Enquanto um mostra o universo masculino sem estereotipar os personagens, o outro desmascara com coragem o universo feminino.
E quer saber? Não existe diferença de um para o outro, porque a única diferença que existe entre as pessoas é se elas são decentes ou não.
Quatro professores amigos estão entediados com suas vidas: o trabalho desmotivante, o casamento morno, a rotina sem graça... num momento de autenticidade desprevenida, um abre o coração fazendo com que os outros abracem um desafio que parece ser inofensivo: beber em horário 'comercial' até atingir o limite de 0,05% de álcool no organismo. A premissa é que esta iniciativa promove comportamentos mais criativos (e já que estamos falando em ciência, cada um controla seu teor alcóolico com bafômetro portátil) rsrsr.
O experimento traz resultados estimulantes: as aulas de história ficam mais divertidas e cativantes, as aulas de música ficam mais sensíveis e sublimes, as aulas de educação física mais energéticas, as esposas voltam a prestar atenção nos maridos... Se tudo está tão bom, por que não dobrar a dose?
E assim, os quatro vão impondo mais desafios, e cada um reagindo de maneira diferente.
O que achei legal é que o diretor não emite julgamentos, só denuncia as consequências. E o final é apoteótico, solar, cheio de vida, inebriante como deveria ser a nossa relação com o álcool ou qualquer elemento que entra na nossa vida.
Se você é corajoso para ser humano, com suas qualidades, defeitos, vulnerabilidades, autêntico, genuíno e transparente com suas emoções, assista correndo : )
PS1- O mais tocante é que a ideia nasceu da filha do diretor (como aluna do ensino médio, ela insistiu que o pai fizesse um filme sobre o alcoolismo), mas aos quatro dias de filmagem, sofreu um acidente fatal e faleceu. O filme é um tributo a Ida.
PS2- A cada filme, o Mads Mikkelsen me surpreende. Você sabia que antes de ator, ele era dançarino profissional?!
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