20 August 2016

Ben-Hur

Apesar da crítica torcer o nariz, gostei muito da adaptação de Ben-Hur.

Claro, perdeu-se aquele clima de impacto e reflexão do original, mas esta refilmagem me encanta porque os personagens são mais ambíguos (e somos assim na vida real, numa hora mocinhos e na outra hora bandidos).

Outra coisa que gostei muito também foi a construção psicológica dos personagens: ética, crenças, valores e o que os motivam.

Para ter uma ideia do que estou falando, vai lá: http://www.ultimato.com.br/conteudo/ben-hur-reconciliacao-e-perdao-ou-vinganca

10 August 2016

Chocolat

Para sair do cinema com o coração apertado...

A história é real, o que aumenta ainda mais a  carga dramática.

Na França de 1897, um homem negro é exibido como canibal em circos ambulantes. Impressionado com a presença de palco, um palhaço o convida para exibir números e conquista público.

Em pouco tempo, um diretor de circo de Paris chama os dois para fazer apresentações, mudando completamente a situação financeira da dupla.

No entanto, na vida pessoal os dois escolhem caminhos opostos. Enquanto um se entrega à bebida, mulheres, jogos de azar (e por aí vai), o outro se fecha cada vez mais.

O que apertou meu coração foi perceber a tristeza da gente se tornar refém da opinião ou do aplauso alheio (a verdade é que a gente nunca vai agradar ninguém porque a opinião alheia é como a onda do mar, numa outra pende para um lado e no instante seguinte, para o outro).

O final é tocante porque mostra cenas reais captadas pelas lentes dos irmãos Lumière.

06 August 2016

Negócio das Arábias

Atraída pela presença do Tom Hanks no elenco (dedo bom para escolher papéis) e pela direção primorosa de Tom Tykwer (do excelente Corra Lola, Corra) fui assistir Negócio da China, ops, das Arábias rsrsrsr e saí da sala com gosto de cabo de guarda-chuva na boca sniff...

A paisagem é deleite para os olhos e a história tem tudo para ser instigante - um executivo americano perde o emprego, a casa e o casamento, e vai para o Oriente Médio em busca de trabalho para custear a faculdade da filha. No entanto, tudo o que tinha para dar m...., dá... rsrsrs.

Primeiro, o aprisionamento temporal (já retratado no excelente O feitiço do tempo, com Bill Murray) onde o executivo comete todos os dias o mesmo erro. Depois, o desfile de estereótipos envolvendo árabes: a religião, o terrorismo, a moral envolvendo gêneros, blablabla...

O único momento que você pensa que pode acontecer alguma coisa é quando o sheik aparece, mas também descamba para o clichê.

Por isto mesmo o romance entre o executivo e a médica acaba perdendo um pouco a força (improvável até a medula), enfim...

A vida é feita de filmes mezzo mussarella mezzo calabresa também rsrsrsrs.