen_Teh
PS- Para ouvir outra opinião, vá lá: https://variety.com/2018/film/asia/ramen-teh-review-ramen-shop-1202704508/
20 August 2018
Assassina
O cinema chinês sempre surpreende pela beleza plástica e pela narrativa, por isto assistir Assassina é um deleite para os olhos (e uma faca no coração).
A heroína (aaaaamo personagens fortes) parece frágil e delicada, mas tem uma habilidade que a coloca numa missão ambivalente: matar o seu amado que agora se tornou um homem poderoso politicamente.
O filme inteiro você se pergunta se ela irá cumprir seu dever (razão) ou será rendida pelo coração.
Para saber mais, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Assassin_(2015_film)
A heroína (aaaaamo personagens fortes) parece frágil e delicada, mas tem uma habilidade que a coloca numa missão ambivalente: matar o seu amado que agora se tornou um homem poderoso politicamente.
O filme inteiro você se pergunta se ela irá cumprir seu dever (razão) ou será rendida pelo coração.
Para saber mais, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Assassin_(2015_film)
30 July 2018
A câmera de Claire
Atraida pelo elenco (Isabelle Huppert maravilhosa) e pelo trailer inteligente, lá fui eu cair na maior arapuca dos últimos tempos hahahah.
Claire é uma professora que gosta de tirar fotos. Em Cannes conhece uma garota coreana (a protagonista de A criada) que se envolve com um diretor casado (de novo, não...).
Dureza são os diálogos improváveis e engessados (constrangedor ao cubo)...
Para saber do que se trata (e não entrar de gaiato no navio), vai lá:
https://www.youtube.com/watch?v=U4-C5L0TupE
http://www.itaucinemas.com.br/filme/a-camera-de-claire
https://en.wikipedia.org/wiki/Claire%27s_Camera
Claire é uma professora que gosta de tirar fotos. Em Cannes conhece uma garota coreana (a protagonista de A criada) que se envolve com um diretor casado (de novo, não...).
Dureza são os diálogos improváveis e engessados (constrangedor ao cubo)...
Para saber do que se trata (e não entrar de gaiato no navio), vai lá:
25 July 2018
Isle of Dogs
AAAAAAAmo tudo o que o Wes Anderson faz desde sempre ; ).
Por isto, quando descobri que Isle of Dogs estreeou, fui correndo conferir rsrsrs.
Isle of Dogs é uma pééééérola: além da estética perfeita (rsrsrs), o casting e o roteiro hiper mega super bem amarrado (consciência de sustentabilidade que vai além do meio ambiente, mas também das relações humanas).
E para quem é japa, é bônus extra (alguns diálogos não tem tradução, mas captam bem a cultura oriental).
Para se deleitar, apreciar cada segundo e sair da sala já pensando em voltar, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=dt__kig8PVU
Por isto, quando descobri que Isle of Dogs estreeou, fui correndo conferir rsrsrs.
Isle of Dogs é uma pééééérola: além da estética perfeita (rsrsrs), o casting e o roteiro hiper mega super bem amarrado (consciência de sustentabilidade que vai além do meio ambiente, mas também das relações humanas).
E para quem é japa, é bônus extra (alguns diálogos não tem tradução, mas captam bem a cultura oriental).
Para se deleitar, apreciar cada segundo e sair da sala já pensando em voltar, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=dt__kig8PVU
23 July 2018
O amante duplo
Geeeente, que viagem!
O Ozon sempre manda bem, mas desta vez o trailer enganou legal rsrsrs.
Chloe é uma garota com fortes cólicas que procura um psicanalista após sua ginecologista afirmar que seu organismo não tem nada de anormal.
Ela se envolve com Paul que, abre mão de atendê-la, para morar com ela.
No entanto, Chloe não conhece nada do companheiro, até vasculhar em seus documentos e descobrir que...
... calma!
Para saber mais, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=7Q3oJPfHAtA
O Ozon sempre manda bem, mas desta vez o trailer enganou legal rsrsrs.
Chloe é uma garota com fortes cólicas que procura um psicanalista após sua ginecologista afirmar que seu organismo não tem nada de anormal.
Ela se envolve com Paul que, abre mão de atendê-la, para morar com ela.
No entanto, Chloe não conhece nada do companheiro, até vasculhar em seus documentos e descobrir que...
... calma!
Para saber mais, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=7Q3oJPfHAtA
03 July 2018
Desobediência
Gosto de tudo que não é fácil e Desobediência é um filme assim ; ).
Ronit
é uma fotógrafa talentosa que trabalha em NYC, mas que decide voltar
inesperadamente para a Inglaterra para acompanhar o cerimonial de
sepultamento do pai, um prestigioso rabino.
Recebido
por seu amigo de infância Dovid, descobre que este se casou com Esti,
sua melhor amiga. No passado, os três eram muito unidos.
Ao
longo da história, o passado vai se descortinando e o que mais gostei
foi do diretor não fazer julgamentos rasos ou cindir os personagens em
mocinhos ou bandidos
O que se vê são
personagens densos e interpretações primorosas que fazem refletir
sobre hipocrisia, tradições, regras, estereótipos, convenções e tudo
mais.
A cena inicial é de arrebentar: o
rabino prega sobre escolha, entre ser obediente como os anjos ou entregue aos
instintos como os animais.
Me identifiquei com o trio: é possível ser revolucionário e ao mesmo tempo contido, ser
frágil e ao mesmo tempo forte, ser responsável e ao mesmo tempo
generoso.
Os minutos finais são arrebatadores pq os três passam por uma explosão interna que os transforma em gigantes.
Para sair da sala com os olhos cheios de lágrimas.
PS- Para ouvir outra opinião, vá lá: https://www.theguardian.com/film/2017/sep/10/disobedience-review-toronto-film-festival-tiff
20 June 2018
La la land - post 2
Assisti novamente a La la land e realmente só os bons sobrevivem ao tempo (e La la land é um deles ; ).
Desta vez, o que mais me tocou foi o embate entre o casal Mia e Sebastian.
A relação parece o livro Cântico dos Cânticos, de Salomão, que narra os encontros e desencontros de um casal.
Sebastian é sensível, generoso, íntegro. Mia também é sensível, mas cindida. Se não é a fortaleza de Sebastian a sustentando, ela se perde como um saco de plástico no vento.
Tudo de maravilhoso que aconteceu na vida dela foi graças a Sebastian (a coragem para montar a peça, a atitude de ir até o estúdio para a derradeira audição que vai definir sua vida), mas Mia é incapaz de agradecer o instante que vive, a alegria de estar viva, presente no presente.
A cena final é melancolia pura, um reconhecimento da parte de Sebastian (sem acusar ninguém, apenas mea culpa) que tudo poderia ter sido diferente.
Até nisto ele mostra sua maturidade emocional.
Para lembrar com nostalgia e aprender (de preferência com o erro dos outros).
Desta vez, o que mais me tocou foi o embate entre o casal Mia e Sebastian.
A relação parece o livro Cântico dos Cânticos, de Salomão, que narra os encontros e desencontros de um casal.
Sebastian é sensível, generoso, íntegro. Mia também é sensível, mas cindida. Se não é a fortaleza de Sebastian a sustentando, ela se perde como um saco de plástico no vento.
Tudo de maravilhoso que aconteceu na vida dela foi graças a Sebastian (a coragem para montar a peça, a atitude de ir até o estúdio para a derradeira audição que vai definir sua vida), mas Mia é incapaz de agradecer o instante que vive, a alegria de estar viva, presente no presente.
A cena final é melancolia pura, um reconhecimento da parte de Sebastian (sem acusar ninguém, apenas mea culpa) que tudo poderia ter sido diferente.
Até nisto ele mostra sua maturidade emocional.
Para lembrar com nostalgia e aprender (de preferência com o erro dos outros).
16 May 2018
Terceiro assassinato
Tem diretor que a gente fica em estado de alerta porque sabe que sempre será surpreendido pelo olhar dele e o Kore-eda é um deles ; ).
Confesso que já estava de olho no filme desde a Mostra, portanto, imagine meu desespero para assistir logo (e o medo de sair de cartaz) rsrsrs.
Shiguemori é um advogado que precisa defender um assassino confesso que foi posto em liberdade após 30 anos de detenção, e que é acusado de ter cometido outro crime: roubo seguido de morte.
O problema é que seu cliente Misumi muda de versão todas as vezes que depõe: primeiro, diz ter cometido o crime por necessidade monetária, depois por raiva, depois por encomenda... o que faz com que o advogado resolva investigar a história para montar a estratégia de defesa.
Porém, quanto mais o tempo passa (na verdade, dá para sacar o que aconteceu nos primeiros 10 minutos de filme), mais densa a trama fica. O que é verdade? O que é mentira: deturpação da realidade ou omissão dos fatos?
O tempo todo os personagens são confrontados, seja profissionalmente, seja na vida pessoal. Mas o mais legal é que chega um momento em que não importa mais o que aconteceu, quem morreu, quem matou ou por quê, mas as angústias e escolhas éticas de cada personagem que no final se fundem - você já não sabe quem pensa o quê, porque todos os corações se tornam uma coisa só, uma bola de carne sangrando bem grande.
As imagens são mais eloquentes do que um discurso inflamado - preste atenção nos rostos refletidos no vidro da cabine prisional. E preste atenção também nos papéis que cada personagem representa, por exemplo, os advogados são uma coisa só (diferentes faixas etárias, representando as diversas fases da vida), o juiz (que representa a Justiça, mas está mais preocupado com o processo do que com o ser humano - ou seja, mostra que como autoridade suprema está morto por dentro - pura crítica social), a promotoria pública (que deveria defender o que é certo, mas que aquiesce) e os três personagens mais emblemáticos e hiper-comprometidos com a justiça, a verdade e a compaixão (caaaaaalma que não vou dar spoiler) rsrsr.
Melhor frase do filme: - cansei de mentir; prefiro ficar preso para poder falar a verdade.
O final é liiiindo (e mó tapa na cara).
Resumo da ópera: se você gosta de reflexões perturbadoras que te fazem desligar o piloto automático, assista correndo!
PS- Para ler outra opinião, vai lá: http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,o-terceiro-assassinato-da-novo-folego-ao-genero-drama-de-tribunal,70002274382
Confesso que já estava de olho no filme desde a Mostra, portanto, imagine meu desespero para assistir logo (e o medo de sair de cartaz) rsrsrs.
Shiguemori é um advogado que precisa defender um assassino confesso que foi posto em liberdade após 30 anos de detenção, e que é acusado de ter cometido outro crime: roubo seguido de morte.
O problema é que seu cliente Misumi muda de versão todas as vezes que depõe: primeiro, diz ter cometido o crime por necessidade monetária, depois por raiva, depois por encomenda... o que faz com que o advogado resolva investigar a história para montar a estratégia de defesa.
Porém, quanto mais o tempo passa (na verdade, dá para sacar o que aconteceu nos primeiros 10 minutos de filme), mais densa a trama fica. O que é verdade? O que é mentira: deturpação da realidade ou omissão dos fatos?
O tempo todo os personagens são confrontados, seja profissionalmente, seja na vida pessoal. Mas o mais legal é que chega um momento em que não importa mais o que aconteceu, quem morreu, quem matou ou por quê, mas as angústias e escolhas éticas de cada personagem que no final se fundem - você já não sabe quem pensa o quê, porque todos os corações se tornam uma coisa só, uma bola de carne sangrando bem grande.
As imagens são mais eloquentes do que um discurso inflamado - preste atenção nos rostos refletidos no vidro da cabine prisional. E preste atenção também nos papéis que cada personagem representa, por exemplo, os advogados são uma coisa só (diferentes faixas etárias, representando as diversas fases da vida), o juiz (que representa a Justiça, mas está mais preocupado com o processo do que com o ser humano - ou seja, mostra que como autoridade suprema está morto por dentro - pura crítica social), a promotoria pública (que deveria defender o que é certo, mas que aquiesce) e os três personagens mais emblemáticos e hiper-comprometidos com a justiça, a verdade e a compaixão (caaaaaalma que não vou dar spoiler) rsrsr.
Melhor frase do filme: - cansei de mentir; prefiro ficar preso para poder falar a verdade.
O final é liiiindo (e mó tapa na cara).
Resumo da ópera: se você gosta de reflexões perturbadoras que te fazem desligar o piloto automático, assista correndo!
PS- Para ler outra opinião, vai lá: http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,o-terceiro-assassinato-da-novo-folego-ao-genero-drama-de-tribunal,70002274382
01 May 2018
Submersão
Tenho fixação pelo Wim Wenders, ou seja, se um dia ele filmar campeonato de bolinha de gude, assisto rsrsrs.
Submersão é arrastado e hermético, e traz a história de amor (#sqn) de um casal fadado à tragédia: ela pesquisadora de oceanos, ele agente militar secreto.
Mas o que mais gostei foi da reflexão: até que ponto você está preparado para ir até o fim daquilo que acredita?
Os personagens enfrentam seus fantasmas e dilemas:
Mas o que mais gostei foi da reflexão: até que ponto você está preparado para ir até o fim daquilo que acredita?
Os personagens enfrentam seus fantasmas e dilemas:
- pelo que vale a pena morrer
- pelo que vale viver (como se a vida não tivesse valor)
- como viver de maneira íntegra a sua fé (é de arrasar a cena do terrorista adorando Alá e na sequência torturando uma pessoa)
- a coragem dos medrosos
- a covardia dos aparentemente fortes
- quem é que está vivo
- quem é que está morto
- e por aí vai.
11 April 2018
Garota desconhecida
Não sei por que cargas d´agua não assisti Garota Desconhecida quando passou no cinema (daqueles mistérios inexplicáveis que você assiste na hora em que está pronta para entender).
E claro que como sou contra a maré, eu a-d-o-r-e-i (os irmãos Dardenne são simplesmente sensacionais)!!!
Adèle é uma médica recém formada que mentoreia um residente até que uma suposta paciente perde a vida de maneira trágica. Sentindo-se culpada, começa a investigar e vai adentrando na questão dos refugiados, a sub-vida que levam e seu entorno (de cortar o coração e se perguntar em que mundo afinal fazemos parte).
Se você gosta de reflexões densas, para chacoalhar a alma, assista correndo ; ).
E claro que como sou contra a maré, eu a-d-o-r-e-i (os irmãos Dardenne são simplesmente sensacionais)!!!
Adèle é uma médica recém formada que mentoreia um residente até que uma suposta paciente perde a vida de maneira trágica. Sentindo-se culpada, começa a investigar e vai adentrando na questão dos refugiados, a sub-vida que levam e seu entorno (de cortar o coração e se perguntar em que mundo afinal fazemos parte).
Se você gosta de reflexões densas, para chacoalhar a alma, assista correndo ; ).
27 March 2018
A livraria
A Livraria é um filme poético, porém melancólico.
Green é uma viúva que após a 2a. guerra, sonha abrir uma livraria (além dela amar livros, é uma maneira de trazer seu amado marido por meio das memórias). No entanto, o povoado - sem sucesso - faz de tudo para desencorajá-la...
Para mim, este filme trata de sonhos e de como cada pessoa lida com eles.
Alguns perseveram apesar das dificuldades, outros desistem e se tornam mortos-vivos, uns sonham a ponto de destruir tudo o que estiver no meio do caminho enquanto outros vivem o sonho dos outros pois são incapazes de sonhar os próprios, e outros ainda são pragmáticos, com discernimento de limites do que é correto ou não.
O que achei mais interessante é que estas categorias de sonhadores independem da faixa etária e de classe social.
Apesar de lindo, o final é de cortar o coração (céus, como tem gente mal amada no mundo)...
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/09/internacional/1510251475_822351.html
Green é uma viúva que após a 2a. guerra, sonha abrir uma livraria (além dela amar livros, é uma maneira de trazer seu amado marido por meio das memórias). No entanto, o povoado - sem sucesso - faz de tudo para desencorajá-la...
Para mim, este filme trata de sonhos e de como cada pessoa lida com eles.
Alguns perseveram apesar das dificuldades, outros desistem e se tornam mortos-vivos, uns sonham a ponto de destruir tudo o que estiver no meio do caminho enquanto outros vivem o sonho dos outros pois são incapazes de sonhar os próprios, e outros ainda são pragmáticos, com discernimento de limites do que é correto ou não.
O que achei mais interessante é que estas categorias de sonhadores independem da faixa etária e de classe social.
Apesar de lindo, o final é de cortar o coração (céus, como tem gente mal amada no mundo)...
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/09/internacional/1510251475_822351.html
21 March 2018
Trem para Paris
Clint Eastwood é programaço na certa ; ).
E neste filme ele convidou os personagens reais para representarem a si mesmos.
Três jovens americanos saem de férias pela Europa. E no trecho de Amsterdã para Paris, o trem sofre um atentado terrorista que é desmantelado pelos três amigos.
Apesar da propaganda ideológica (americanos fazem diferença neste mundo vil), temos de admitir a coragem dos passageiros que tomaram a nobre atitude de deter o terrorista. E também do governo francês em reconhecer e agradecer o heroísmo dos estrangeiros.
Três lições preciosas:
são nos piores momentos que mostramos quem somos de verdade;
às vezes coisas sem sentido ganham importância vital em nossa trajetória;
algo ruim sempre esconde o potencial de algo bom.
E neste filme ele convidou os personagens reais para representarem a si mesmos.
Três jovens americanos saem de férias pela Europa. E no trecho de Amsterdã para Paris, o trem sofre um atentado terrorista que é desmantelado pelos três amigos.
Apesar da propaganda ideológica (americanos fazem diferença neste mundo vil), temos de admitir a coragem dos passageiros que tomaram a nobre atitude de deter o terrorista. E também do governo francês em reconhecer e agradecer o heroísmo dos estrangeiros.
Três lições preciosas:
E você?
Tem feito diferença na vida de quem te cerca?
20 March 2018
Aus dem Nichts
Desde o Globo de Ouro estava pilhada para ver este filme (o Faith Akin sempre manda bem e o trailer é de arrepiar).
Sim, o casting é incrível, a atuação da Diane Kruger está impecável e o começo do filme é eletrizante... but, é um filme amargo que mostra a disseminação da cultura de ódio (gratuito ou não), a desesperança que nasce da injustiça covarde e o vazio existencial em que as pessoas agnósticas se encontram (abismo chama abismo e, como diria Gandhi, 'olho por olho, dente por dente, todo mundo terminará cego e banguela).
Outra coisa para ficar horrorizado, a engrenagem competente para perpetuar o mal: o uso da inteligência para forjar mentiras (coisa de quadrilha) e denegrir a reputação da vítima para invalidar seu testemunho (e desviar atenção do crime).
Sim, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência...
Para ouvir outra opinião, vá lá: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/03/em-pedacos-investiga-o-que-leva-a-justica-com-as-proprias-maos.shtml
.
Sim, o casting é incrível, a atuação da Diane Kruger está impecável e o começo do filme é eletrizante... but, é um filme amargo que mostra a disseminação da cultura de ódio (gratuito ou não), a desesperança que nasce da injustiça covarde e o vazio existencial em que as pessoas agnósticas se encontram (abismo chama abismo e, como diria Gandhi, 'olho por olho, dente por dente, todo mundo terminará cego e banguela).
Outra coisa para ficar horrorizado, a engrenagem competente para perpetuar o mal: o uso da inteligência para forjar mentiras (coisa de quadrilha) e denegrir a reputação da vítima para invalidar seu testemunho (e desviar atenção do crime).
Sim, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência...
Para ouvir outra opinião, vá lá: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/03/em-pedacos-investiga-o-que-leva-a-justica-com-as-proprias-maos.shtml
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16 March 2018
L´amant d´un jour
Gentem, que arapuca!
A coisa mais interessante do filme foi o trailer, pode?
Um professor universitário se envolve com uma aluna (clichê); a filha é chutada pelo namorado (clichê) e tarde da noite bate à porta do pai se instalando no sofá do novo casal.
A abandonada tenta o suicídio, mas é interceptada pela namorada do pai, que além de posar nua para revistas masculinas também é promíscua (pobre geração perdida).
Resumo da ópera: 76 minutos perdidos da vida.
A coisa mais interessante do filme foi o trailer, pode?
Um professor universitário se envolve com uma aluna (clichê); a filha é chutada pelo namorado (clichê) e tarde da noite bate à porta do pai se instalando no sofá do novo casal.
A abandonada tenta o suicídio, mas é interceptada pela namorada do pai, que além de posar nua para revistas masculinas também é promíscua (pobre geração perdida).
Resumo da ópera: 76 minutos perdidos da vida.
14 March 2018
Dafne
Sou meio chegada em filme indie rsrsrs então lá fui eu, atraída pelo trailer inteligente rsrsrs.
Dafne é uma aspirante a chef, talentosa, inteligentíssima, doida de pedra, cheiradora de cocaína, que vai bêbada às baladas e dorme com qualquer um (dedo podríssimo, mega incompetente para escolher ficar com quem a ama e a valoriza)...
Dureza que por trás desse verniz de moderna, um vazio (cratera) existencial que tenta esconder de si mesma (infelizmente muitas pessoas se encontram na mesma situação: não sentem dor mas tb não sentem alegria, é como se estivessem mortas por dentro).
Apesar do final aberto, penso que a vida é assim ; ).
Dafne é uma aspirante a chef, talentosa, inteligentíssima, doida de pedra, cheiradora de cocaína, que vai bêbada às baladas e dorme com qualquer um (dedo podríssimo, mega incompetente para escolher ficar com quem a ama e a valoriza)...
Dureza que por trás desse verniz de moderna, um vazio (cratera) existencial que tenta esconder de si mesma (infelizmente muitas pessoas se encontram na mesma situação: não sentem dor mas tb não sentem alegria, é como se estivessem mortas por dentro).
Apesar do final aberto, penso que a vida é assim ; ).
06 March 2018
Projeto Flórida
Amo o Willem Dafoe e fiquei curiosa com o casamento criativo entre ele e o diretor de Tangerine.
C-a-r-a-c-a (quando a gente acha que sabe alguma coisa, descobre que não sabe de nada rsrsrs)!!
Explico.
Imaginava que Projeto Flórida fosse o 2o filme do Sean Baker, mas é sua 6a. produção : )).
Dafoe interpreta um gerente de um hotel mea boca nos arredores de Orlando. Os 'hóspedes' do local são a classe baixa que os Estados Unidos tentam esconder (como a Tonya Harding).
Dói acompanhar a trajetória da protagonista: desbocada, esperta, inteligente e amorosa que, sem instrução (e com aquela mãe de bônus) se transforma numa pequena delinquente.
Sobre o Willem Dafoe, ele está ótimo como sempre (convence em qualquer papel) por isto mesmo acho que o indicaram pela ousadia de participar de um projeto assim.
Para entrar desconfortável na sala e sair com o coração passado na máquina de moer carne.
C-a-r-a-c-a (quando a gente acha que sabe alguma coisa, descobre que não sabe de nada rsrsrs)!!
Explico.
Imaginava que Projeto Flórida fosse o 2o filme do Sean Baker, mas é sua 6a. produção : )).
Dafoe interpreta um gerente de um hotel mea boca nos arredores de Orlando. Os 'hóspedes' do local são a classe baixa que os Estados Unidos tentam esconder (como a Tonya Harding).
Dói acompanhar a trajetória da protagonista: desbocada, esperta, inteligente e amorosa que, sem instrução (e com aquela mãe de bônus) se transforma numa pequena delinquente.
Sobre o Willem Dafoe, ele está ótimo como sempre (convence em qualquer papel) por isto mesmo acho que o indicaram pela ousadia de participar de um projeto assim.
Para entrar desconfortável na sala e sair com o coração passado na máquina de moer carne.
05 March 2018
Oscar 2018 - lista completa dos premiados
Best Picture:
“The Shape of Water” (WINNER)
“Call Me by Your Name”
“Darkest Hour”
“Dunkirk”
“Get Out”
“Lady Bird”
“Phantom Thread”
“The Post”
“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”
Actress:
Frances McDormand, “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” (WINNER)
Sally Hawkins, “The Shape of Water”
Margot Robbie, “I, Tonya”
Saoirse Ronan, “Lady Bird”
Meryl Streep, “The Post”
Actor:
Gary Oldman, “Darkest Hour” (WINNER)
Timothée Chalamet, “Call Me by Your Name”
Daniel Day-Lewis, “Phantom Thread”
Daniel Kaluuya, “Get Out”
Denzel Washington, “Roman J. Israel, Esq.”
Director:
“The Shape of Water,” Guillermo del Toro (WINNER)
“Dunkirk,” Christopher Nolan
“Get Out,” Jordan Peele
“Lady Bird,” Greta Gerwig
“Phantom Thread,” Paul Thomas Anderson
Original Song:
“Remember Me” from “Coco,” Kristen Anderson-Lopez, Robert Lopez (WINNER)
“Mighty River” from “Mudbound,” Mary J. Blige
“Mystery of Love” from “Call Me by Your Name,” Sufjan Stevens
“Stand Up for Something” from “Marshall,” Diane Warren, Common
“This Is Me” from “The Greatest Showman,” Benj Pasek, Justin Paul
Original Score:
“The Shape of Water,” Alexandre Desplat (WINNER)
“Star Wars: The Last Jedi,” John Williams
“Dunkirk,” Hans Zimmer
“Phantom Thread,” Jonny Greenwood
“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri,” Carter Burwell
Cinematography:
“Blade Runner 2049,” Roger Deakins (WINNER)
“Darkest Hour,” Bruno Delbonnel
“Dunkirk,” Hoyte van Hoytema
“Mudbound,” Rachel Morrison
“The Shape of Water,” Dan Laustsen
Original Screenplay:
“Get Out,” Jordan Peele (WINNER)
“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri,” Martin McDonagh
“The Big Sick,” Emily V. Gordon & Kumail Nanjiani
“Lady Bird,” Greta Gerwig
“The Shape of Water,” Guillermo del Toro, Vanessa Taylor
Adapted Screenplay:
“Call Me by Your Name,” James Ivory (WINNER)
“The Disaster Artist,” Scott Neustadter & Michael H. Weber
“Logan,” Scott Frank & James Mangold and Michael Green
“Molly’s Game,” Aaron Sorkin
“Mudbound,” Virgil Williams and Dee Rees
Live Action Short Film:
“The Silent Child,” Chris Overton, Rachel Shenton (WINNER)
“DeKalb Elementary,” Reed Van Dyk
“The Eleven O’Clock,” Derin Seale, Josh Lawson
“My Nephew Emmett,” Kevin Wilson, Jr.
“Watu Wote/All of Us,” Katja Benrath, Tobias Rosen
Documentary Short Subject:
“Heaven Is a Traffic Jam on the 405,” Frank Stiefel (WINNER)
“Heroin(e),” Elaine McMillion Sheldon, Kerrin Sheldon
“Edith+Eddie,” Laura Checkoway, Thomas Lee Wright
“Knife Skills,” Thomas Lennon
“Traffic Stop,” Kate Davis, David Heilbroner
Film Editing:
“Dunkirk,” Lee Smith (WINNER)
“Baby Driver,” Jonathan Amos, Paul Machliss
“I, Tonya,” Tatiana S. Riegel
“The Shape of Water,” Sidney Wolinsky
“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri,” Jon Gregory
Visual Effects:
“Blade Runner 2049,” John Nelson, Paul Lambert, Richard R. Hoover, Gerd Nefzer (WINNER)
“Guardians of the Galaxy Vol. 2,” Christopher Townsend, Guy Williams, Jonathan Fawkner, Dan Sudick
“Kong: Skull Island,” Stephen Rosenbaum, Jeff White, Scott Benza, Mike Meinardus
“Star Wars: The Last Jedi,” Ben Morris, Mike Mulholland, Chris Corbould, Neal Scanlan
“War for the Planet of the Apes,” Joe Letteri, Dan Lemmon, Daniel Barrett, Joel Whist
Animated Feature:
“Coco,” Lee Unkrich, Darla K. Anderson (WINNER)
“The Boss Baby,” Tom McGrath, Ramsey Ann Naito
“The Breadwinner,” Nora Twomey, Anthony Leo
“Ferdinand,” Carlos Saldanha
“Loving Vincent,” Dorota Kobiela, Hugh Welchman, Sean Bobbitt, Ivan Mactaggart, Hugh Welchman
Animated Short:
“Dear Basketball,” Glen Keane, Kobe Bryant (WINNER)
“Garden Party,” Victor Caire, Gabriel Grapperon
“Lou,” Dave Mullins, Dana Murray
“Negative Space,” Max Porter, Ru Kuwahata
“Revolting Rhymes,” Jakob Schuh, Jan Lachauer
Supporting Actress:
Allison Janney, “I, Tonya” (WINNER)
Mary J. Blige, “Mudbound”
Lesley Manville, “Phantom Thread”
Laurie Metcalf, “Lady Bird”
Octavia Spencer, “The Shape of Water”
Foreign Language Film:
“A Fantastic Woman” (Chile) (WINNER)
“The Insult” (Lebanon)
“Loveless” (Russia)
“On Body and Soul (Hungary)
“The Square” (Sweden)
Production Design:
“The Shape of Water,” Paul D. Austerberry, Jeffrey A. Melvin, Shane Vieau (WINNER)
“Beauty and the Beast,” Sarah Greenwood; Katie Spencer
“Blade Runner 2049,” Dennis Gassner, Alessandra Querzola
“Darkest Hour,” Sarah Greenwood, Katie Spencer
“Dunkirk,” Nathan Crowley, Gary Fettis
Sound Mixing:
“Dunkirk,” Mark Weingarten, Gregg Landaker, Gary A. Rizzo (WINNER)
“Baby Driver,” Mary H. Ellis, Julian Slater, Tim Cavagin
“Blade Runner 2049,” Mac Ruth, Ron Bartlett, Doug Hephill
“The Shape of Water,” Glen Gauthier, Christian Cooke, Brad Zoern
“Star Wars: The Last Jedi,” Stuart Wilson, Ren Klyce, David Parker, Michael Semanick
Sound Editing:
“Dunkirk,” Alex Gibson, Richard King (WINNER)
“Baby Driver,” Julian Slater
“Blade Runner 2049,” Mark Mangini, Theo Green
“The Shape of Water,” Nathan Robitaille, Nelson Ferreira
“Star Wars: The Last Jedi,” Ren Klyce, Matthew Wood
Documentary Feature:
“Icarus,” Bryan Fogel, Dan Cogan (WINNER)
“Abacus: Small Enough to Jail,” Steve James, Mark Mitten, Julie Goldman
“Faces Places,” JR, Agnès Varda, Rosalie Varda
“Last Men in Aleppo,” Feras Fayyad, Kareem Abeed, Soren Steen Jepersen
“Strong Island,” Yance Ford, Joslyn Barnes
Costume Design:
“Phantom Thread,” Mark Bridges (WINNER)
“Beauty and the Beast,” Jacqueline Durran
“Darkest Hour,” Jacqueline Durran
“The Shape of Water,” Luis Sequeira
“Victoria and Abdul,” Consolata Boyle
Makeup and Hairstyling:
“Darkest Hour,” Kazuhiro Tsuji, David Malinowski, Lucy Sibbick (WINNER)
“Victoria and Abdul,” Daniel Phillips and Lou Sheppard
“Wonder,” Arjen Tuiten
Supporting Actor:
Sam Rockwell, “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” (WINNER)
Willem Dafoe, “The Florida Project”
Woody Harrelson, “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”
Richard Jenkins, “The Shape of Water”
Christopher Plummer, “All the Money in the World”
Fonte: http://variety.com/2018/film/news/2018-oscars-winners-list-academy-awards-1202713535/
“The Shape of Water” (WINNER)
“Call Me by Your Name”
“Darkest Hour”
“Dunkirk”
“Get Out”
“Lady Bird”
“Phantom Thread”
“The Post”
“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”
Actress:
Frances McDormand, “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” (WINNER)
Sally Hawkins, “The Shape of Water”
Margot Robbie, “I, Tonya”
Saoirse Ronan, “Lady Bird”
Meryl Streep, “The Post”
Actor:
Gary Oldman, “Darkest Hour” (WINNER)
Timothée Chalamet, “Call Me by Your Name”
Daniel Day-Lewis, “Phantom Thread”
Daniel Kaluuya, “Get Out”
Denzel Washington, “Roman J. Israel, Esq.”
Director:
“The Shape of Water,” Guillermo del Toro (WINNER)
“Dunkirk,” Christopher Nolan
“Get Out,” Jordan Peele
“Lady Bird,” Greta Gerwig
“Phantom Thread,” Paul Thomas Anderson
Original Song:
“Remember Me” from “Coco,” Kristen Anderson-Lopez, Robert Lopez (WINNER)
“Mighty River” from “Mudbound,” Mary J. Blige
“Mystery of Love” from “Call Me by Your Name,” Sufjan Stevens
“Stand Up for Something” from “Marshall,” Diane Warren, Common
“This Is Me” from “The Greatest Showman,” Benj Pasek, Justin Paul
Original Score:
“The Shape of Water,” Alexandre Desplat (WINNER)
“Star Wars: The Last Jedi,” John Williams
“Dunkirk,” Hans Zimmer
“Phantom Thread,” Jonny Greenwood
“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri,” Carter Burwell
Cinematography:
“Blade Runner 2049,” Roger Deakins (WINNER)
“Darkest Hour,” Bruno Delbonnel
“Dunkirk,” Hoyte van Hoytema
“Mudbound,” Rachel Morrison
“The Shape of Water,” Dan Laustsen
Original Screenplay:
“Get Out,” Jordan Peele (WINNER)
“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri,” Martin McDonagh
“The Big Sick,” Emily V. Gordon & Kumail Nanjiani
“Lady Bird,” Greta Gerwig
“The Shape of Water,” Guillermo del Toro, Vanessa Taylor
Adapted Screenplay:
“Call Me by Your Name,” James Ivory (WINNER)
“The Disaster Artist,” Scott Neustadter & Michael H. Weber
“Logan,” Scott Frank & James Mangold and Michael Green
“Molly’s Game,” Aaron Sorkin
“Mudbound,” Virgil Williams and Dee Rees
Live Action Short Film:
“The Silent Child,” Chris Overton, Rachel Shenton (WINNER)
“DeKalb Elementary,” Reed Van Dyk
“The Eleven O’Clock,” Derin Seale, Josh Lawson
“My Nephew Emmett,” Kevin Wilson, Jr.
“Watu Wote/All of Us,” Katja Benrath, Tobias Rosen
Documentary Short Subject:
“Heaven Is a Traffic Jam on the 405,” Frank Stiefel (WINNER)
“Heroin(e),” Elaine McMillion Sheldon, Kerrin Sheldon
“Edith+Eddie,” Laura Checkoway, Thomas Lee Wright
“Knife Skills,” Thomas Lennon
“Traffic Stop,” Kate Davis, David Heilbroner
Film Editing:
“Dunkirk,” Lee Smith (WINNER)
“Baby Driver,” Jonathan Amos, Paul Machliss
“I, Tonya,” Tatiana S. Riegel
“The Shape of Water,” Sidney Wolinsky
“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri,” Jon Gregory
Visual Effects:
“Blade Runner 2049,” John Nelson, Paul Lambert, Richard R. Hoover, Gerd Nefzer (WINNER)
“Guardians of the Galaxy Vol. 2,” Christopher Townsend, Guy Williams, Jonathan Fawkner, Dan Sudick
“Kong: Skull Island,” Stephen Rosenbaum, Jeff White, Scott Benza, Mike Meinardus
“Star Wars: The Last Jedi,” Ben Morris, Mike Mulholland, Chris Corbould, Neal Scanlan
“War for the Planet of the Apes,” Joe Letteri, Dan Lemmon, Daniel Barrett, Joel Whist
Animated Feature:
“Coco,” Lee Unkrich, Darla K. Anderson (WINNER)
“The Boss Baby,” Tom McGrath, Ramsey Ann Naito
“The Breadwinner,” Nora Twomey, Anthony Leo
“Ferdinand,” Carlos Saldanha
“Loving Vincent,” Dorota Kobiela, Hugh Welchman, Sean Bobbitt, Ivan Mactaggart, Hugh Welchman
Animated Short:
“Dear Basketball,” Glen Keane, Kobe Bryant (WINNER)
“Garden Party,” Victor Caire, Gabriel Grapperon
“Lou,” Dave Mullins, Dana Murray
“Negative Space,” Max Porter, Ru Kuwahata
“Revolting Rhymes,” Jakob Schuh, Jan Lachauer
Supporting Actress:
Allison Janney, “I, Tonya” (WINNER)
Mary J. Blige, “Mudbound”
Lesley Manville, “Phantom Thread”
Laurie Metcalf, “Lady Bird”
Octavia Spencer, “The Shape of Water”
Foreign Language Film:
“A Fantastic Woman” (Chile) (WINNER)
“The Insult” (Lebanon)
“Loveless” (Russia)
“On Body and Soul (Hungary)
“The Square” (Sweden)
Production Design:
“The Shape of Water,” Paul D. Austerberry, Jeffrey A. Melvin, Shane Vieau (WINNER)
“Beauty and the Beast,” Sarah Greenwood; Katie Spencer
“Blade Runner 2049,” Dennis Gassner, Alessandra Querzola
“Darkest Hour,” Sarah Greenwood, Katie Spencer
“Dunkirk,” Nathan Crowley, Gary Fettis
Sound Mixing:
“Dunkirk,” Mark Weingarten, Gregg Landaker, Gary A. Rizzo (WINNER)
“Baby Driver,” Mary H. Ellis, Julian Slater, Tim Cavagin
“Blade Runner 2049,” Mac Ruth, Ron Bartlett, Doug Hephill
“The Shape of Water,” Glen Gauthier, Christian Cooke, Brad Zoern
“Star Wars: The Last Jedi,” Stuart Wilson, Ren Klyce, David Parker, Michael Semanick
Sound Editing:
“Dunkirk,” Alex Gibson, Richard King (WINNER)
“Baby Driver,” Julian Slater
“Blade Runner 2049,” Mark Mangini, Theo Green
“The Shape of Water,” Nathan Robitaille, Nelson Ferreira
“Star Wars: The Last Jedi,” Ren Klyce, Matthew Wood
Documentary Feature:
“Icarus,” Bryan Fogel, Dan Cogan (WINNER)
“Abacus: Small Enough to Jail,” Steve James, Mark Mitten, Julie Goldman
“Faces Places,” JR, Agnès Varda, Rosalie Varda
“Last Men in Aleppo,” Feras Fayyad, Kareem Abeed, Soren Steen Jepersen
“Strong Island,” Yance Ford, Joslyn Barnes
Costume Design:
“Phantom Thread,” Mark Bridges (WINNER)
“Beauty and the Beast,” Jacqueline Durran
“Darkest Hour,” Jacqueline Durran
“The Shape of Water,” Luis Sequeira
“Victoria and Abdul,” Consolata Boyle
Makeup and Hairstyling:
“Darkest Hour,” Kazuhiro Tsuji, David Malinowski, Lucy Sibbick (WINNER)
“Victoria and Abdul,” Daniel Phillips and Lou Sheppard
“Wonder,” Arjen Tuiten
Supporting Actor:
Sam Rockwell, “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” (WINNER)
Willem Dafoe, “The Florida Project”
Woody Harrelson, “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”
Richard Jenkins, “The Shape of Water”
Christopher Plummer, “All the Money in the World”
Fonte: http://variety.com/2018/film/news/2018-oscars-winners-list-academy-awards-1202713535/
03 March 2018
Molly´s game
Faz muito tempo que não saio do cinema com a sensação de me achar burra e com Molly´s game foi assim ; )).
O roteiro é bem escrito e os diálogos afiados, uma grata surpresa nessa maratona de filmes pré-Oscar repletos de abuso, morte e violência...
Jessica Chastain interpreta uma atleta olímpica de esqui que sofre um acidente improvável e se muda para a costa Oeste mergulhando no mundo do pôquer.
A cada noite, seu faturamento gira em torno de 10 mil dólares líquidos (a movimentação por noite chega a atingir a cifra de 1,5 milhão de dólares) garantindo a ela um pé de meia de 5 milhões de dólares...
... até ser detida pelo FBI.
Bom, não vou contar o resto.
Para quem gosta de histórias inteligentes, vale a pena (mas assista antes que saia de cartaz, está em poucas salas ; ).
O roteiro é bem escrito e os diálogos afiados, uma grata surpresa nessa maratona de filmes pré-Oscar repletos de abuso, morte e violência...
Jessica Chastain interpreta uma atleta olímpica de esqui que sofre um acidente improvável e se muda para a costa Oeste mergulhando no mundo do pôquer.
A cada noite, seu faturamento gira em torno de 10 mil dólares líquidos (a movimentação por noite chega a atingir a cifra de 1,5 milhão de dólares) garantindo a ela um pé de meia de 5 milhões de dólares...
... até ser detida pelo FBI.
Bom, não vou contar o resto.
Para quem gosta de histórias inteligentes, vale a pena (mas assista antes que saia de cartaz, está em poucas salas ; ).
28 February 2018
Eu, Tonya
Céééééus!
Não sei o que é mais bizarro, a vida dessa atleta ou o filme (se bem que, de narrativa amalucada, gostei mais de Artista do Desastre) rsrsrs.
Tonya Harding foi a 2a. patinadora feminina de gelo mundial que conseguiu executar o salto axel triplo. No entanto, ficou conhecida por quebrar a perna da colega e competidora concorrente Nancy Kerrigan às vésperas das Olimpíadas.
Ao assistir o filme, meu coração se encheu de compaixão - ela sofreu abuso físico e emocional da mãe, irmão, marido (é bem aquela coisa, a gente só dá aquilo que recebeu), mas também de desconfiança (as imagens finais mostram a apresentação verídica e aí você percebe a arrogância, ou seja, a imagem que os Estados Unidos não queriam projetar).
PS- Para saber mais detalhes sobre esta história surreal, vai lá: http://www.huffpostbrasil.com/2018/02/15/eu-tonya-o-que-a-comedia-do-oscar-conta-e-nao-conta-sobre-a-maluca-historia-real-por-tras-dela_a_23362353/?utm_hp_ref=br-homepage
Não sei o que é mais bizarro, a vida dessa atleta ou o filme (se bem que, de narrativa amalucada, gostei mais de Artista do Desastre) rsrsrs.
Tonya Harding foi a 2a. patinadora feminina de gelo mundial que conseguiu executar o salto axel triplo. No entanto, ficou conhecida por quebrar a perna da colega e competidora concorrente Nancy Kerrigan às vésperas das Olimpíadas.
Ao assistir o filme, meu coração se encheu de compaixão - ela sofreu abuso físico e emocional da mãe, irmão, marido (é bem aquela coisa, a gente só dá aquilo que recebeu), mas também de desconfiança (as imagens finais mostram a apresentação verídica e aí você percebe a arrogância, ou seja, a imagem que os Estados Unidos não queriam projetar).
PS- Para saber mais detalhes sobre esta história surreal, vai lá: http://www.huffpostbrasil.com/2018/02/15/eu-tonya-o-que-a-comedia-do-oscar-conta-e-nao-conta-sobre-a-maluca-historia-real-por-tras-dela_a_23362353/?utm_hp_ref=br-homepage
25 February 2018
Trama Fantasma
Atraída pela presença carismática do ator Daniel Day-Lewis e pela direção instigante de Paul T. Anderson, lá fui eu assistir a uma das maiores bombas dos últimos tempos rsrsrs.
Phantom Thread traz a história de um talentoso costureiro da década de 50 que descarta relacionamentos com a mesma velocidade que se apaixona, ou seja, a cada troca de coleção rsrsrs.
O que mais dói no coração é perceber que muita gente segue a mesma cartilha, sendo utilitarista e grosseiro com que lhe é mais caro e precioso ao invés de cuidar e enaltecer quem escolheu para dividir a vida.
Mas você entende e até dá um desconto afinal as pessoas só podem dar aquilo que receberam, ou seja, tanto o costureiro quanto a irmã tiveram uma formação rígida que explica a necessidade de tanto método para se proteger.
No entanto, o que mais assusta é aquela garçonete que vira modelo.
É como se Paul Anderson tivesse escrito uma 'resposta' a esta onda de denúncias de assédio sexual: "ei, as mulheres não são tão frágeis assim". E mais: as mais dóceis e delicadas são as mais perigosas (heheheh, isto eu já sabia) rsrsrsr.
Coisa triste quando um casal transforma o relacionamento numa disputa de poder ao invés de parceria, de construção conjunta (para quem pensa diferente, meus pêsames).
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá:
Phantom Thread traz a história de um talentoso costureiro da década de 50 que descarta relacionamentos com a mesma velocidade que se apaixona, ou seja, a cada troca de coleção rsrsrs.
O que mais dói no coração é perceber que muita gente segue a mesma cartilha, sendo utilitarista e grosseiro com que lhe é mais caro e precioso ao invés de cuidar e enaltecer quem escolheu para dividir a vida.
Mas você entende e até dá um desconto afinal as pessoas só podem dar aquilo que receberam, ou seja, tanto o costureiro quanto a irmã tiveram uma formação rígida que explica a necessidade de tanto método para se proteger.
No entanto, o que mais assusta é aquela garçonete que vira modelo.
É como se Paul Anderson tivesse escrito uma 'resposta' a esta onda de denúncias de assédio sexual: "ei, as mulheres não são tão frágeis assim". E mais: as mais dóceis e delicadas são as mais perigosas (heheheh, isto eu já sabia) rsrsrsr.
Coisa triste quando um casal transforma o relacionamento numa disputa de poder ao invés de parceria, de construção conjunta (para quem pensa diferente, meus pêsames).
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá:
- http://www.huffpostbrasil.com/2018/02/21/trama-fantasma-e-a-despedida-de-daniel-day-lewis-do-cinema_a_23367859/?utm_hp_ref=br-homepage
- https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2018/05/ser-amado-por-ela-perdidamente.shtml
23 February 2018
BAFTA 2018 - lista completa dos vencedores
Best film
- Winner: Three Billboards Outside Ebbing, Missouri
- Call Me By Your Name
- Darkest Hour
- Dunkirk
- The Shape Of Water
Outstanding British film
- Winner: Three Billboards Outside Ebbing, Missouri
- Darkest Hour
- The Death of Stalin
- God's Own Country
- Lady Macbeth
- Paddington 2
Leading actress
- Winner: Frances McDormand - Three Billboards Outside Ebbing, Missouri
- Annette Bening - Film Stars Don't Die In Liverpool
- Margot Robbie - I, Tonya
- Sally Hawkins - The Shape Of Water
- Saoirse Ronan - Lady Bird
Leading actor
- Winner: Gary Oldman - Darkest Hour
- Daniel Day-Lewis - Phantom Thread
- Daniel Kaluuya - Get Out
- Jamie Bell - Film Stars Don't Die In Liverpool
- Timothee Chalamet - Call Me By Your Name
Supporting actress
- Winner: Allison Janney - I, Tonya
- Kristin Scott Thomas - Darkest Hour
- Laurie Metcalf - Lady Bird
- Lesley Manville - Phantom Thread
- Octavia Spencer - The Shape Of Water
Supporting actor
- Winner: Sam Rockwell - Three Billboards Outside Ebbing, Missouri
- Christopher Plummer - All The Money In The World
- Hugh Grant - Paddington 2
- Willem Dafoe - The Florida Project
- Woody Harrelson - Three Billboards Outside Ebbing, Missouri
Director
- Winner: The Shape Of Water - Guillermo Del Toro
- Blade Runner 2049 - Denis Villeneuve
- Call Me By Your Name - Luca Guadagnino
- Dunkirk - Christopher Nolan
- Three Billboards Outside Ebbing, Missouri - Martin McDonagh
EE Rising Star Award (voted for by the public)
- Winner: Daniel Kaluuya
- Florence Pugh
- Josh O'Connor
- Tessa Thompson
- Timothee Chalamet
Outstanding debut by a British writer, director or producer
- Winner: I Am Not A Witch
- The Ghoul
- Jawbone
- Kingdom Of Us
- Lady Macbeth
Film not in the English language
- Winner: The Handmaiden
- Elle
- First They Killed My Father
- Loveless
- The Salesman
Documentary
- Winner: I Am Not Your Negro
- City Of Ghosts
- Icarus
- An Inconvenient Sequel
- Jane
Animated film
- Winner: Coco
- Loving Vincent
- My Life As A Courgette
Original screenplay
- Winner: Three Billboards Outside Ebbing, Missouri
- Get Out
- I, Tonya
- Lady Bird
- The Shape Of Water
Adapted screenplay
- Winner: Call Me By Your Name
- The Death Of Stalin
- Film Stars Don't Die In Liverpool
- Molly's Game
- Paddington 2
Original music
- Winner: The Shape Of Water - Alexandre Desplat
- Blade Runner 2049 - Benjamin Wallfisch, Hans Zimmer
- Darkest Hour - Dario Marianelli
- Dunkirk - Hans Zimmer
- Phantom Thread - Jonny Greenwood
Cinematography
- Winner: Blade Runner 2049 - Roger Deakins
- Darkest Hour - Bruno Delbonnel
- Dunkirk - Hoyte van Hoytema
- The Shape of Water - Dan Laustsen
- Three Billboards Outside Ebbing, Missouri - Ben Davis
Editing
- Winner: Baby Driver - Jonathan Amos, Paul Machliss
- Blade Runner 2049 - Joe Walker
- Dunkirk - Lee Smith
- The Shape Of Water - Sidney Wolinsky
- Three Billboards Outside Ebbing, Missouri - Jon Gregory
Production design
- Winner: The Shape Of Water - Paul Austerberry, Jeff Melvin, Shane Vieau
- Beauty And The Beast - Sarah Greenwood, Katie Spencer
- Blade Runner 2049 - Dennis Gassner, Alessandra Querzola
- Darkest Hour - Sarah Greenwood, Katie Spencer
- Dunkirk - Nathan Crowley, Gary Fettis
Costume design
- Winner: Phantom Thread - Mark Bridges
- Beauty And The Beast - Jacqueline Durran
- Darkest Hour - Jacqueline Durran
- I, Tonya - Jennifer Johnson
- The Shape Of Water - Luis Sequeira
Make-up and hair
- Winner: Darkest Hour - David Malinowski, Ivana Primorac, Lucy Sibbick, Kazuhiro Tsuji
- Blade Runner 2049 - Donald Mowat, Kerry Warn
- I, Tonya - Deborah La Mia Denaver, Adruitha Lee
- Victoria & Abdul - Daniel Phillips
- Wonder - Naomi Bakstad, Robert A Pandini, Arjen Tuiten
Sound
- Winner: Dunkirk - Richard King, Gregg Landaker, Gary A. Rizzo, Mark Weingarten
- Baby Driver - Tim Cavagin, Mary H. Ellis, Julian Slater
- Blade Runner 2049 - Ron Bartlett, Theo Green, Doug Hemphill, Mark Mangini, Mac Ruth
- The Shape Of Water - Christian Cooke, Glen Gauthier, Nathan Robitaille, Brad Zoern
- Star Wars: The Last Jedi - Ren Klyce, David Parker, Michael Semanick, Stuart Wilson, Matthew Wood
Special visual effects
- Winner: Blade Runner 2049 - Gerd Nefzer, John Nelson
- Dunkirk - Scott Fisher, Andrew Jackson
- The Shape Of Water - Dennis Berardi, Trey Harrell, Kevin Scott
- Star Wars: The Last Jedi - Nominees TBC
- War For The Planet Of The Apes - Nominees TBC
British short animation
- Winner: Poles Apart
- Have Heart
- Mamoon
British short film
- Winner: Cowboy Dave
- Aamir
- A Drowning Man
- Work
- Wren Boys
Fellowship
- Sir Ridley Scott
Outstanding contribution to British cinema
- National Film and Television School
Fonte: http://www.bbc.com/news/entertainment-arts-42618239
22 February 2018
Pantera Negra
Com tanto buxixo em cima da trama, lá vou eu conferir a mais nova produção da franquia Marvel.
Confesso a ignorância (recentemente descobri os personagens por meio de um erudito fissurado em quadrinhos politizados) rsrsrs e a curiosidade por algo mais substancioso (ando meio bodeada de arrasa quarteirão, é como se ofendesse a inteligência, sabe).
Gostei bastante da história, do casting (todos negros), da reflexão sobre a falta de união da raça etc. etc. etc., mas algumas coisas me incomodaram.
Por exemplo, usar o preconceito ao contrário (o branco é o bandido, o 'mestiço' não presta), a plantação que aparentemente foi toda destruída (ah, tá... e só uma flor foi salva sendo já usada para ressuscitar um personagem), o sumiço da mãe do antagonista...
Gentem peloamor, vamos caprichar porque não estamos falando com pessoas de capacidade intelectual reduzida, ok?
Dica duca: fique de olho, a provável sequência aparece depois dos créditos, não saia da sala!
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá: https://f5.folha.uol.com.br/colunistas/tonygoes/2018/02/por-que-o-filme-pantera-negra-incomoda-tanta-gente.shtml
PS2 - Para ter uma aula de história, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=5kz8xljxqww&feature=youtu.be
Confesso a ignorância (recentemente descobri os personagens por meio de um erudito fissurado em quadrinhos politizados) rsrsrs e a curiosidade por algo mais substancioso (ando meio bodeada de arrasa quarteirão, é como se ofendesse a inteligência, sabe).
Gostei bastante da história, do casting (todos negros), da reflexão sobre a falta de união da raça etc. etc. etc., mas algumas coisas me incomodaram.
Por exemplo, usar o preconceito ao contrário (o branco é o bandido, o 'mestiço' não presta), a plantação que aparentemente foi toda destruída (ah, tá... e só uma flor foi salva sendo já usada para ressuscitar um personagem), o sumiço da mãe do antagonista...
Gentem peloamor, vamos caprichar porque não estamos falando com pessoas de capacidade intelectual reduzida, ok?
Dica duca: fique de olho, a provável sequência aparece depois dos créditos, não saia da sala!
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá: https://f5.folha.uol.com.br/colunistas/tonygoes/2018/02/por-que-o-filme-pantera-negra-incomoda-tanta-gente.shtml
PS2 - Para ter uma aula de história, vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=5kz8xljxqww&feature=youtu.be
15 February 2018
Loveless
Alexey é um menino de 12 anos cujos pais estão se divorciando.
Como os dois já estão em outros relacionamentos, eles agora brigam para se livrar e definir quem ficará com a criança.
Só que o filho escuta e some.
E o espectador passa o restante do filme vendo os percalços na busca com final prá lá de previsível.
Preste atenção na mãe do garoto (a boca fala o que está cheio o coração)... sim, a gente só dá aquilo que recebeu.
E o pai? Ô dó, também segue a mesma cartilha da maldição hereditária.
Melhor metáfora: a mãe correndo na esteira com o agasalho estampado Rússia no peito (corre, corre para nãi sair do lugar) rsrsrs.
PS- Leviatã é menos hermético e muito mais denso.
PS2- Para ouvir outra opinião sobre o filme, vai lá: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2018/03/mae-russia.shtml
Como os dois já estão em outros relacionamentos, eles agora brigam para se livrar e definir quem ficará com a criança.
Só que o filho escuta e some.
E o espectador passa o restante do filme vendo os percalços na busca com final prá lá de previsível.
Preste atenção na mãe do garoto (a boca fala o que está cheio o coração)... sim, a gente só dá aquilo que recebeu.
E o pai? Ô dó, também segue a mesma cartilha da maldição hereditária.
Melhor metáfora: a mãe correndo na esteira com o agasalho estampado Rússia no peito (corre, corre para nãi sair do lugar) rsrsrs.
PS- Leviatã é menos hermético e muito mais denso.
PS2- Para ouvir outra opinião sobre o filme, vai lá: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2018/03/mae-russia.shtml
13 February 2018
Três anúncios de um crime
Filme de ator!!!!
Resumo da ópera: In Bruges (do mesmo diretor) é beeem melhor.
Badalado antes mesmo da abertura da Mostra (exibição mó disputada e óbvio que fiquei de fora).
Frances McDormand interpreta uma casca-grossa que teve a filha estuprada e morta, e a investigação local não prendeu nenhum suspeito.
O que ela faz?
'Compra' 3 anúncios de outdoor chamando a atenção da imprensa e provocando a polícia que é obrigada a reabrir o caso.
Só que alguns desdobramentos não estavam previstos e... (bom, você precisa assistir) hahaha.
Resumo da ópera: In Bruges (do mesmo diretor) é beeem melhor.
PS- Para ouvir outras opiniões, vai lá:
09 February 2018
Lady Bird
Atraída pelo trailer mordaz (aaamo dialógos afiados) e 5 indicações ao Oscar (filme, atriz principal, atriz coadjuvante, direção e roteiro original), lá vou eu conferir Lady Bird...
... sim, a história é inteligente; sim, os diálogos são ótemos...
... mas 5 indicações ao Oscar? Peloamor que os concorrentes estão fracos, hein?
É um retrato da juventude perdida americana: gente ingrata que acha que o mundo deve a eles, incapaz de reconhecer o oceano no qual os pais se encontram e de dar valor ao que de fato importa.
De poético, as angústias pelas quais todo adolescente passa: dúvidas em relação ao futuro, carreira, 1o. amor, desilusão, atração por duas pessoas ao mesmo tempo, descoberta da sexualidade, distinção entre desejo, ilusão e realidade, escolhas, interesses...
O filme serve de janela e de espelho (janela para observar o comportamento dos jovens na atualidade e espelho para olhar para nós mesmos): se somos passivos, reativos ou pro-ativos (deixa a vida me levar, bater em resposta ao outro ou com iniciativa para fazer acontecer).
Outra coisa bacana é olhar com tristeza e empatia para essa geração perdida que não sabe distinguir amor de utilitarismo, revolução de rebeldia e que, para provar que é diferente, precisa fazer sexo e usar drogas (lícitas ou não) para mostrar o que é (ou gostaria de ser).
Coisa triste.
O final é apoteótico (rodou, rodou para não sair do lugar) hahahah.
E siiim, quem não aprecia o que tem, nunca dará valor ao que poderá conquistar (pq as coisas boas da vida não estão fora e sim dentro de nós).
... sim, a história é inteligente; sim, os diálogos são ótemos...
... mas 5 indicações ao Oscar? Peloamor que os concorrentes estão fracos, hein?
É um retrato da juventude perdida americana: gente ingrata que acha que o mundo deve a eles, incapaz de reconhecer o oceano no qual os pais se encontram e de dar valor ao que de fato importa.
De poético, as angústias pelas quais todo adolescente passa: dúvidas em relação ao futuro, carreira, 1o. amor, desilusão, atração por duas pessoas ao mesmo tempo, descoberta da sexualidade, distinção entre desejo, ilusão e realidade, escolhas, interesses...
O filme serve de janela e de espelho (janela para observar o comportamento dos jovens na atualidade e espelho para olhar para nós mesmos): se somos passivos, reativos ou pro-ativos (deixa a vida me levar, bater em resposta ao outro ou com iniciativa para fazer acontecer).
Outra coisa bacana é olhar com tristeza e empatia para essa geração perdida que não sabe distinguir amor de utilitarismo, revolução de rebeldia e que, para provar que é diferente, precisa fazer sexo e usar drogas (lícitas ou não) para mostrar o que é (ou gostaria de ser).
Coisa triste.
O final é apoteótico (rodou, rodou para não sair do lugar) hahahah.
E siiim, quem não aprecia o que tem, nunca dará valor ao que poderá conquistar (pq as coisas boas da vida não estão fora e sim dentro de nós).
08 February 2018
O insulto
Noooossa!!!!
Alguém anotou a placa do caminhão que me atropelou?
S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L, um dos melhores filmes de todos os tempos!!!
O insulto parece um filme fácil, daqueles que você acha que entende (# sqn) rsrsr. E é muito bom perceber que, do alto da sua pretensão, você está há anos-luz de entender do que se trata.
Um cristão libanês e um refugiado palestino entram num desentendimento banal.
As cenas iniciais retratam o universo particular que libanês cristão está inserido: suas crenças, família (a esposa grávida, o pai ponderado), os sonhos em choque (a esposa quer voltar para o interior e morar nas terras da família para dar um futuro mais humano ao bebê e o marido 'teima' que o futuro está na cidade grande onde seu negócio prospera).
Só que o apartamento deles, que é alugado, tem uma calha irregular que é consertada pelo mestre de obras contratado pela prefeitura - ele é hiper mega super competente e toma a iniciativa de buscar solução ao invés de reclamar ou reportar o problema. Mas o libanês está com raiva e precisa descontar em alguém.
Pronto, o pavio foi aceso...
O que achei legal é que as coisas nunca são o que parecem: os personagens (não dá para julgar quem é bandido, quem é mocinho; quem é ético, quem quer prejudicar o outro), as motivações (orgulho, humilhação, visibilidade, dinheiro) e o que é ficção (liderança que deveria buscar a convergência e juízes que julgassem com sabedoria, imparcialidade e justiça) ou realidade (imprensa que só quer lucrar ao invés de noticiar o que está por trás, advogados que buscam prestígio próprio ao invés de buscar o caminho do meio, multidão amorfa só que precisa de um motivo para extravasar o ódio e partir para o conflito armado)...
Detalhe: preste atenção na decência dos dois oponentes (ao mesmo tempo que são teimosos em sua arrogância, conseguem ser empáticos com a dor do outro).
Outra coisa bacana é o 1o. julgamento: o juiz percebe que há algo maior por trás da calha quebrada e os respectivos familiares tentam dissuadir os dois a abrirem mão do orgulho para seguir adiante.
Bom, preciso dizer que saí da sala aos prantos e demorei uns 15 minutos para me recompor (é um filme que te faz pensar sobre a intolerância no mundo e na sua própria vida) e te faz perceber que, para entender a intransigência de uma pessoa, talvez você tenha de visitar o passado dela para reconciliar e reconstruir primeiro as suas memórias.
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/08/afetados-por-traumas-da-guerra-protagonistas-de-o-insulto-se-encontram-presos-no-ressentimento.shtml
Alguém anotou a placa do caminhão que me atropelou?
S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L, um dos melhores filmes de todos os tempos!!!
O insulto parece um filme fácil, daqueles que você acha que entende (# sqn) rsrsr. E é muito bom perceber que, do alto da sua pretensão, você está há anos-luz de entender do que se trata.
Um cristão libanês e um refugiado palestino entram num desentendimento banal.
As cenas iniciais retratam o universo particular que libanês cristão está inserido: suas crenças, família (a esposa grávida, o pai ponderado), os sonhos em choque (a esposa quer voltar para o interior e morar nas terras da família para dar um futuro mais humano ao bebê e o marido 'teima' que o futuro está na cidade grande onde seu negócio prospera).
Só que o apartamento deles, que é alugado, tem uma calha irregular que é consertada pelo mestre de obras contratado pela prefeitura - ele é hiper mega super competente e toma a iniciativa de buscar solução ao invés de reclamar ou reportar o problema. Mas o libanês está com raiva e precisa descontar em alguém.
Pronto, o pavio foi aceso...
O que achei legal é que as coisas nunca são o que parecem: os personagens (não dá para julgar quem é bandido, quem é mocinho; quem é ético, quem quer prejudicar o outro), as motivações (orgulho, humilhação, visibilidade, dinheiro) e o que é ficção (liderança que deveria buscar a convergência e juízes que julgassem com sabedoria, imparcialidade e justiça) ou realidade (imprensa que só quer lucrar ao invés de noticiar o que está por trás, advogados que buscam prestígio próprio ao invés de buscar o caminho do meio, multidão amorfa só que precisa de um motivo para extravasar o ódio e partir para o conflito armado)...
Detalhe: preste atenção na decência dos dois oponentes (ao mesmo tempo que são teimosos em sua arrogância, conseguem ser empáticos com a dor do outro).
Outra coisa bacana é o 1o. julgamento: o juiz percebe que há algo maior por trás da calha quebrada e os respectivos familiares tentam dissuadir os dois a abrirem mão do orgulho para seguir adiante.
Bom, preciso dizer que saí da sala aos prantos e demorei uns 15 minutos para me recompor (é um filme que te faz pensar sobre a intolerância no mundo e na sua própria vida) e te faz perceber que, para entender a intransigência de uma pessoa, talvez você tenha de visitar o passado dela para reconciliar e reconstruir primeiro as suas memórias.
PS- Para ouvir outra opinião, vai lá: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/08/afetados-por-traumas-da-guerra-protagonistas-de-o-insulto-se-encontram-presos-no-ressentimento.shtml
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