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Além de talentoso e competente, Tom Hanks parece aquele cara de quem todo mundo gostaria de ter como amigo: ótimo profissional, sabe trabalhar em equipe, família estruturada... Mas depois de um certo tempo, parece que ficou acomodado (só isto pode explicar seu último projeto).
O roteiro é bem amarrado, as atuações são convincentes, ele e a Julia Roberts estão de arrasar, mas sabe aquela sensação de 'esperava mais de vc'? Ou talvez seja um sentimento meu, olhando para a trajetória do Sean Penn e do Tim Robbins, que são do mesmo naipe, só que embarcam em projetos nos quais eles acreditam (e evidentemente vc percebe que o filme Larry Crowne é um caça-níquel)...
Mas vamos às considerações: Larry é um dedicado funcionário que é demitido, quando todos esperavam que recebesse uma promoção (inclusive ele). A desculpa? Que ele não fez faculdade. Só que os caras que o demitem são patéticos, apesar de terem pós-graduação (rs). Depois de servir 20 anos na Marinha, casar e descasar, ele está com um problemão: uma hipoteca para pagar, corte nas despesas e um emprego que garanta pelo menos a sua sobrevivência.
O grande barato do filme é a reviravolta do personagem: ele não lamenta, muito pelo contrário, tem uma postura pró-ativa e se abre para as novas possibilidades e amizades que se apresentam; tudo isto sem perder os princípios nos quais acredita.
No final, acho que Hanks dá seu recado pelas sutilezas: quando mostra o descaso com que as pessoas que serviram o País são tratadas, quando o tal pós-graduado aparece vendendo pizza (um título nunca salva ninguém; a crise não tem critério), a universitária talentosa que larga da faculdade para abrir um negócio próprio e o romance improvável de uma letrada com um cozinheiro (o amor pode vir de onde vc menos imagina).
PS- Tom Hanks, avise o teu cabeleireiro que a tintura acaju ficou péssima em HD (rsrsrs)...
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