30 July 2012

13 assassinos

O filme é uma homenagem ao clássico Sete samurais de Akira Kurosawa, porém beeem mais violento (os animais foram preservados, mas os humanos não) rsrsrs.

A cena inicial já choca: um haraquiri (suicídio praticado quando um nobre sente que perdeu a honra) - hehehe, se a moda pegasse entre os políticos no Brasil, não sobrava um.

O bacana é discussão sobre o que seria o bushido (código de ética dos samurais) que abrange justiça, compaixão, coragem, educação, sinceridade, lealdade e honra.

Sim, devemos lealdade aos nossos superiores, maaas... eles são íntegros em sua missão? Qual é a causa que eles defendem? Agem pelo bem comum ou por interesses próprios?

Preste atenção em um personagem surreal que aparece no meio do filme (as falas e as aparições são preciosas): ele não é contra nem a favor, luta com o que tem em mãos, critica o verniz dos samurais, enxerga cada problema na sua real dimensão e é movido pelo amor.

Lição principal: preserve-se (curto prazo), cumpra o seu objetivo (médio prazo), saiba viver a ponto de morrer por uma causa (longo prazo).
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28 July 2012

Além da liberdade

Luc Besson conta a história da birmanesa que ganhou o Nobel da Paz, e ficou 24 anos sem retornar à Inglaterra onde vivia sua família.

Achei legal conhecer melhor a história, embora o filme tenha ficado um tanto arrastado e um pouco maniqueísta.

O que mais chamou minha atenção foi a convicção e a integridade da personagem, tão em falta em nossa sociedade ocidental.

Qual o preço que estamos dispostos a pagar por aquilo que acreditamos? E quem está próximo da gente; também é obrigado a pagar o preço? E o que se ganha (ou perde) com isto?

E os perversos, qual a graça em fazer maldades? E os que assistem de camarote de braços cruzados sem se envolver?

É para se pensar...
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27 July 2012

Elles

Juliette Binoche interpreta uma jornalista que faz uma reportagem para a revista Elle sobre universitárias que se prostituem para pagar a faculdade.

Achei bacana o filme não emitir julgamento, muito pelo contrário, procura humanizar as garotas de programa: mostra a situação limite na qual cada uma decidiu "abraçar" a profissão, o entorno familiar, os percalços (um "cliente" mais maluco que o outro)... e tudo contrastando com a vida burguesa da própria jornalista.

A cena final é meio surreal, com todos personagens coadjuvantes à mesa, comendo e cantando juntos (muito louco) rsrsrs.

O que mais chamou minha atenção foi a dificuldade de Anne em abrir a garrafa de vinho e do marido abrir a lata de conservas (seria uma metáfora?!) heheh.

Melhor frase:
- Você deve sentir-se muito só...
- Mas somos todos sozinhos, não é mesmo?!
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20 July 2012

Na estrada

Após perder o pai, um jovem escritor faz amizade com um ex-presidiário e juntos caem na estrada (topando com tipo de gente) rs e passam por experiências regadas a sexo, drogas e boa música.

Melhor lição: é preciso viver antes de escrever porque a experiência precede a técnica (e a cena final sintetiza bem isto: é preciso observar, participar, memorizar, sentir, interpretar, editar para então criar).
 
Bem, mas confesso que esperava mais (sniff)...

O Walter Moreira Salles sempre manda bem e claro, esteticamente, o filme está perfeito: fotografia, elenco, trilha sonora... mas, sei lá, parece que ficou faltando alguma coisa (não sei se a edição poderia melhorar ou foi timidez na direção das cenas - achei boba a abordagem nas tomadas de sexo e drogas)...

Como não li o livro, não posso falar muito (mas se por um lado, fiquei com vontade de ler a trilogia Millenium após ver o sueco Os homens que não amavam as mulheres), está aí um clássico sobre a geração beat que vai passar batido...
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14 July 2012

O espetacular Homem Aranha

Gentem, de espetacular, só o título (rsrsrs)...

Achei o roteiro fraco, os diálogos pobres e a construção psicológica dos personagens a desejar.

Lembrou o remake do último Super Homem: um heroi narcisista, utilitarista, ensimesmado e mal resolvido com ele mesmo.

Agora se a ideia é retratar os tempos hiper-modernos...

PS- Tente assistir em 3D, vai que os efeitos "salvam" o filme (heheh).
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13 July 2012

Flores do oriente

Este é um filme que todo japonês (ou descendente) deveria assistir para aprender a ser humilde e abaixar um pouco a bola.

Um arruaceiro americano chega a Nanquim na época da ocupação japonesa, reivindicando dinheiro por um trabalho que nem chegou a fazer. A população local, composta basicamente por mulheres chinesas, fica exposta a todo tipo de violência, inclusive a sexual.

O bacana é ver a humanização dos personagens ao longo do filme: a prostituta utilitarista que se mostra líder, o mercenário que passa a defender e cuidar das mulheres, a menina que vive os valores que acredita (embora o próprio pai seja um covarde) e por aí vai.

Saí bem incomodada da sessão, por sentir a dor que os japoneses causaram aos outros durante a guerra (sempre os vemos como pessoas meticulosas, porém é duro constatar que esta característica se estende também para perpetuar a maldade).

Diante do mal, sempre vemos o que é feito contra nós mas nunca aquele que praticamos contra os outros, não é mesmo?

Mêda...
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12 July 2012

Até a Eternidade

Mó soco no estômago!!!

Pequenas Mentiras Brancas (título original) conta a história de um grupo de amigos que, após o acidente de um deles, decide levar adiante as férias planejadas em conjunto.

À beira mar e após algumas bebedeiras (e outras coisas mais) surge uma avalanche de revelações escondidas por baixo de anos de mentiras brancas (aquelas que contamos a nós mesmos e aos outros).

Os personagens são díspares ao extremo: tem o perfeccionista, a ecologicamente correta, a drogada, o promíscuo, o inseguro, o enrustico, o preconceituoso, o sensível e por aí vai (dureza perceber que temos dentro de nós cada um deles) mêda!

O final é apoteótico (aliás, preste atenção no Jean-Louis, um personagem simples, pé no chão, cujas palavras e atitudes dão uma lição de vida) - nossa, nem preciso dizer que chorei cântaros.

Algumas curiosidades:
  • o filme foi sucesso no cinema francês em 2010, mas só agora aterrisou em solo brasileiro (o atraso fez bem, pois neste ano o ator Jean Dujardin levou o Oscar por O Artista, e o diretor Guillaume Canet fez uma ponta como galã no Apenas uma Noite);
  • o projeto foi um empreendimento pessoal do diretor, depois de passar por um processo depressivo (final de casamento) e realizar um filme sem liberdade autoral (escreveu o roteiro enquanto estava hospitalizado e convidou apenas amigos para atuar, que por sinal conviveram de verdade por uma semana na casa de praia para as cenas ganharem realismo e força dramática);
  • Uma frase da entrevista: "Percebi o quanto havia iludido a mim mesmo sobre o que realmente queria e quanta energia havia colocado em meu trabalho para evitar pensar sobre as coisas. Era conveniente fechar os olhos para problemas pessoais incômodos".
Resultado: uma pérola de grande valor que vale a pena conferir, refletir e se emocionar ; )!
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06 July 2012

A guerra dos botões

Este filme é muito fofo ; )!

Apesar de ingênuo, consegue passar vários recados sobre imanência, transcendência, movimento feminino, o papel do líder e por aí vai.

A seguir um trecho da entrevista de Yann Samuell no jornal OESP:

"Laptop, videogames, tênis de griffe. A garotada hoje em dia representa um segmento do consumo. E, para se preparar para o mercado de trabalho, é preciso sobrecarregá-las com cursos. Nada de deliciosa vadiagem de jogar bolinhas de gude na praça, de participar da guerra dos botões.

Meus garotos não são super herois, mas herois das próprias vidas. E o processo de amadurecimento, a transformação do garoto em homem é essencial na vida de qualquer um. Alguns chegam lá, outros permanecem infantis".
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04 July 2012

Fausto

Um dos filmes mais c-h-a-t-o-s de todos os tempos (rsrsrs)!

São 2h30 de filme, dos quais você só começa entender alguma coisa nos 30 minutos finais (rsrsr).

A única coisa que presta é a fotografia (belíssima, por sinal) rsrsr.

Principais lições:
  • quanto mais a gente sabe, mais dúvida a gente tem;
  • a dúvida é a morada do diabo (rsrsr);
  • quanto mais dúvida a gente tem, mais chato a gente fica;
  • quanto mais chato, mais o diabo fica de s... cheio de você (rsrsr);
  • e no final, a tua chatice acaba por matar o diabo (rsrsrs).
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01 July 2012

Para Roma com amor

Mesmo um pequeno Woody Allen consegue ser melhor que muito filme mediano (rsrsrs).

Apesar das locações maravilhosas, do casting recheado de bons atores e dos diálogos afiados, achei um pouco arrastado e cansativo (quase dormi num pedaço).

O filme acaba sendo uma crítica irônica ao mundo em que vivemos, repleto de superficialidade, absurdos e frivolidade.

De qualquer maneira, assista para formar sua própria opinião (ao invés de ser refém do que os outros dizem) rsrsrs.
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