Concorrente ao Oscar de melhor estrangeiro, Mustang parece um filme inocente sobre a história de 5 irmãs turcas que, ao saírem da escola, comemoram a entrada das férias numa brincadeira ao mar e são punidas.
A avó, que aceita como verdade uma fofoca maldosa da vizinha, resolve casar todas as netas, trancando-as na casa - primeiro com proibições, depois cercas e por fim grades em todos os aposentos.
O que parece ser apenas uma metáfora sobre a intolerância ao novo ou a recusa em aceitar a pós-modernidade, se transforma em crítica à totalitarismo e ao farisaísmo machista perpetrado pelas próprias mulheres.
Como a cultura oriental costuma falar mais pelas sutilezas do que pelos embates escancarados, penso que o ponto principal é o tal relatório de virgindade - onde o privado se confunde com a expectativa social.
Primeiro, porque categoriza as mulheres como objetos e não como pessoas. E, como objetos, seu valor é determinado pela lei da oferta e da procura, e para uso e serviço de funções requeridas.
Pessoas são medidas pelo que são, de maneira única, e devem ser respeitadas levando em conta suas escolhas e o direito de ir e vir.
O mais assustador é perceber que o sistema 'carcerário' é mantido pelas mulheres mais velhas, vítimas que ferem da mesma maneira que foram feridas ao invés de se tornarem agentes de transformação da sociedade.
Para mim, fica claro que o tio abusa das meninas, não apenas verbalmente mas sexualmente - para tirar seu senso de valor e dignidade, e deixá-las à mercê para fazer o que bem entender com elas.
As cinco irmãs reagem de maneira diferente à hipocrisia familiar: uma consegue virar o jogo casando-se com o rapaz que ama, a outra totalmente apática e confusa se submete, uma perde a razão e a vida, a outra só consegue esboçar reação mediante ao chacoalhão da caçula e surpreendentemente é a caçula quem antevê solução.
Porque só os íntegros de corpo, alma e coração são capazes de promover mudanças e enfrentar corajosamente a vida.
PS- Aviso aos xiitas, fundamentalistas, moralistas e afins: veja se o mal que combatem tanto não está dentro de vocês ao invés de fora.
A avó, que aceita como verdade uma fofoca maldosa da vizinha, resolve casar todas as netas, trancando-as na casa - primeiro com proibições, depois cercas e por fim grades em todos os aposentos.
O que parece ser apenas uma metáfora sobre a intolerância ao novo ou a recusa em aceitar a pós-modernidade, se transforma em crítica à totalitarismo e ao farisaísmo machista perpetrado pelas próprias mulheres.
Como a cultura oriental costuma falar mais pelas sutilezas do que pelos embates escancarados, penso que o ponto principal é o tal relatório de virgindade - onde o privado se confunde com a expectativa social.
Primeiro, porque categoriza as mulheres como objetos e não como pessoas. E, como objetos, seu valor é determinado pela lei da oferta e da procura, e para uso e serviço de funções requeridas.
Pessoas são medidas pelo que são, de maneira única, e devem ser respeitadas levando em conta suas escolhas e o direito de ir e vir.
O mais assustador é perceber que o sistema 'carcerário' é mantido pelas mulheres mais velhas, vítimas que ferem da mesma maneira que foram feridas ao invés de se tornarem agentes de transformação da sociedade.
Para mim, fica claro que o tio abusa das meninas, não apenas verbalmente mas sexualmente - para tirar seu senso de valor e dignidade, e deixá-las à mercê para fazer o que bem entender com elas.
As cinco irmãs reagem de maneira diferente à hipocrisia familiar: uma consegue virar o jogo casando-se com o rapaz que ama, a outra totalmente apática e confusa se submete, uma perde a razão e a vida, a outra só consegue esboçar reação mediante ao chacoalhão da caçula e surpreendentemente é a caçula quem antevê solução.
Porque só os íntegros de corpo, alma e coração são capazes de promover mudanças e enfrentar corajosamente a vida.
PS- Aviso aos xiitas, fundamentalistas, moralistas e afins: veja se o mal que combatem tanto não está dentro de vocês ao invés de fora.
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