09 March 2007

Babel

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Um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos (achei uma injustiça não ter levado o Oscar, enfim...) entrelaça 3 histórias: um casal de americanos que passa férias no Marrocos, uma babá mexicana que atravessa a fronteira com 2 crianças americanas sem autorização dos pais e uma órfã surda-muda japonesa revoltada com a vida.

O nome do filme remete à falta de comunicação: o casal que viaja para acertar-se (a ferida mortal não é do tiro, mas do silêncio que emerge da inabilidade em verbalizar os sentimentos); a babá que vive num mundo de faz-de-conta ao invés de aceitar a realidade à sua volta e o solilóquio da garota que insiste em buscar intimidade e acolhimento no sexo ao invés de aprender a se relacionar com os outros (toda vez que queremos impor nosso próprio pt de vista sem levar em consideração a opinião dos outros, perdemos a voz).

A arma é o elo dos três núcleos (sem darmos conta, toda decisão pessoal que tomamos tem o poder de afetar os outros). E até que ponto esta arma não é uma metáfora qdo usamos a comunicação (ou a falta dela) para ferir? Será que não temos um pc destes personagens dentro de nós?

É para se pensar...

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