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Apesar do ritmo arrastado, achei inteligente e profundo.
Melancolia conta a história de duas irmãs: a sensível e depressiva Justine e a pragmática e temerosa Claire. Na primeira parte, mostra o casamento de Justine, repleto de diálogos e personagens surreais (preste atenção nos pais e no chefe da noiva) rs, e na segunda parte, contrasta os tipos de depressão nas irmãs (enquanto Justine se entrega incondicionalmente, Claire mantem o medo latente).
O final é apotéotico: os fracos é que são fortes, pois na hora em que é preciso, são eles que se levantam.
Achei de uma coragem ímpar o diretor abordar a depressão de forma tão bela e poética (principalmente por saber do histórico pessoal dele). Os depressivos tem um senso apurado para perceber o que acontece ao redor, enxergam nuances sutis que os 'normais' não captam e por não serem grosseiros, acabam interiorizando sua recusa em fazer parte daquilo que não concordam.
Para pensar na próxima vez em que vc tiver de interagir com um depressivo...
PS- Depois de ser rechaçado no festival de Cannes por suas declarações antissemitas, confesso estar impressionada com a humanidade de Lars von Trier em lidar com as críticas, a humildade em se desculpar e ao mesmo a lucidez em saber que estará só nas próximas produções.
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