Espia o trailer: http://schinsq.blogspot.com.br/2012/10/novo-trailer-hunt-caca-jagten-drama-com.html
- por Marianne Morisawa
Deve ser difícil alcançar o topo aos 29 anos. Thomas Vinterberg sabe bem o que é isso: depois de Festa de Família (1998), sua carreira foi ladeira abaixo. Mas ele recupera boa parte do vigor com A Caça, que concorreu à Palma de Ouro em Cannes no ano passado e levou o prêmio de melhor ator para Mads Mikkelsen.
Um troféu bem dado, aliás. Mikkelsen, conhecido em filmes não-europeus por fazer vilões como o Le Chiffre em Cassino Royale ou o herói Draco em Fúria de Titas, aqui interpreta um cara que não é um nem outro. O seu Lucas, aliás, chega a irritar de tão passivo. Humilhado pela ex-mulher, que quase não o deixa ver o filho Marcus, ele arruma um trabalho como professor de educação infantil para sobreviver.
Seus únicos momentos de vida mais viris são quando está com os companheiros de caçada, entre eles, Theo. E ele é o primeiro a lhe virar as costas quando a filha, a pequena Klara, acusa Lucas de tê-la molestado. Logo, a pequena comunidade inteira passa a atacar o pacato cidadão, à exceção do filho e de um amigo.
Não há sombra de dúvida sobre a inocência do protagonista. Em vez de focar na questão da culpa, o diretor pode, então, explorar melhor assuntos como a velocidade como uma suspeita dessas se espalha mesmo sem provas; a má preparação das escolas e psicólogos para lidar com o assunto (lembra da Escola de Base?); a falsa noção de que as crianças sempre dizem a verdade.
Se o filme começa com algumas cenas de gosto duvidoso, depois A Caça dá verdadeiros socos no estômago como as sequências do supermercado e da igreja.
Fonte: Preview, março/2013, página 62.
PS- Para saber mais, acesse: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/a-caca-explora-descida-ao-inferno-de-homem-acusado-injustamente
.
- por Marianne Morisawa
Deve ser difícil alcançar o topo aos 29 anos. Thomas Vinterberg sabe bem o que é isso: depois de Festa de Família (1998), sua carreira foi ladeira abaixo. Mas ele recupera boa parte do vigor com A Caça, que concorreu à Palma de Ouro em Cannes no ano passado e levou o prêmio de melhor ator para Mads Mikkelsen.
Um troféu bem dado, aliás. Mikkelsen, conhecido em filmes não-europeus por fazer vilões como o Le Chiffre em Cassino Royale ou o herói Draco em Fúria de Titas, aqui interpreta um cara que não é um nem outro. O seu Lucas, aliás, chega a irritar de tão passivo. Humilhado pela ex-mulher, que quase não o deixa ver o filho Marcus, ele arruma um trabalho como professor de educação infantil para sobreviver.
Seus únicos momentos de vida mais viris são quando está com os companheiros de caçada, entre eles, Theo. E ele é o primeiro a lhe virar as costas quando a filha, a pequena Klara, acusa Lucas de tê-la molestado. Logo, a pequena comunidade inteira passa a atacar o pacato cidadão, à exceção do filho e de um amigo.
Não há sombra de dúvida sobre a inocência do protagonista. Em vez de focar na questão da culpa, o diretor pode, então, explorar melhor assuntos como a velocidade como uma suspeita dessas se espalha mesmo sem provas; a má preparação das escolas e psicólogos para lidar com o assunto (lembra da Escola de Base?); a falsa noção de que as crianças sempre dizem a verdade.
Se o filme começa com algumas cenas de gosto duvidoso, depois A Caça dá verdadeiros socos no estômago como as sequências do supermercado e da igreja.
Fonte: Preview, março/2013, página 62.
PS- Para saber mais, acesse: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/a-caca-explora-descida-ao-inferno-de-homem-acusado-injustamente
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