31 October 2012

O perdão

Este filme alemão, exibido na Mostra Internacional de Cinema, conta a história de uma família cujo chefe de família trabalha numa petroleira e trai a mulher, a esposa é enfermeira de pacientes terminais e atropela uma adolescente e o filho que, o tempo todo observa e filma o comportamento dos pais com seu celular (e aparentemente tem noção do que é certo e errado), cospe dentro da mochila de um colega da escola.

O que achei líndo foi o recado: todo mundo tem seus problemas, vivemos num mundo imperfeito, mas só por meio do perdão é possível fazer o mundo melhor.
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29 October 2012

Après Mais

Filme francês sempre requer mais reflexão (e a função da arte, não é exatamente esta?) rsrsrs.

Conta a história de um grupo estudantil, engajado politicamente, que se envolve em confrontos na Paris de 68.

Conforme o filme avança, dá um panorama social e cultural da época (drogas, sexo) e a trajetória escolhida pelos personagens (suas dúvidas, angústias, sonhos e visões).

Se você curte aula de história visceral como eu, fique de olho (hoje foi a última exibição na mostra, sorry)!
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28 October 2012

007 - Operação Skyfall

F-O-R-M-I-D-Á-V-E-L!!!

Tudo está perfeito: casting escolhido a dedo, atuação precisa, direção autoral, edição...

O diretor Sam Mendes fez um filme eletrizante do começo ao fim, o Javier Bardem arrasa (como sempre), o enredo é inteligente (às vezes fica difícil distinguir quem é quem e qual é a de cada um - e na vida, não é assim que acontece?)...

Assista correndo!!!

PS- Pergunta que não quer calar: James Bond é um heroi ou um vilão trabalhando para o lado certo? Heheh...
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24 October 2012

As vantagens de ser invisível

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Este filme é muito fofo e tem tudo para virar cult ; )!

O título original é The Perks of Being a Wallflower e mostra a importância da amizade, os problemas causados pela timidez na adolescência e a superação em meios aos traumas (sem falar na trilha sonora*, sensacional por sinal).

Para lembrar da pessoa cheia de sonhos que fomos um dia, e tentar resgatar.

Melhor frase: aceitamos o amor que achamos merecer.

* Heroes (David Bowie), Asleep (The Smiths), Tugboat (Galaxie 500), Come on Eileen (Dexy's Midnighr Runners), Cocteau Twins, Crowded House e por aí vai...
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21 October 2012

Ted

Se você gosta de filmes politicamente incorretos e bizarros, não pode perder (rsrsr).

Só para ter ideia, o ursinho fuma maconha, tem respostas ácidas na ponta da língua e adora uma confusão.

O pior é que os personagens são bem verossíveis (todo mundo tem um insano dentro de si) heheh...
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17 October 2012

Moonrise Kingdom

Se você gosta de produções que fogem do convencional, vai adorar este filme ; )!

A estética é bizarra, os personagens estranhos e o casting perfeito (rsrsr).

Para ter uma ideia do que te aguarda (o universo incrível de Wes Anderson), vai lá: http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/o-fantastico-sr-wes/
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15 October 2012

Os infratores

Nossa, que filme violento!

O mais maluco é que os bandidos tem ética e os que deveriam defender a ordem e a moral é que são corruptos.

Se você gosta de uma história bem contada, atuação irrepreensível e não se importa em sair do cinema com os sapatos sujos de sangue (rsrs), não perca!
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10 October 2012

O monge

Nossa, fiquei maus depois de assistir o filme (é angustiante constatar que é possível piorar ao invés de se tornar uma pessoa melhor com o tempo).

A história traz um monge fervoroso, admirado por sua comunidade, que vai perdendo a integridade após a entrada de um noviço mascarado no convento.

Mais do que devoção, as pessoas parecem ser movidas por regras engessadas ou emoções inconstantes como as ondas do mar, tornando-as presas fáceis de manipulação.

O final é degradante, mas não inverossível.

Assustador, não?
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07 October 2012

Rota Irlandesa

Mó soco no estômago!

Quanto mais a história avança, mais angustiado e pesado o clima fica.

Dois amigos vão ao Iraque e um deles morre em uma operação. Junto da viúva, o sobrevivente abre uma investigação por conta que expõe a frieza dos soldados (a crueldade do Holocausto que se repete todos os dias em outras roupagens), a desumanidade na qual os civis são tratados (quem acompanha as notícias do conflito no Oriente Médio só vê estatísticas, mas para quem está dentro do problema, a dor aflige a alma) e a constatação de que a gente só se solidariza com o sofrimento do outro quando a gente mesmo está envolvido.

Por que anestesiamos a consciência quando praticamos o mal?

O final é surpreendentemente amargo (quando a gente usa as mesmas armas do inimigo, a gente se torna pior do que ele).

PS- Uma boa roupagem não garante dignidade (se grandes corporações defendem apenas os próprios interesses, num ambiente globalizado o potencial de estrago vem na mesma proporção).
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06 October 2012

Tudo que desejamos

Um dos melhores filmes da temporada: a história é bem contada, a interpretação convincente... vale a pena conferir e se emocionar.

Uma jovem juíza, preocupada com uma mulher, vítima de juros abusivos cobrados por um cartel de financiadoras, pede ajuda a um colega experiente no intuito de resolver a questão de forma justa. Paralelamente ao problema profissional, ela descobre um tumor cerebral e resolve esconder o diagnóstico da família.

O mais lindo é ver a história da personagem se descortinando ao longo do filme: a trajetória da sua vida, o por que de abraçar a justiça (personificada por ela mesma) e das suas maiores dores se tornarem um norte para sua redenção (ao invés de se lamentar, ela amadurece, vira o jogo, busca aliados mas sem perder a leveza, a delicadeza, a elegância).

Adorei a sua postura em buscar substitutos para os projetos profissionais e familiares (coisa de gente responsável, generosa, madura).

Ou seja, uma lição de vida (chorei cântaros ; )!
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05 October 2012

De volta para casa

O tema é interessante, o filme arrastado, mas a história vale a reflexão.

Gaëlle foi sequestrada aos 8 anos de idade e só adulta foge do cativeiro. Na volta ao lar e ao círculo de amizades, vê se deslocada sem saber como interagir com os pais e os amigos (e eles com ela).

Será que não somos todos como ela, reféns do desconforto e da solidão autoimposta?
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