.
O filme em si é arrastado, lento e até cansativo como o chato Náufrago (rs). Mas vale a pena só para conferir Helen Mirren arrasar (ela mereceu o Oscar), carrega o filme sozinha!
Uma das cenas mais chocantes foi constatar a frieza da rainha, que não se abate com a morte da ex-nora e, no entanto, chora com a morte de um animal. Levantei a questão no escritório e achei interessante a discussão que rolou entre meus colegas pq alguns se "solidarizaram" com a rainha enqto outros ficaram revoltados...
O que pegou (para mim) não foi a falta de tristeza pela morte da Lady Di, mas do esquecimento ´mundial´ da madre Tereza de Calcutá que morreu na mesma semana. Se Lady Di era a princesa do povo, grande ativista social blábláblá, por que ninguém se importou com madre Tereza, uma ativista maior ainda?
Ver tanta comoção, tanta gente chorando nos portões do palácio de Buckhingam ao mesmo tempo em que há tanta discórdia nos lares, nos escritórios (acho esquizofrênico alguém chorar assistindo TV e depois se mostrar inflexível com o cônjuge)... Dá para entender?
Como diria Susan Sontag no excelente "Diante da Dor dos Outros", a nossa compaixão precisa ser traduzida em ação, senão é estéril.
No comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.