11 August 2012

Bem amadas

Que filme deprimente, aff!

De Bem amadas, só o título (rsrsr)...

A história retrata as agruras de viver e amar nestes tempos hiper-modernos (como diria o psiquiatra suíço Paul Tournier, cada geração deve pedir perdão à outra pelo legado que deixou como herança).

A mãe, uma cabeça de vento; o pai, um incapaz de manter a palavra, e a filha, uma perdida (e se filha de peixe, peixinha é)... meda!

Algumas cenas são metafóricas: a dança da protagonista (promiscuidade), o envolvimento com o músico (a impossibilidade de um amor concreto), a bissexualidade (tempos líquidos), os pais infantilizados (falta de referenciais) e os previsíveis resultados nefastos...

Como sempre, pior que o caos externo é o caos interno. E nesta confusão toda, interessante notar que a necessidade das pessoas permanece a mesma: a de amar e serem amadas.

O punk é que pouca gente sabe diferenciar amor de sexo ou intimidade. Sexo não significa intimidade e amor não é sinônimo de sexo.

Nossa inabilidade de viver em plenitude prova que Oscar Wilde estava certo: existe diferença entre viver e existir - mas a maioria das pessoas se contenta em apenas existir.

PS- Ah, sobre a Chiara Mastroianni: como atriz, ela é uma ótima filha da Deneuve (rsrsr).
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