28 March 2020

Mr. Selfridge

Confesso que não sou chegada em série (a gente fica meio escravo, tendo de assistir todos episódios de trocentas temporadas, perdendo um tempo precioso numa trama que muitas vezes é pura encheção de linguiça) rsrsr, mas tive de me calar diante de Mr. Selfridge.

Disponível na plataforma Netflix, a série conta as aventuras (e desventuras) de um empreendedor americano que abre uma maravilhosa loja de departamentos em Londres no começo dos anos 1900.

O que achei legal é que, além do clima de camaradagem entre os funcionários, a série dá várias lições de varejo.

Para quem curte direção de arte primorosa e gosta de boas atuações, assista correndo ; ).

22 March 2020

Sing Street

Quer assistir um filme honesto e bem-feito que alimenta o coração e a alma?

Veja correndo Sing Street, disponível na plataforma Netflix.

Dirigido pelo excelente John Carney, o filme traz músicos que atuam rsrs e um roteiro com texto coeso e inteligente.

Conor é um adolescente que muda de escola por conta de problemas financeiros e os pais estão prestes a divorciar.

Contrariando todas as expectativas, ele faz do limão uma limonada: faz amizades com pessoas fora da curva, se impõe diante do bullying e corre em direção a um amor improvável, mas por que não possível rsrsr.

O final é um chacoalhão para sair do sofá e do conforto da vida ; )

11 March 2020

Seberg

O diretor Benedict Andrews é ligado em personagens femininos e temas desconfortáveis - começou com Una e agora enfia os dois pés no peito com Seberg.

Apesar do clima hollywoodiano (superficial e maniqueísta), me senti chacoalhada com a história: Jean Seberg não é santa mas nem por isto merece passar por um processo de difamação que irá destruir sua vida e sanidade, e o agente que aquiesce diante da perversidade dos parceiros de trabalho (claro que Hoover, o mais podre de todos, encabeça a operação e prova que literalmente o peixe apodrece pela cabeça) só não desgringola de vez graças à consciência e lucidez da mulher.

Já aconteceu com você?

De ser atacado por não se encaixar naquilo que esperam de você?

Ou de se calar diante de uma injustiça?

Em tempos de intolerância, nada como assistir um filme assim para não ficar igual (mêda)...

https://www.youtube.com/watch?v=Tck5EBUTeoc

https://www.elle.com/uk/life-and-culture/culture/a30011260/seberg-kristen-stewart/

https://exitoina.uol.com.br/noticias/cinema/quem-e-jean-seberg-atriz-que-inspirou-o-novo-filme-da-kristen-stewart.phtml

https://claudia.abril.com.br/cultura/calunia-e-perseguicao-a-participacao-do-fbi-na-morte-da-atriz-jean-seberg/ 

10 March 2020

Sorry we missed you

Na maturidade o ser humano mostra quem ele é de verdade e os últimos filmes de Ken Loach são tão desesperadores quanto proféticos.

Foi assim em Eu, Daniel Blake e agora em Sorry we missed you.

Uma família tenta sobreviver abaixo da linha da dignidade: a mãe num subemprego de cuidadora de idosos, o pai num aplicativo de delivery (nem preciso dizer que a máscara do discurso empreendedorista despenca no dia da entrevista), o filho adolescente talentoso mas sem direção e a menina adulta com a infância roubada.

Impossível não sair da sala com o coração dilacerado...

https://www.youtube.com/watch?v=ysjwg-MnZao

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/02/em-novo-filme-ken-loach-ataca-a-economia-dos-apps-como-o-uber-que-considera-intoleravel.shtml

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/02/voce-nao-estava-aqui-inspira-reflexao-sobre-presente-e-futuro-do-trabalho.shtml

09 March 2020

8 plataformas de streaming (além Netflix)

Aeh ; )!

Para sair da hegemonia Netflix e não ficar refém de um único fornecedor (uhu!): https://www.huffpostbrasil.com/entry/plataformas-de-streaming_br_5e615befc5b601904ea758ab

05 March 2020

J´accuse

Controverso até a medula, Roman Polanski acaba de receber o César de melhor direção por J´accuse.

Concordo com a visão lúcida do João Pereira Coutinho então pretendo ver correndo (ainda mais pelo episódio histórico com o Émile Zola) rsrsr.

Vamos, vamos?

https://www.youtube.com/watch?v=0ty_M9muolk

04 March 2020

A hidden life

Terrence Malick é um dos meus diretores preferidos < 3

Em Uma vida oculta, ele conta a história de Franz Jägerstätten, um homem austríaco que não quer ir para a guerra quanto mais prestar juramento de lealdade a Hitler.

O filme é belíssimo, e intercala imagens de arquivo do Führer com paisagens idílicas da fazenda onde Franz mora com a família. Como sempre, os diálogos são raros e o espectador fica inebriado com as imagens tentando entender o enredo por meio dos sentimentos que vão surgindo. O casal principal é de uma coragem atroz: se apoiam mutuamente, custe o que custar.

De quanto amor a vida é feita? E quanto de dor é possível suportar? Por que somos obrigados a entrar em batalhas que não são nossas? Por que a voz do povo nem sempre é a voz de Deus? Por que a igreja se cala diante de atrocidades? Por que é tão difícil se manter íntegro? Por que o sofrimento nem sempre opcional vem acompanhado de humilhação obrigatória? Por que em momentos repletos de dor e verdade, a perversidade ocupa o papel principal?

O final é de moer o coração, mas muito lindo. Existem milhares de vidas escondidas no mundo, falta refletir se é a vida que estamos vivendo.

https://www.youtube.com/watch?v=qJXmdY4lVR0

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mariosergioconti/2020/03/a-vida-oculta-discute-o-sentido-dos-pequenos-atos-dentro-e-fora-da-historia.shtml

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/05/novo-filme-de-terrence-malick-e-menos-pretensioso-e-mais-focado.shtml

https://www.planoaberto.com.br/critica/uma-vida-oculta/


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2020/02/jojo-rabbit-falha-ao-explicar-o-nazismo-de-forma-infantil.shtml