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Em Um Mundo Melhor não é um filme fácil (só me dei conta de sua grandeza depois de um tempo)... Primeiro, porque é um filme contido e sensível (Incêndios é mais visceral e explícito) e repleto de paradoxos (e são exatamente estes desconfortos que o fazem formidável)!
Anton é um médico sem fronteiras em uma operação na África, que se depara diariamente com os horrores da guerra civil. Sueco com residência na Dinamarca, ele acredita que violência gera mais violência, por isto procura manter-se à parte em qualquer conflito. Ausente de casa por longos períodos, não dá assistência ao próprio filho, que é vítima de bullying na escola. E para piorar a situação, sua esposa pediu o divórcio.
Apesar de exercer a profissão com competência, até que ponto é possível ele não se envolver e defender as próprias crenças? Apesar de fazer diferença no mundo, como não fazer diferença no próprio lar? Apesar de buscar o que é correto e ser íntegro, como pôde trair a confiança da mulher que ama? Como conciliar valores e emoções tão conflitantes?
Christian acabou de perder a mãe, e a dor transformou-o num menino revoltado que direciona toda sua agressividade fazendo justiça com as próprias mãos. Sua jornada de 'olho por olho, dente por dente' começa ao defender o novo amigo na escola. A mansão onde vive é imensa, mas é miserável de afetos. Herdou um legado de amargura da mãe e, sem diálogo com a avó ou o pai, refugia-se na internet.
O que é lindo no filme é que os supostos fracos é que são fortes: Anton taxado de frouxo pelo filho, é que mostra grandeza; Elias que é vítima de bullying, que mostra generosidade e Christian que defende a causa dos fracos e oprimidos é que precisa ser salvo de si mesmo.
Para saber mais acesse: http://omelete.uol.com.br/cinema/critica-em-um-mundo-melhor/
PS- preste atenção na trilha sonora (a música do final é de arrebentar)! Para ouvir e se emocionar, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=-keZkRzis38&feature=related
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