22 November 2017

Human Flow

Filmado em 23 países com ajuda de drone e câmera I-phone para garantir proximidade, Human Flow de Ai Wei Wei mostra o retrato de milhões de refugiados espalhados pelo mundo.

Com 140 minutos de imagens arrebatadoras (sim, precisa ver no cinema) lembrei de Home do Yann Arthus Bertrand (embora um foque na questão humana e o outro na questão ambiental).

Acho que o único fiapo solto foi questionar a responsabilidade europeia (deveria ser uma preocupação mundial principalmente dos Estados Unidos - é aí que entra o papel de engajamento e o exemplo do líder).


Para nós brasileiros, fica a empatia (sim, podemos e devemos ajudar) e a reflexão sobre o papel da mídia (ninguém percebe que todos estão cansados de ler e ouvir sempre as mesmas coisas; será que não dá para virar o disco ou mostrar um novo ângulo?).


O público parece estar anestesiado, não sente mais nada; e o discurso dos comunicadores é como se já estivessem mortos e não soubessem (afff, qdo liga no piloto automático, adeus).


Para saber mais, vai lá: https://www.humanflow.com/

19 November 2017

Loving, Vincent

S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!!!

Um dos filmes mais lindos, emocionantes e surpreendentes que vi na vida!!!

Loving, Vincent conta a história do pintor Van Gogh por meio de uma animação realizada manualmente por 115 artistas em seis anos (siiiiim, em tempos de computação gráfica, ainda existe vida inteligente e criativa)!

E para quem ama pintura moderna, é como se as telas ganhassem vida e você entrasse na história - putz, seria incrível se também tivessem feito em 3D.

Para saber mais, vai lá:

  • http://lovingvincent.com/
  • http://veja.abril.com.br/blog/veja-recomenda/filme-com-amor-van-gogh-e-uma-obra-de-arte/
  • 18 November 2017

    Borg x McEnroe

    Quando uma história é marcante e bem contada, vale a pena ser ouvida e vista mesmo sabendo o final.

    E foi com este pensamento que fui ver Borg x McEnroe, principalmente por saber que foi produzida por um diretor europeu rsrs.

    Acho que eles poderiam ter colocado as imagens reais do embate entre os dois tenistas (seria mais emocionante).

    O que mais me tocou foi perceber que o pretenso gelo do sueco na verdade era apenas auto-controle (a maior batalha sempre é vencer nossos próprios demônios).

    Outra reflexão interessante é sobre competitividade:

    - Quanto você tirou na prova de matemática?
    - 6.
    - Só isto?
    - Foi a nota mais alta da classe.
    - Quantos alunos tem a sua sala?
    - 30.
    - E no mundo?

    Tb amei saber que fora da quadra eles se tornaram amigos (mó lição de tolerância para os haters da atualidade) rsrsrs.

    15 November 2017

    Victória & Abdul

    Geeeentem!

    É uma história real e eu não conhecia ; )!

    No final do século 19, a rainha Victória desenvolve uma relação de confiança e amizade com um secretário colonizado chamado Abdul Karim que lhe ensina sobre a língua e a cultura indiana.

    O que achei mais legal foi conhecer esta faceta da Victória (apesar da história falar tanto do seu reinado austero, ela me pareceu uma mulher de personalidade forte, que não se importava com o que a etiqueta ou os outros pensavam).

    E cá entre nós, amizade com homem sempre é mais fácil de manter (não tem rodeios, se tiver de brigar, fala na cara e na sequência já pede desculpa e volta ao normal).

    [ Bocejo para quem vê malícia numa amizade entre um homem e uma mulher ]

    Para saber o que é fato ou boato (no filme, claro) rsrsrs, vai lá: http://veja.abril.com.br/blog/e-tudo-historia/a-historia-secreta-que-inspirou-o-filme-victoria-e-abdul/

    PS- Dica duca: para entender a monarquia britânica e sua etiqueta engessada, assista a série The crown na Netflix.

    14 November 2017

    No intenso agora

    Estava há séééééculos para assistir (ouvi comentários nada favoráveis, mas gosto de ter minha pp opinião) então lá fui eu...

    Pré-sessão, vislumbrei na mãe do João uma mulher fascinante: inteligente, interessante, elegante e de uma lucidez imensurável (o que explica muita coisa). 

    Já o filme, virou uma edição frankenstein de imagens (o trailer e a sinopse falam em China, mas aparecem imagens da Tchecoslovákia e o escambau) além da viagem de colocar o suicídio dos líderes estudantis como metáfora para explicar o inexplicável.

    ( eu sei, cada um cada um; quem sou eu para julgar )

    Melhores momentos: a coragem do diretor em expor a privacidade e sua relação emocional, seu olhar sensível, delicado e tocante... 

    Gostei do texto de abertura e encerramento ("viagem mais penosa e mais fascinante da vida", "a beleza, a simplicidade e a dignidade de uma vida verdadeira"), sua reflexão sobre os meios de comunicação (tv como representação teatral, revistas e livros como registros comerciais) e muito mais.

    Resumo da ópera: apesar de sonífera ilha, tem de ver ; ).

    PS- João, aquela cena de dança... se não me engano, é festa de casamento judaica.

    12 November 2017

    Blade Runner

    Nossa, revi o filme e quase caí dura (porque descobri que foram feitos 9 finais, e este eu ainda não tinha visto, a versão do diretor).

    Desculpe Ripley, mas a versão escolhida pela distribuidora para ir ao ar realmente era melhor (não pelo roteiro, mas pela imagem poética).

    Prestei mais atenção no Deckard (na verdade, nada de novo no front), na Rachael (idem ibidem), mas fiquei encantada com a fala do replicante no final ("o medo é uma espécie de escravidão") e as lágrimas do policial em meio à chuva (de uma delicadeza e ao mesmo tempo força que tocou meu coração).

    Arrependimento: deveria ter assistido antes de ver 2049 para entender melhor algumas questões (ahá! desconfio quem seja o pai do bebê) rsrsrsr.

    10 November 2017

    Invisível

    Depois de ver o trailer instigante (testemunhal de três adolescentes indagando por que a protagonista teve de resolver tudo sozinha), lá fui eu conferir a história de uma garota de 17 anos que engravida presumivelmente do chefe casado e pai de família.

    1a. impressão - céus, deve ser a história de muita menina da geração millenium: entediada, perdida, entorpecida pela dor, carente de atenção, faminta de afeto, mestre em esconder a verdade e por aí vai.

    O cenário é freudiano: pai ausente, desconta na comida a necessidade de carinho e usa o sexo como meio para sentir alguma coisa.

    Para completar a tragédia, a cegueira de não ver na educação um instrumento para sair do topor em que se encontra (cortou meu coração perceber o desinteresse e o consequente analfabetismo funcional).

    Apesar de depressivo até a medula, vale pela reflexão (recomendo a pais e professores, pelo debate).

    07 November 2017

    Mulholland Drive

    Ando numa fase meio lynchiana rsrsrs: assisti ao documentário (soberbo, por sinal), li o livro dele e agora um filme que ainda não tinha visto mas ouvido muito falar.

    1a. impressão: peloamor, Lynch - ainda bem que você não usava drogas (porque se tivesse, sabe lá o que vc tinha feito) rsrsrs.

    Sim, é um filme conceitual (como tudo o que ele faz), mas esse é viajandão até a lua rsrsrs.

    Entendo que também tem um quê de verdade (por incrível que pareça, é uma crítica atualíssima à indústria cinematográfica: assédio sexual, manipulação, autonomia criativa nula e por aí vai).

    Resumo da ópera: clássico, tem de ver ; ).

    02 November 2017

    Filmoteca on line: 300 filmes alternativos legendados

    Dica duca para quem é fissurado em filmes alternativos que por algum motivo (tempo, estética ou país de origem) estão fora do circuito comercial ; ).

    É a filmoteca on line - vai lá: http://www.hypeness.com.br/2017/01/o-que-voce-encontra-na-filmoteca-online-plataforma-que-reune-mais-de-300-filmes-alternativos-legendados/