12 January 2012

O espião que sabia demais

Fui assistir atraída pelo casting e trailler primoroso, mas o filme é hiper arrastado, aff!

Como sempre, a atuação do Gary Oldman está estupenda e o figurino hiper fiel à época.

No auge da Guerra Fria uma elite de espiões é colocada em xeque: há um traidor entre eles. Smiley, aposentado contra a vontade, é convidado a investigar a identidade do agente duplo.

O filme é pontuado por flashbacks (se você não ficar atento, se perde entre passado e presente), as mensagens são sutis e os diálogos dúbios (numa sociedade com valores esfacelados, fica difícil definir qual é o lado "certo").

Aparentemente o final é um grito de socorro aos padrões digitais, mas como não li o livro, fica difícil dizer se é uma resposta rasa ou cínica.

A seguir um trecho do livro Felicidade Paradoxal, onde o pensador Gilles Lipovetsky resume bem a angústia dos novos tempos: As ideologias já não fornecem sistema de unidade, de certeza, de inteligibilidade do mundo vivido. É dessa incerteza hipermoderna, e não do consumo infeliz, que se elevam as novas formas do crer.
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