24 October 2015

Ponte de espiões

Tem gente que é igual aos bons vinhos: quanto mais o tempo passa, mais densos e consistentes se tornam.

Igual ao Tom Hanks (e o Spielberg) rsrsrsrs.

Filmão (e programaço) na certa, Rota de Espiões traz uma história verídica - o que aumenta ainda mais o interesse.

No auge da Guerra Fria, um espião russo é capturado em território norte-americano. E para 'providenciar' um julgamento justo, um advogado de seguros é recrutado para defender o inimigo número 1.

Claro que o advogado civil arrasa indo além do requerido (qualquer profissional brilhante e talentoso consegue enxergar além do que a maioria das pessoas veem) por isto suas qualificações são requeridas para uma transação espinhosa: resgatar um soldado americano abatido num voo em território russo.

E é com este pano de fundo que Spielberg aborda com delicadeza e maestria, a intolerância (filha bastarda do estereótipo e do preconceito), a capacidade de respeitar quem é diferente da gente (mas que pode pensar e compartilhar as mesmas crenças e valores), a grandeza de caráter da ´velha´ guarda (integridade é tuuuuudo) e por aí vai.

Melhores diálogos:
- Você pode ser sentenciado à morte, mas não parece preocupado...
- E isto adiantaria alguma coisa?

- Você está esperando a outra pessoa, não é?
- ...
- Tudo bem, não estou com pressa. Espero ela chegar antes de partir.

- Senhor, eu não abri a boca para nada!
- Não se preocupe com o que os outros pensam. Importa é você saber que fez o que era certo.

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