31 December 2021
21 December 2021
Oscar 2022 - prévia dos indicados
06 December 2021
Sattelite Awards 2022 - lista completa dos indicados
04 December 2021
Entardecer
03 December 2021
Ataque dos cães
02 December 2021
Nosso planeta, nosso legado
01 December 2021
Duna
30 November 2021
007 sem tempo para morrer
26 November 2021
25 November 2021
The Beatles: Get Back
- https://veja.abril.com.br/cultura/serie-get-back-transforma-fas-de-beatles-em-espectadores-privilegiados/
- https://veja.abril.com.br/paginas-amarelas/peter-jackson-sobre-fim-dos-beatles-yoko-foi-retratada-de-forma-injusta/
- https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/11/em-the-beatles-get-back-peter-jackson-lanca-novo-olhar-para-fim-da-banda.shtml
- https://www.nytimes.com/2021/11/11/arts/music/beatles-get-back-peter-jackson.html
20 November 2021
Três estranhos idênticos
- muito cuidado antes de atirar pedras e não tornar-se igual - ou pior - que o seu algoz (estranho ouvir um discurso inflamado sobre os horrores praticados no Holocausto e depois repetir os mesmos experimentos desumanos com os semelhantes)
- realmente só o Amor é capaz de cobrir multidão de pecados e curar feridas.
17 November 2021
Diga quem eu sou
13 November 2021
Shang Li e a Lenda dos Dez Anéis
20 October 2021
A Crônica Francesa
O filme está repleto de camadas, mas mesmo sem entender todas, você consegue ser capturado pela genialidade do diretor.
Numa autêntica declaração de amor à mídia impressa (revista), Wes consegue ser crítico e nostálgico sem perder a elegância.
São 5 atos para assistir, rir e refletir:
- a inteligência, a grandeza e a coragem do publisher (sim, a revista tem o poder de formar uma geração de pensadores, seja de escritores ou de leitores);
- a objetividade para analisar passado, presente e futuro;
- a loucura da genialidade e a beleza da arte (não existe divisão entre privado e profissional) rsr;
- a discrepância do discurso empoderado e da maneira tacanha com que as pessoas vivem a vida;
- a criatividade para contar uma história mesmo com falta de verba rsrsr.
- https://www.newyorker.com/culture/the-new-yorker-interview/how-wes-anderson-turned-the-new-yorker-into-the-french-dispatch
- https://www.nytimes.com/2021/10/20/movies/the-french-dispatch-review.html
- https://www.architecturaldigest.com/story/wes-anderson-film-the-french-dispatch
- https://veja.abril.com.br/cultura/novo-filme-de-wes-anderson-faz-saborosa-homenagem-ao-oficio-jornalistico/
13 October 2021
11 October 2021
10 October 2021
07 October 2021
29 September 2021
20 September 2021
19 September 2021
11 September 2021
30 July 2021
Verão de 85
23 June 2021
Nomadland
Fern parece uma homeless. Mas não é.
Porque perder o emprego, o marido e a casa... não transforma
uma pessoa em ninguém.
Fern mora numa van, trabalha numa empregadora multinacional tão
fluida quanto seus funcionários e decide viajar no final do ano para conhecer
um grupo de moradores de van.
Parece uma grande aventura, não é mesmo?
#sqn
A jornada de Fern vai descortinando histórias.
Histórias de pessoas que perderam o que tinham de mais
valioso ou que decidiram abrir mão das migalhas que tinham para abraçar algo
maior.
E assim Fern descobre que, mais do que viajar para fora conhecendo
lugares ou pessoas, ela precisa viajar para dentro de si, encarar quem ela é, descobrir
o que ela acredita, o que de fato é importante, e o que ela ama.
Uma das cenas mais lindas é quando Fern encontra a irmã.
Elas não se veem há 40 anos e nunca tiveram uma conversa
franca em toda a vida. Quando tudo aparenta começar uma discussão estúpida, a
irmã dispara:
- Você sempre foi tão
verdadeira e este lugar nunca te entendeu para dar a importância que você
merecia. Você conseguiu ver e enxergar coisas em mim que eu mesma não conseguia
ver. Você foi, é e sempre será importante para mim. Como seria bom ter
convivido com você!
A partir daí o espectador fica em dúvida: será que Fern irá
recuar?
Mas não.
A força e a grandeza de Fern aumentam. Porque depois de
encarar seus demônios, ela consegue ajudar os outros a encarar os próprios. E ao separar a sua história da história dos outros, ela percebe que a dela sempre
estará misturada junto deles também.
( Frances McDormand está tão sensacional no papel e ela
se doa tanto que tem uma hora que você não sabe se é ela ou a personagem quem
está contando a história )
O final é seco, árido.
E tudo bem, porque a vida é assim também.
Vai lá: https://www.youtube.com/watch?v=6sxCFZ8_d84
PS2- Para conferir as locações e se inebriar com a natureza: https://www.uol.com.br/nossa/album/2021/04/25/conheca-as-incriveis-locacoes-de-nomadland-filme-favorito-ao-oscar-2021.htm
19 June 2021
A tabacaria
Em 1895 os irmãos Lumière realizam a primeira exibição pública de um filme, em um café em Paris. Cinco anos depois Sigmund Freud publica a obra A Interpretação dos sonhos, considerada o marco inicial da psicanálise. De um modo muito particular cinema e psicanálise traçariam caminhos paralelos ao longo do século XX, buscando ambos ampliar o entendimento da mente humana e seus sonhos, pulsões, repressões, vontades, psicoses, pesadelos e interdições.
Se Freud procurou racionalizar o estudo do inconsciente para um maior entendimento do humano, muitos artistas procuraram, ao contrário, o mundo dos sonhos para embaralhar a racionalidade instrumental e assim expandir o discurso sobre as formas de agir, sentir e pensar. Para ambos, porém, sono e vigília faziam parte de um mesmo processo de inteligibilidade do homem. O que isso tem a ver com ‘ATabacaria’, dirigido pelo austríaco Nikolaus Leytner, que chega agora aos cinemas? Tudo ou quase tudo. Pois Freud é um de seus personagens (encenado magistralmente por Bruno Ganz), e a interpretação dos sonhos está em primeiro plano no filme.
‘A Tabacaria’ começa com uma imagem onírica. O jovem Frantz (Simon Morzé) mergulhado em um lago. Perto dali sua mãe (Regina Fritsch) faz sexo com o namorado. Em meio ao gozo, uma tempestade. Franz foge dos trovões e, ensopado, abriga-se em sua casa. O namorado da mãe, rejuvenescido após o amor, mergulha no lago. Ele é fulminado por um raio, enquanto Franz esconde-se dos trovões.
Após a morte do companheiro, a mãe resolve enviar Franz para Viena, para que aprenda um ofício. Ele é recebido na tabacaria do velho Otto (Johannes Krisch), um senhor generoso, que perdera uma das pernas na guerra. Em Viena novos mundos abrem-se para Franz. O mundo do trabalho, onde é introduzido nos segredos do tabaco, e o mundo do amor e da libido, após conhecer a jovem dançarina de cabaré Anezka (Emma Drogunova).
Na tabacaria Franz entra em contato com o famoso Doutor Freud, “médico de loucos”, que é um velho cliente de Otto. Franz e Freud iniciam uma curiosa amizade, onde o jovem troca conselhos amorosos por charutos. Freud o estimula a anotar seus sonhos e, a medida que a ocupação nazista avança, Franz, cada vez mais desiludido com o amor e com a vida, começa a exibir suas anotações na parede externa da pequena loja de tabaco. É belo acompanhar o seu despertar para a paixão e sua descoberta de que a sexualidade abre novos horizontes, mas também cria vigorosos sofrimentos. Aconselhado por Otto e Freud, dois senhores maduros, representantes de uma Áustria que em breve desapareceria sob a sombra do nazismo, o jovem enfrenta este novo mundo. Com a aproximação da ocupação de Viena por Hitler, há um segundo movimento de amadurecimento de Frantz. Desta vez para a política e para a responsabilidade de resistir frente à barbárie.
Nikolaus Leytner não é um diretor conhecido por aqui, pois dedicou a maior parte de sua carreira à televisão austríaca. Mostra, porém, um domínio vigoroso da linguagem e segurança na direção dos atores. A reconstrução da Viena dos anos 1930 também chama a atenção, em um bom trabalho de fotografia e cenografia. O elenco central é primoroso: dos jovens Simon Morzé (Frantz) e Emma Drogunova (Anezka), aos veteranos Johannes Krisch (Otto) e Bruno Ganz, vivendo um frágil e sedutor Sigmund Freud. Este foi um de seus últimos trabalhos, pois Ganz faleceu recentemente, em fevereiro deste ano.
Desde o fim da segunda guerra o nazismo foi repetidamente trabalhado no cinema. São raros os filmes que apresentam alguma novidade em relação a isso. Recentemente o diretor e roteirista Paul Schrader nos presenteou com ‘Adam Resurrected’ (2008), uma obra de peso sobre as marcas deixadas pelos campos de concentração. Frente a este filme, ‘A tabacaria’ é um trabalho menor, o que não é um demérito. A obra de Leytner tem seu horizonte particular. A jornada do jovem Franz do campo para a cidade, sua relação com uma Viena prestes a desaparecer em sua inteligência e integridade, e as descobertas do mundo do trabalho e do amor, da política e do inconsciente, tem força e merece ser vista.
Já a psicanálise também gerou bons frutos ao cinema. Seja na exploração do inconsciente em obras surrealistas, seja em cinebiografias como a de John Huston sobre Freud (que criou uma rusga imensa com o roteirista/ filósofo Jean Paul Sartre, que não quis assinar o filme), ou, mais recentemente, no filme de David Cronemberg ‘Um método perigoso’, que narra a turbulenta relação entre Freud e seu discípulo Carl Jung. Leytner cria uma interessante representação do pai da psicanálise em ‘A Tabacaria’, porém é menos ambicioso ao tratar do mundo onírico.
Ao deixar muito marcada a divisão entre sonho e vigília, o filme acaba por perder o mistério e surpresa dos sonhos, os quais já reconhecemos como algo irreal pela própria forma como são apresentados. Eles funcionam quase como um comentário da vida, uma ilustração dos acontecimentos. Por isso não há estranheza. Tudo é muito claro no filme, quando a força dos sonhos está justamente no que ele oculta. Em defesa de Nikolaus Leytner podemos dizer que este é um “erro” que foi cometido por cineastas maiores, como Alfred Hitchcock em ‘Quando Fala o Coração’ (Spellbound, 1945).
Neste filme os sonhos são desvendados tal como os mistérios de histórias de detetive. Na contramão disso, pensemos em obras de Ingmar Bergman como ‘O Silêncio’, e o poder que há em não deixar tão clara as fronteiras entre o vivido e o sonhado. Os exemplos neste sentido são muitos tanto na obra deste mestre sueco como nas de Buñuel, Fellini e tantos outros. Infelizmente, a escolha narrativa de Leytner é a de não correr riscos.
Feito este reparo, ainda resta a beleza da perda de inocência do jovem Franz e sua escolha pela dignidade, face a sociedade vienense que abraça o nazismo e seus crimes. A obra equilibra tragédia e leveza, ao demonstrar a crescente violência da ocupação, sob o ponto de vista dos que disseram não. Parece uma boa lição para o Brasil, onde um presidente repete bravatas sobre o nazismo e nega os crimes da ditadura. Talvez, se tivéssemos uma cultura de discutir o nosso passado bárbaro como o tem a Alemanha e a Áustria, nossa história fosse outra. Todo cinema sabe a responsabilidade que lhe cabe. Alguns cinemas a assumem, outros preferem ignorá-la. Há silêncios que nem Freud explica.
Fonte: https://oglobo.globo.com/epoca/cinema-a-tabacaria-os-sonhos-23934487
05 June 2021
01 May 2021
A chance de Fahim
26 April 2021
25 April 2021
24 April 2021
Independent Spirit Awards 2021 - lista completa dos premiados
#vailah: https://www.indiewire.com/2021/04/2021-independent-spirit-awards-winners-list-1234630882/