Roma é um filme áspero, duro.
Estava mega curiosa para conferir desde a Mostra - não sabia que ia entrar em pouquíssimas salas (estratégia da Netflix para concorrer aos prêmios de cinema) senão teria ficado esperta.
O começo é tão banal (os intelectuais chamam de singelo) que quase desligo a TV - me senti péssima: a empregada que cuida da casa e das crianças com esmero, o patrão que chega altas horas em casa e nem diz boa-noite, a patroa que vomita mau humor na empregada e nas crianças... ou seja, o protótipo da classe média. E aí, o modelo de lar perfeito começa a ruir: o marido larga a família, o rapaz abandona a namorada grávida, a mulher usa as crianças para fazer chantagem emocional, o homem não paga pensão e ainda leva os móveis da casa (bocejo).
O filme começa a ficar interessante quando mistura realidade com ficção (movimento estudantil) porque aí você começa a perceber que o verdadeiro guerreiro não é o que saber lutar bem, mas aquele que tem integridade (senão você é apenas um criminoso com uma arma) e que o verdadeiro médico cura , não fere nem omite prestar socorro.
A melhor cena é a da praia: sem divisão de classe social, faixa etária ou gênero... é quando os personagens se tornam humanos, cada qual com suas dores, e assim criam uma comunidade de amor.
Se você não se incomoda em ficar desconfortável e com o coração dilacerado, recomendo muito (a função da arte é exatamente esta, de tirar a gente da zona de conforto).
Preste atenção e veja se não tenho razão (as metáforas) rsrsrs:
não seria o marido o verdadeiro cachorro (só faz cagada e precisa ficar sempre preso senão foge na primeira oportunidade que abre o portão)?
as estantes dos livros não seriam a sustentação moral das ideias?
Estava mega curiosa para conferir desde a Mostra - não sabia que ia entrar em pouquíssimas salas (estratégia da Netflix para concorrer aos prêmios de cinema) senão teria ficado esperta.
O começo é tão banal (os intelectuais chamam de singelo) que quase desligo a TV - me senti péssima: a empregada que cuida da casa e das crianças com esmero, o patrão que chega altas horas em casa e nem diz boa-noite, a patroa que vomita mau humor na empregada e nas crianças... ou seja, o protótipo da classe média. E aí, o modelo de lar perfeito começa a ruir: o marido larga a família, o rapaz abandona a namorada grávida, a mulher usa as crianças para fazer chantagem emocional, o homem não paga pensão e ainda leva os móveis da casa (bocejo).
O filme começa a ficar interessante quando mistura realidade com ficção (movimento estudantil) porque aí você começa a perceber que o verdadeiro guerreiro não é o que saber lutar bem, mas aquele que tem integridade (senão você é apenas um criminoso com uma arma) e que o verdadeiro médico cura , não fere nem omite prestar socorro.
A melhor cena é a da praia: sem divisão de classe social, faixa etária ou gênero... é quando os personagens se tornam humanos, cada qual com suas dores, e assim criam uma comunidade de amor.
Se você não se incomoda em ficar desconfortável e com o coração dilacerado, recomendo muito (a função da arte é exatamente esta, de tirar a gente da zona de conforto).
Preste atenção e veja se não tenho razão (as metáforas) rsrsrs:
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