21 December 2013

A grande beleza

Só de ver o trailer, fui impactada (Roma sempre enche os olhos, não?).

O filme é meio felliniano, repleto de festas com pessoas surreais: o babaca que fala obscenidades, as velhas oferecidas, a atriz decadente...

O protagonista é um escritor de 1 livro só, que vive entre relações fugazes, amizades superficiais de longa data e um solitário vazio interior (uma metáfora da pós-modernidade).

Os momentos mais fortes são as cenas de mesa, quando as pessoas se reúnem para comer e falar (se a boca fala o que está cheio o coração, imagine as pérolas) rsrsrs...

Mas o que eu mais gostei foi da participação da madre (as poucas falas são preciosas, espia só):

- Entrevista? Eu fiz voto de pobreza e disto não se fala, se vive.
- Sabe por que eu só como raízes? Porque as raízes são importantes.
- Eu sei o nome de cada uma destas aves.

Impossível assistir e não refletir ; ).

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