Gosto de tudo que não é fácil e Desobediência é um filme assim ; ).
Ronit
é uma fotógrafa talentosa que trabalha em NYC, mas que decide voltar
inesperadamente para a Inglaterra para acompanhar o cerimonial de
sepultamento do pai, um prestigioso rabino.
Recebido
por seu amigo de infância Dovid, descobre que este se casou com Esti,
sua melhor amiga. No passado, os três eram muito unidos.
Ao
longo da história, o passado vai se descortinando e o que mais gostei
foi do diretor não fazer julgamentos rasos ou cindir os personagens em
mocinhos ou bandidos
O que se vê são
personagens densos e interpretações primorosas que fazem refletir
sobre hipocrisia, tradições, regras, estereótipos, convenções e tudo
mais.
A cena inicial é de arrebentar: o
rabino prega sobre escolha, entre ser obediente como os anjos ou entregue aos
instintos como os animais.
Me identifiquei com o trio: é possível ser revolucionário e ao mesmo tempo contido, ser
frágil e ao mesmo tempo forte, ser responsável e ao mesmo tempo
generoso.
Os minutos finais são arrebatadores pq os três passam por uma explosão interna que os transforma em gigantes.
Para sair da sala com os olhos cheios de lágrimas.
PS- Para ouvir outra opinião, vá lá: https://www.theguardian.com/film/2017/sep/10/disobedience-review-toronto-film-festival-tiff
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