17 September 2014

Meteora

Assistir filme estrangeiro sempre é enriquecedor: vc olha por meio da cultura e aprende a enxergar o mundo através do olhar do outro...

E neste caso específico, adorei a estética: locação belíssima, animação bizantina e narrativa repleta de silêncios (ou seja, prato cheio para quem ama comunicação não verbal) hahaha..

O filme conta a história de uma freira e um monge que habitam em Meteora, um complexo mosteiro, e que a princípio, se encontram para compartilhar a fé.

Ao longo da trama, o relacionamento começa a fugir do controle e o que tinha tudo para ser uma amizade genuína e de encorajamento descamba para a paixão. 

Não sei qual recado o diretor quis deixar, mas a sensação que ficou é que o desejo não tem lugar - pode vir de onde menos se imagina. 

Porque além do casal, tem um santo eremita com uma história cavernosa para tirar o sono de tanto medo.

Será que é uma crítica ao sistema (não há santidade onde deveria haver)? Que os santos são tão humanos quanto nós? Ou uma constatação (não adianta fugir porque os demônios estão dentro e não fora)?

O que achei mais bonito foi mostrar que não é o amor entre duas pessoas que salva, mas o amor de Cristo demonstrado por meio do Seu sangue na cruz - por mim, por você, por nós - que é capaz de nos tirar do labirinto e transbordar inundando o mundo.

PS- Para ver outra opinião, vai lá: http://ultimosegundo.ig.com.br/festivalberlim/filme-meteora-usa-animacao-para-falar-de-amor-proibido/n1597623357249.html e http://www.cineclick.com.br/criticas/meteora 
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