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Afff, mais um filme deprê na temporada de 2011 (rs)...
Kathy, Tommy e Ruth são crianças adoráveis e educadas que moram num orfanato situado no interior da Inglaterra.
O destino deles promete ser cruel: morrerão jovens pois parte de seus órgãos serão utilizados em transplantes.
O filme convida a discutir uma questão ética e moral: - é possível tratar seres humanos como objetos? Como conviver com os outros sem levar em conta seus sentimentos?
Mais uma vez a escola, uma instituição que deveria instigar a sociedade a fazer o que é correto, é a 1a. a acobertar e conformar os sujeitos a aceitar passivamente uma situação indigna... peloamor, que revoltante!
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23 March 2011
21 March 2011
Cópia fiel
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O escritor foi à Toscana promover seu último lançamento; a mulher é uma galerista de arte que se oferece para levá-lo a um passeio pela região.
Aqui, as coisas nunca são o que aparentam: a mulher, que seria uma admiradora do autor, se mostra uma desequilibrada incapaz de enxergar beleza bem à sua frente; e o escritor, para não entrar em conflito (porque quem enfrenta um louco, mais louco é) rs, entra no jogo de faz-de-conta dela.
No final, a dúvida: - o que é de fato essência (autêntico) e aparência (mimetismo)? Como diferenciar um do outro (ou melhor, faz diferença)? É importante saber?
Interessante notar a incongruência no discurso do homem: por mais que defenda a tese de que 'tanto fez quanto faz', suas escolhas ao longo da tarde defendem a autenticidade.
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O escritor foi à Toscana promover seu último lançamento; a mulher é uma galerista de arte que se oferece para levá-lo a um passeio pela região.
Aqui, as coisas nunca são o que aparentam: a mulher, que seria uma admiradora do autor, se mostra uma desequilibrada incapaz de enxergar beleza bem à sua frente; e o escritor, para não entrar em conflito (porque quem enfrenta um louco, mais louco é) rs, entra no jogo de faz-de-conta dela.
No final, a dúvida: - o que é de fato essência (autêntico) e aparência (mimetismo)? Como diferenciar um do outro (ou melhor, faz diferença)? É importante saber?
Interessante notar a incongruência no discurso do homem: por mais que defenda a tese de que 'tanto fez quanto faz', suas escolhas ao longo da tarde defendem a autenticidade.
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16 March 2011
O desconhecido
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Um casal vai a Berlim: o homem é um cientista que participará de uma palestra sobre biotecnologia e a esposa aproveitará a oportunidade para visitar exposições de arte. No entanto, ele esquece a pasta no aeroporto e ao voltar para buscá-la, sofre um acidente no caminho e perde a memória.
No decorrer da história, uma confusão: a suposta esposa não o reconhece e ele perde as referências que podem comprovar quem ele é. No hospital, uma enfermeira se compadece e lhe dá um cartão: um amigo alemão, que talvez seja o único que possa ajudá-lo.
Jürgen é um ex-oficial da Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental, que o atende e lhe faz uma série de perguntas tratando Martin com seriedade e respeito. E este inquire: - Como você sabe se o que estou falando é verdade? Ao que o outro responde: - É fácil. A pessoa que mente muda a versão várias vezes, enquanto que quem diz a verdade, sustenta o que foi dito desde o princípio.
O final é para refletir: - quem somos de verdade? Produto de uma engrenagem, vítimas de um sistema corrupto? Podemos ser os melhores, mas onde fica a nossa ética pessoal? E o nosso direito de escolha, anestesiamos por conveniência?
Desconhecidos por nós mesmos, precisamos lembrar de que nunca é tarde para recomeçar (os valores podem estar adormecidos, mas sempre estarão dentro de você; )!
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Um casal vai a Berlim: o homem é um cientista que participará de uma palestra sobre biotecnologia e a esposa aproveitará a oportunidade para visitar exposições de arte. No entanto, ele esquece a pasta no aeroporto e ao voltar para buscá-la, sofre um acidente no caminho e perde a memória.
No decorrer da história, uma confusão: a suposta esposa não o reconhece e ele perde as referências que podem comprovar quem ele é. No hospital, uma enfermeira se compadece e lhe dá um cartão: um amigo alemão, que talvez seja o único que possa ajudá-lo.
Jürgen é um ex-oficial da Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental, que o atende e lhe faz uma série de perguntas tratando Martin com seriedade e respeito. E este inquire: - Como você sabe se o que estou falando é verdade? Ao que o outro responde: - É fácil. A pessoa que mente muda a versão várias vezes, enquanto que quem diz a verdade, sustenta o que foi dito desde o princípio.
O final é para refletir: - quem somos de verdade? Produto de uma engrenagem, vítimas de um sistema corrupto? Podemos ser os melhores, mas onde fica a nossa ética pessoal? E o nosso direito de escolha, anestesiamos por conveniência?
Desconhecidos por nós mesmos, precisamos lembrar de que nunca é tarde para recomeçar (os valores podem estar adormecidos, mas sempre estarão dentro de você; )!
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10 March 2011
Poesia
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O filme traz a história de Mija, uma senhora coreana que aos 60 anos vai atrás do sonho de tornar-se poetisa. Ela se inscreve num curso, descobre que está com Alzheimer, que o neto adolescente participou de um estupro, a vítima se matou e agora precisa reparar com um dinheiro que ela não tem.
Como encontrar inspiração em meio a tantas desgraças?
Mais do que sentir-se envergonhada (não era sua obrigação criar o neto), por meio da poesia teve os olhos abertos e passou a ver as coisas como realmente eram, teve contato com seus sentimentos, emoções e passou a ficar muito desconfortável.
O triste é ver que as instituições que deveriam zelar pela integridade (escola, pais, imprensa) foram condescendentes com o estupro e, por mais que houvesse preocupação em reparação financeira, ninguém pareceu se importar com a questão ética (inclusive a própria mãe da menina colocou a carapuça de vítima).
No filme todos homens são canalhas: o velho que via a senhora como objeto, os pais dos moleques que 'compraram' o silêncio da mãe da menina, os moleques aproveitadores (se a criança aprende pelo exemplo)... Interessante notar que o pior de todos, o que 'seria' o mais sujo, o mais canalha (delegado) é o mais íntegro pois soube integrar luz e sombra.
Ao longo do filme percebe-se que Mija interiorizou o que a menina sentiu: usada, suja, de mãos atadas, sem perspectiva, sem sonhos... (imagino que é assim que uma vítima de bullying se sente).
Que coisa triste é não ter bons amigos para estarem conosco nesta caminhada: às vezes sorrimos, às vezes choramos, às vezes corremos, às vezes tropeçamos e caímos... sem um bom amigo fica difícil (infelizmente nem a senhora, a menina ou a mãe tinham amigas).
Daí vemos o poder da comunidade. E que triste é perceber que ao invés das pessoas se agregarem para fazer o bem e gerar vida, elas se reunem para fazer o que é mal... mêda!
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O filme traz a história de Mija, uma senhora coreana que aos 60 anos vai atrás do sonho de tornar-se poetisa. Ela se inscreve num curso, descobre que está com Alzheimer, que o neto adolescente participou de um estupro, a vítima se matou e agora precisa reparar com um dinheiro que ela não tem.
Como encontrar inspiração em meio a tantas desgraças?
Mais do que sentir-se envergonhada (não era sua obrigação criar o neto), por meio da poesia teve os olhos abertos e passou a ver as coisas como realmente eram, teve contato com seus sentimentos, emoções e passou a ficar muito desconfortável.
O triste é ver que as instituições que deveriam zelar pela integridade (escola, pais, imprensa) foram condescendentes com o estupro e, por mais que houvesse preocupação em reparação financeira, ninguém pareceu se importar com a questão ética (inclusive a própria mãe da menina colocou a carapuça de vítima).
No filme todos homens são canalhas: o velho que via a senhora como objeto, os pais dos moleques que 'compraram' o silêncio da mãe da menina, os moleques aproveitadores (se a criança aprende pelo exemplo)... Interessante notar que o pior de todos, o que 'seria' o mais sujo, o mais canalha (delegado) é o mais íntegro pois soube integrar luz e sombra.
Ao longo do filme percebe-se que Mija interiorizou o que a menina sentiu: usada, suja, de mãos atadas, sem perspectiva, sem sonhos... (imagino que é assim que uma vítima de bullying se sente).
Que coisa triste é não ter bons amigos para estarem conosco nesta caminhada: às vezes sorrimos, às vezes choramos, às vezes corremos, às vezes tropeçamos e caímos... sem um bom amigo fica difícil (infelizmente nem a senhora, a menina ou a mãe tinham amigas).
Daí vemos o poder da comunidade. E que triste é perceber que ao invés das pessoas se agregarem para fazer o bem e gerar vida, elas se reunem para fazer o que é mal... mêda!
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09 March 2011
127 horas
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Que filme chaaaato!
Bom para mostrar para filho adolescente ("olha o que acontece com as pessoas que saem e não dizem para onde vão") rs...
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Que filme chaaaato!
Bom para mostrar para filho adolescente ("olha o que acontece com as pessoas que saem e não dizem para onde vão") rs...
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07 March 2011
Apenas uma vez
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Ele é um talentoso músico irlandês, com o coração partido.
Ela é uma sensível imigrante tcheca, que toca piano.
Da música nasce uma forte, mágica e linda amizade.
PS- ... e uma das melhores trilhas sonoras, não perca (rs ; )!
Ele é um talentoso músico irlandês, com o coração partido.
Ela é uma sensível imigrante tcheca, que toca piano.
Da música nasce uma forte, mágica e linda amizade.
PS- ... e uma das melhores trilhas sonoras, não perca (rs ; )!
05 March 2011
O estudante
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O maior sonho de Chano, um homem de 70 anos, é entrar na universidade. Incentivado pela esposa e pela filha, volta a estudar.
A história mostra a coragem de ir atrás dos sonhos e a generosidade do personagem em compartilhar conhecimento.
O que achei mais lindo foi a distinção entre estudante e aluno; enquanto que o aluno apenas assimila passivamente, o estudante interage, instiga e é um eterno aprendiz (aberto para aprender).
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O maior sonho de Chano, um homem de 70 anos, é entrar na universidade. Incentivado pela esposa e pela filha, volta a estudar.
A história mostra a coragem de ir atrás dos sonhos e a generosidade do personagem em compartilhar conhecimento.
O que achei mais lindo foi a distinção entre estudante e aluno; enquanto que o aluno apenas assimila passivamente, o estudante interage, instiga e é um eterno aprendiz (aberto para aprender).
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04 March 2011
Em um mundo melhor
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Em Um Mundo Melhor não é um filme fácil (só me dei conta de sua grandeza depois de um tempo)... Primeiro, porque é um filme contido e sensível (Incêndios é mais visceral e explícito) e repleto de paradoxos (e são exatamente estes desconfortos que o fazem formidável)!
Anton é um médico sem fronteiras em uma operação na África, que se depara diariamente com os horrores da guerra civil. Sueco com residência na Dinamarca, ele acredita que violência gera mais violência, por isto procura manter-se à parte em qualquer conflito. Ausente de casa por longos períodos, não dá assistência ao próprio filho, que é vítima de bullying na escola. E para piorar a situação, sua esposa pediu o divórcio.
Apesar de exercer a profissão com competência, até que ponto é possível ele não se envolver e defender as próprias crenças? Apesar de fazer diferença no mundo, como não fazer diferença no próprio lar? Apesar de buscar o que é correto e ser íntegro, como pôde trair a confiança da mulher que ama? Como conciliar valores e emoções tão conflitantes?
Christian acabou de perder a mãe, e a dor transformou-o num menino revoltado que direciona toda sua agressividade fazendo justiça com as próprias mãos. Sua jornada de 'olho por olho, dente por dente' começa ao defender o novo amigo na escola. A mansão onde vive é imensa, mas é miserável de afetos. Herdou um legado de amargura da mãe e, sem diálogo com a avó ou o pai, refugia-se na internet.
O que é lindo no filme é que os supostos fracos é que são fortes: Anton taxado de frouxo pelo filho, é que mostra grandeza; Elias que é vítima de bullying, que mostra generosidade e Christian que defende a causa dos fracos e oprimidos é que precisa ser salvo de si mesmo.
Para saber mais acesse: http://omelete.uol.com.br/cinema/critica-em-um-mundo-melhor/
PS- preste atenção na trilha sonora (a música do final é de arrebentar)! Para ouvir e se emocionar, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=-keZkRzis38&feature=related
Em Um Mundo Melhor não é um filme fácil (só me dei conta de sua grandeza depois de um tempo)... Primeiro, porque é um filme contido e sensível (Incêndios é mais visceral e explícito) e repleto de paradoxos (e são exatamente estes desconfortos que o fazem formidável)!
Anton é um médico sem fronteiras em uma operação na África, que se depara diariamente com os horrores da guerra civil. Sueco com residência na Dinamarca, ele acredita que violência gera mais violência, por isto procura manter-se à parte em qualquer conflito. Ausente de casa por longos períodos, não dá assistência ao próprio filho, que é vítima de bullying na escola. E para piorar a situação, sua esposa pediu o divórcio.
Apesar de exercer a profissão com competência, até que ponto é possível ele não se envolver e defender as próprias crenças? Apesar de fazer diferença no mundo, como não fazer diferença no próprio lar? Apesar de buscar o que é correto e ser íntegro, como pôde trair a confiança da mulher que ama? Como conciliar valores e emoções tão conflitantes?
Christian acabou de perder a mãe, e a dor transformou-o num menino revoltado que direciona toda sua agressividade fazendo justiça com as próprias mãos. Sua jornada de 'olho por olho, dente por dente' começa ao defender o novo amigo na escola. A mansão onde vive é imensa, mas é miserável de afetos. Herdou um legado de amargura da mãe e, sem diálogo com a avó ou o pai, refugia-se na internet.
O que é lindo no filme é que os supostos fracos é que são fortes: Anton taxado de frouxo pelo filho, é que mostra grandeza; Elias que é vítima de bullying, que mostra generosidade e Christian que defende a causa dos fracos e oprimidos é que precisa ser salvo de si mesmo.
Para saber mais acesse: http://omelete.uol.com.br/cinema/critica-em-um-mundo-melhor/
PS- preste atenção na trilha sonora (a música do final é de arrebentar)! Para ouvir e se emocionar, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=-keZkRzis38&feature=related
03 March 2011
Buena Vista Social Club
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A música tem a capacidade de agregar pessoas independente da idade ou do sexo, e despertar nelas o que há de melhor.
E para tocar o coração de quem ouve, o segredo é se deleitar de verdade no que está fazendo, pois o verdadeiro presente é estar presente no presente.
PS- Cuidado com os ídolos que as pessoas criam de acordo com sua conveniência (imagem e semelhança).
A música tem a capacidade de agregar pessoas independente da idade ou do sexo, e despertar nelas o que há de melhor.
E para tocar o coração de quem ouve, o segredo é se deleitar de verdade no que está fazendo, pois o verdadeiro presente é estar presente no presente.
PS- Cuidado com os ídolos que as pessoas criam de acordo com sua conveniência (imagem e semelhança).
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