Lars von Trier adora chocar, então se vc espera algo convencional, nem perca seu tempo rsrsr.
Anti-cristo (o diretor já começa a polemizar pela escolha do nome) rsrssr conta a história de um casal que acabou de perder um filho pequeno. A mãe, corroída pela culpa, é uma intelectual que passa a ser tratada pelo próprio marido, um psiquiatra.
Os diálogos começam afiados e estabelece-se uma dinâmica explosiva - e sonho de consumo de toda lôca hahaha - um cara que a todo custo se mostra interessado em entendê-la, ser parceiro, aceitá-la, ser racional e aguentar todo tipo de ataque.
Os dois vão para uma propriedade que fica no meio da mata chamado Éden (mais clichê, impossível) e aí começam as bizarrices do diretor rsrsrs.
Achei a história interessante, mas algumas cenas são desnecessárias (chega a ser hilário, para não dizer infantil) rsrsrsr. Não sei se foi por ter assistido em DVD (perde a densidade e o impacto visual) mas parecia um thriller mal feito, com um monte de erros primários.
Por exemplo, tem uma cena em que a mulher dá uma pancada no marido e este fica inconsciente. Aí ela aproveita, e coloca um ferro na perna dele (detalhe: que atravessa de um lado para o outro).
Gentem, um pequeno corte é capaz de provocar uma dor lancinante... e o cara nem acorda?! Faça-me o favor, Lars... não abuse da minha inteligência rsrsrsrs.
Outra coisa: a mulher faz uma automutilação com uma tesoura prá lá de enferrujada... Lars, por muito menos, se pega tétano rsrsrsr.
E por aí vai.
O final tenta ser apotéotico (
shame on you) hahahaha.
Calma, não vou contar (mas até tem lógica) rsrsrsr: só depois de silenciar o potencial destrutivo de uma mulher, é possível reunir o gênero feminino.
PS- Se você adora uma metáfora, veja se o filho e o pai não são uma coisa só (o gênero masculino reunido, vítima da insanidade feminina) hahahaha. O interessante é que eles são atingidos nos pés e nas pernas, órgãos responsáveis pela sustentação (ou seja, qualquer semelhança não é mera coincidência) rsrsrs.