Estava super hiper mega ansiosa para assistir desde a Mostra (mó concorrido).
O filme é sufocante pacas, com a câmera o tempo todo colada no personagem principal.
Confesso que saí da sala frustrada pela falta de verossimilhança do enredo (é claro que o personagem jamais conseguiria fazer o que fez com tanta gente vigiando), mas depois comecei a refletir sobre as lacunas e vislumbrei sentido.
Saul é um judeu que trabalha no crematório de um campo de concentração. Numa das limpezas, ele encontra um garoto ainda vivo - 2o. caso que beira até o sobrenatural, segundo relato dos internos - mas o médico 'finaliza' o processo.
A partir daí, Saul faz de tudo para enterrar o menino de maneira digna, de acordo com os preceitos judaicos.
Ao longo do filme, ele encontra todos os tipos de resistência e dificuldades e, o que achei interessante é que, acaba sendo uma metáfora do que é viver na pós-modernidade - uma vez que vivemos espremidos em meio a tantas demandas e obrigações que nos fazem perder o senso de transcendência.
Apesar dos apesares, Saul não perde o foco - o que é um desafio para todos nós.
Sobre os fiapos soltos, penso que o importante não é conseguir respostas, mas abraçar o desconforto porque a vida é feita disto também.
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