Um dos melhores filmes de 2011 ; )!
O mais lindo é perceber que não existe receita pronta, a história vai se revelando aos poucos e os personagens são tão verdadeiros (até mesmo os canalhas) rs.
Um menino com instinto delinquente procura o pai, que sem culpa, o havia abandonado num reformatório. Num desses acasos da vida, uma cabeleireira aceita o convite para entrar na história mesmo sem qualquer garantia de ganho emocional ou financeiro (muito pelo contrário).
A transformação dos personagens, o crescimento dos afetos, a maturidade em tomar decisões, a grandeza de caráter, a capacidade de perdoar (que só surge depois da certeza de ser amado)... tudo isto e muito mais, fazem refletir e desafiam você a ser uma pessoa melhor.
As cenas mais marcantes (na minha opinião) rs: perto do final, quando os dois estão andando de bicicleta (ele, que sempre foi apegado à sua bicicleta, de repente descobre que o 'modelo' da Samantha é beeem melhor) rs, e a cena final que é de cortar o coração.
Vale muuuuito a pena, não perca!
.
28 November 2011
27 November 2011
A chave de Sarah
Amei este filme ; )!
Apesar de ser prevísivel na segunda metade, é bem instigante.
Julia é uma jornalista que muda-se para Marais e descobre que o apartamento da família do marido, era propriedade de uma família judia enviada a um campo de concentração. O punk é que exatamente naquele momento de sua vida, Julia está escrevendo uma matéria sobre a colaboração francesa para o regime nazista e se descobre grávida (ou seja, com as emoções à flor da pele).
Sarah é uma menina judia muito sagaz que a fim de proteger seu irmãozinho, tranca Michel no guarda-roupa, antes da família ser levada a um campo de concentração. A partir daí, a trama mistura as histórias de passado e presente, até se interligar de forma surpreendente.
O que mais me tocou foi a postura corajosa de Julia: a insistência junto ao diretor de redação para publicar a matéria sobre a colaboração vergonhosa dos franceses na deportação de judeus, a persistência de ir a fundo na história do apartamento (ela podia ter escolhido a zona de conforto: - isto é passado, não tenho nada a ver com isto, não é problema meu... ou aquelas justificativas esfarrapadas que criamos para nós mesmos: - isto faz parte de uma estatística, eles estavam cumprindo ordens...) além do respeito aos próprios sentimentos que culminam numa escolha difícil (ter ou não o bebê?).
Tem dois diálogos marcantes: quando o diretor de uma instituição que preserva a história das crianças judias diz que o objetivo dele é dar nome e dignidade aos rostos daquelas fotos ao invés de encará-los apenas como um dado estatístico e quando o marido retruca que a busca pela verdade por parte dela não valeu a pena.
Se você não gosta de respostas fáceis e não se incomoda em sair desconfortável (e ser impactado), assista correndo antes que saia de cartaz ; )!
.
Apesar de ser prevísivel na segunda metade, é bem instigante.
Julia é uma jornalista que muda-se para Marais e descobre que o apartamento da família do marido, era propriedade de uma família judia enviada a um campo de concentração. O punk é que exatamente naquele momento de sua vida, Julia está escrevendo uma matéria sobre a colaboração francesa para o regime nazista e se descobre grávida (ou seja, com as emoções à flor da pele).
Sarah é uma menina judia muito sagaz que a fim de proteger seu irmãozinho, tranca Michel no guarda-roupa, antes da família ser levada a um campo de concentração. A partir daí, a trama mistura as histórias de passado e presente, até se interligar de forma surpreendente.
O que mais me tocou foi a postura corajosa de Julia: a insistência junto ao diretor de redação para publicar a matéria sobre a colaboração vergonhosa dos franceses na deportação de judeus, a persistência de ir a fundo na história do apartamento (ela podia ter escolhido a zona de conforto: - isto é passado, não tenho nada a ver com isto, não é problema meu... ou aquelas justificativas esfarrapadas que criamos para nós mesmos: - isto faz parte de uma estatística, eles estavam cumprindo ordens...) além do respeito aos próprios sentimentos que culminam numa escolha difícil (ter ou não o bebê?).
Tem dois diálogos marcantes: quando o diretor de uma instituição que preserva a história das crianças judias diz que o objetivo dele é dar nome e dignidade aos rostos daquelas fotos ao invés de encará-los apenas como um dado estatístico e quando o marido retruca que a busca pela verdade por parte dela não valeu a pena.
Se você não gosta de respostas fáceis e não se incomoda em sair desconfortável (e ser impactado), assista correndo antes que saia de cartaz ; )!
.
26 November 2011
Gran Torino
Um dos poucos caras que admiro em Hollywood é o Clint Eastwood.
Tem uma trajetória bonita: começou como ator e depois enveredou para a direção, sempre escolhendo roteiros ecléticos, com casting primoroso e produção precisa.
Gran Torino conta a história de um ex-combatente americano na Guerra da Coreia. Ele acabou de perder a esposa devastada por um câncer, os filhos e os netos são podres de doer, a vizinhança é discrepante da que ele gostaria de ter e tem um padre jovem e inexperiente que resolveu pegar no seu pé.
Ao longo do filme, Walt mostra que aprender não tem idade, que é possível se abrir para outras formas de pensar, outras culturas, sem perder a ética e sua essência.
Se você ama filmes bem feitos, recomendo (rs ; )!
.
Tem uma trajetória bonita: começou como ator e depois enveredou para a direção, sempre escolhendo roteiros ecléticos, com casting primoroso e produção precisa.
Gran Torino conta a história de um ex-combatente americano na Guerra da Coreia. Ele acabou de perder a esposa devastada por um câncer, os filhos e os netos são podres de doer, a vizinhança é discrepante da que ele gostaria de ter e tem um padre jovem e inexperiente que resolveu pegar no seu pé.
Ao longo do filme, Walt mostra que aprender não tem idade, que é possível se abrir para outras formas de pensar, outras culturas, sem perder a ética e sua essência.
Se você ama filmes bem feitos, recomendo (rs ; )!
.
17 November 2011
A pele que habito
.
Os filmes do Almodóvar são do tipo ame-ou-odeie, mas nunca passam despercebidos.
Pessoalmente prefiro quando ele segue a narrativa absurda (Mulheres à beira de um ataque de nervos), mas o último filme não é tãããão ruim assim (rsrsrs).
Banderas interpreta um médico que perdeu a mulher e a filha em situações bizarras: a esposa sofreu um acidente de carro e a filha atirou-se da janela. Ao longo do filme, vários segredos são revelados e o espectador fica num misto de espanto e pena porque as coisas nunca são como parecem...
Mas afinal, quem ali é o monstro? O médico bem sucedido, a paciente vítima ou a mãe omissa?
E o que é ser resiliente? É seguir em frente mantendo o sangue frio, anestesiar a alma para suportar a dor ou viver uma vida de mentira?
E você? Está à vontade na pele que habita?
.
Os filmes do Almodóvar são do tipo ame-ou-odeie, mas nunca passam despercebidos.
Pessoalmente prefiro quando ele segue a narrativa absurda (Mulheres à beira de um ataque de nervos), mas o último filme não é tãããão ruim assim (rsrsrs).
Banderas interpreta um médico que perdeu a mulher e a filha em situações bizarras: a esposa sofreu um acidente de carro e a filha atirou-se da janela. Ao longo do filme, vários segredos são revelados e o espectador fica num misto de espanto e pena porque as coisas nunca são como parecem...
Mas afinal, quem ali é o monstro? O médico bem sucedido, a paciente vítima ou a mãe omissa?
E o que é ser resiliente? É seguir em frente mantendo o sangue frio, anestesiar a alma para suportar a dor ou viver uma vida de mentira?
E você? Está à vontade na pele que habita?
.
15 November 2011
Uma vida tranqüila
.
Rosario é um cozinheiro italiano que mora há 15 anos na Alemanha.
Ele tem um restaurante rentável com vários funcionários, uma bela esposa e um filho adorável de 10 anos. Mas sua vida tranquila está para ser colocada à prova quando recebe dois visitantes napolitanos.
Qual a ligação deles com o respeitável proprietário?
O mais instigante é perceber que, por mais que se viva uma vida de fachada, basta apenas uma fagulha de crise para que emerja e revele o que há de melhor (e de pior) em cada ser humano.
Com certeza quem irá se identificar com a história é o José Dirceu (afinal, quem mente para a própria família, é capaz de qualquer coisa)...
Mêda!
.
Rosario é um cozinheiro italiano que mora há 15 anos na Alemanha.
Ele tem um restaurante rentável com vários funcionários, uma bela esposa e um filho adorável de 10 anos. Mas sua vida tranquila está para ser colocada à prova quando recebe dois visitantes napolitanos.
Qual a ligação deles com o respeitável proprietário?
O mais instigante é perceber que, por mais que se viva uma vida de fachada, basta apenas uma fagulha de crise para que emerja e revele o que há de melhor (e de pior) em cada ser humano.
Com certeza quem irá se identificar com a história é o José Dirceu (afinal, quem mente para a própria família, é capaz de qualquer coisa)...
Mêda!
.
14 November 2011
HOME
.
Este é um documentário impactante, produzido por Yan Arthus-Bertrand (o mesmo realizador do projeto 6 Bilhões de Outros), com imagens inéditas de mais de 50 países vistos do céu, onde ele compartilha seu assombro e também suas preocupações em relação ao mundo que temos de reconstruir juntos.
Quer assistir?
Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU
.
Este é um documentário impactante, produzido por Yan Arthus-Bertrand (o mesmo realizador do projeto 6 Bilhões de Outros), com imagens inéditas de mais de 50 países vistos do céu, onde ele compartilha seu assombro e também suas preocupações em relação ao mundo que temos de reconstruir juntos.
Quer assistir?
Vai lá: http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU
.
13 November 2011
Contágio
.
Só mesmo um bom diretor para trazer vitalidade a um roteiro tão batido.
Além de estar recheado de bons atores, a câmera nervosa e a abordagem reflexiva obrigam você sair da zona de conforto desde o primeiro instante. E para quem assistiu Ensaio sobre a Cegueira, é impossível não traçar um paralelo pois, numa catástrofe, parece que emerge o que há de pior (e de melhor) em cada ser humano.
Como você lida com a adversidade?
Você mantém a distância e processa tudo o que vê como mero dado estatístico ou se dá conta de que o que afeta a um, afeta a todos e portanto a sua vida?
Você se engaja na solução (sim, porque quem enxerga um problema, ou faz parte do problema ou da solução) ou tem uma postura utilitarista (cuidando dos próprios interesses e tirando proveito da situação)?
Infelizmente, na maior parte das vezes só tomamos a frente quando estamos direta ou indiretamente envolvidos. É muito difícil encontrar alguém disposto a se doar de verdade, sem pedir nada em troca. E será que esta epidemia não se traduz nos dias de hoje pelo nome de egoísmo?
É para pensar...
.
Só mesmo um bom diretor para trazer vitalidade a um roteiro tão batido.
Além de estar recheado de bons atores, a câmera nervosa e a abordagem reflexiva obrigam você sair da zona de conforto desde o primeiro instante. E para quem assistiu Ensaio sobre a Cegueira, é impossível não traçar um paralelo pois, numa catástrofe, parece que emerge o que há de pior (e de melhor) em cada ser humano.
Como você lida com a adversidade?
Você mantém a distância e processa tudo o que vê como mero dado estatístico ou se dá conta de que o que afeta a um, afeta a todos e portanto a sua vida?
Você se engaja na solução (sim, porque quem enxerga um problema, ou faz parte do problema ou da solução) ou tem uma postura utilitarista (cuidando dos próprios interesses e tirando proveito da situação)?
Infelizmente, na maior parte das vezes só tomamos a frente quando estamos direta ou indiretamente envolvidos. É muito difícil encontrar alguém disposto a se doar de verdade, sem pedir nada em troca. E será que esta epidemia não se traduz nos dias de hoje pelo nome de egoísmo?
É para pensar...
.
11 November 2011
Late bloomers - o amor não tem fim
.
Amei ; )!
Esta diretora manda bem (o primeiro longa da Julie Gavras, A Culpa é do Fidel, também tem uma pegada divertida) e o elenco está de arrasar: Isabella Rossellini, William Hurt...
Um casal enfrenta de maneira distinta uma crise quando entra na 3a. idade: enquanto a mulher é assertiva, o homem é reticente...
Alguns diálogos e cenas são impagáveis (rsrsr) como a dos velhinhos no tribunal, a reunião de sócios definindo o próximo projeto de arquitetura ou as 'visitas' da mulher na academia.
O que é muito lindo de ver é o papel fundamental da comunidade (família, amigos, parceiros de trabalho) que, se for íntegra, contribui para o crescimento do indivíduo quando alerta, cuida, ouve...
Melhor diálogo: - você quer que ele mude, mas para que isto aconteça, você precisa mudar também.
.
Amei ; )!
Esta diretora manda bem (o primeiro longa da Julie Gavras, A Culpa é do Fidel, também tem uma pegada divertida) e o elenco está de arrasar: Isabella Rossellini, William Hurt...
Um casal enfrenta de maneira distinta uma crise quando entra na 3a. idade: enquanto a mulher é assertiva, o homem é reticente...
Alguns diálogos e cenas são impagáveis (rsrsr) como a dos velhinhos no tribunal, a reunião de sócios definindo o próximo projeto de arquitetura ou as 'visitas' da mulher na academia.
O que é muito lindo de ver é o papel fundamental da comunidade (família, amigos, parceiros de trabalho) que, se for íntegra, contribui para o crescimento do indivíduo quando alerta, cuida, ouve...
Melhor diálogo: - você quer que ele mude, mas para que isto aconteça, você precisa mudar também.
.
03 November 2011
Tudo pelo poder
.
Filmaaaaço!
A cada produção, o Clooney se supera. E o elenco está de arrepiar: Phillip Seymour, Paul Giamatti, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood...
Este poderia ser o filme da minha vida (se tivesse estômago para fazer parte do sistema) aff...
Um assessor brilhante diz que trabalha numa campanha política por convicção, por acreditar que determinada pessoa é o melhor candidato à presidência do país. Para o seu chefe, coordenador da campanha, o mais importante é a lealdade. Uma jornalista em busca de furos, procura se aproveitar da 'amizade' enquanto que um arqui-inimigo tenta extrair o 'melhor' da situação. Até que uma estagiária aparece grávida (embora aos olhos do pai, fosse apenas uma garotinha). Mas as aparências enganam e tudo muda de perspectiva quando a verdade ameaça vir à tona...
Quem é você de verdade?
Onde você esteve?
Onde você está?
Para onde você vai?
Qual é o seu objetivo?
Qual o preço que você está disposto a pagar para chegar lá?
Os fins justificam os meios?
Ou meios e fins são a mesma coisa?
Como você enxerga a vida: como um mero dado estatístico ou com reverência?
Você mede os outros com os mesmos critérios que mede a sua própria vida?
E política (a ética da pólis)?
É utilizada para o bem comum ou é ferramenta daqueles que defendem os próprios interesses?
Como é fácil se perder!
Quando utilizamos as armas dos malvados, nos tornamos piores do que eles.
O final é apoteótico (um discurso sobre caráter, integridade e dignidade).
Já viu isto antes (rsrsr)?
.
Filmaaaaço!
A cada produção, o Clooney se supera. E o elenco está de arrepiar: Phillip Seymour, Paul Giamatti, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood...
Este poderia ser o filme da minha vida (se tivesse estômago para fazer parte do sistema) aff...
Um assessor brilhante diz que trabalha numa campanha política por convicção, por acreditar que determinada pessoa é o melhor candidato à presidência do país. Para o seu chefe, coordenador da campanha, o mais importante é a lealdade. Uma jornalista em busca de furos, procura se aproveitar da 'amizade' enquanto que um arqui-inimigo tenta extrair o 'melhor' da situação. Até que uma estagiária aparece grávida (embora aos olhos do pai, fosse apenas uma garotinha). Mas as aparências enganam e tudo muda de perspectiva quando a verdade ameaça vir à tona...
Quem é você de verdade?
Onde você esteve?
Onde você está?
Para onde você vai?
Qual é o seu objetivo?
Qual o preço que você está disposto a pagar para chegar lá?
Os fins justificam os meios?
Ou meios e fins são a mesma coisa?
Como você enxerga a vida: como um mero dado estatístico ou com reverência?
Você mede os outros com os mesmos critérios que mede a sua própria vida?
E política (a ética da pólis)?
É utilizada para o bem comum ou é ferramenta daqueles que defendem os próprios interesses?
Como é fácil se perder!
Quando utilizamos as armas dos malvados, nos tornamos piores do que eles.
O final é apoteótico (um discurso sobre caráter, integridade e dignidade).
Já viu isto antes (rsrsr)?
.
Subscribe to:
Posts (Atom)