27 September 2017

Afterimage

Amo filme estrangeiro (todos são) rsrsrsr porque é uma maneira de adentrar em um universo totalmente diferente do meu - e esta produção polonesa é de esmagar o coração.

Um artista talentoso da década de 40 compartilha sua visão de mundo com alunos de uma universidade. O começo já é de chacoalhar o esqueleto: nosso olhar capta aquilo que nos emociona e esta imagem fica marcada na memória (o que ele chama de after image).

Porém, sua integridade é posta à prova quando o regime socialista começa a ditar as regras e ele não se curva (primeiro por convicção e sabe lá até que ponto por obstinação também).

Dureza que é uma história real, então imagine o estado que saí do cinema...

Se você gosta de história e não tem medo de ser confrontado, recomendo.

23 September 2017

Dunkirk

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Quando pensamos na 2ª Guerra Mundial, é bem pouco provável que a retirada exército inglês de Dunquerque seja um episódio presente na memória coletiva brasileira. Mais de 400 mil soldados britânicos foram encurralados por alemães nas praias da França, e a previsão otimista do primeiro-ministro Winston Churchill era do resgate de 45 mil deles. É o desenrolar desse resgate que assistimos em Dunkirk (2017), de Christopher Nolan.
Soldados tentando escapar da praia, civis navegando para prover socorro e pilotos da Força Aérea buscando conter ataques germânicos. São essas as três linhas narrativas e temporais sobrepostas pelo diretor, que entrega um filme de guerra – ou de fuga, como ele mesmo propõe – que destoa dos padrões do gênero.
Além das óbvias diferenças na maneira de Nolan contar uma história de guerra em Dunkirk, e da habilidade em orquestrar som, tempo e imagem, outro ponto que chama atenção no filme é a escolha da trama em si. Um grandioso acontecimento entre nações contado através de personagens nada grandiosos.
Os pilotos que acompanhamos na tela não carregam uma arma letal que acabará com o exército inimigo em apenas um comando. Os civis não têm recursos mirabolantes para garantir o sucesso de sua missão na embarcação. Os soldados, tentando escapar como tantos outros, poderiam não ter sobrevivido em algum dos vários momentos de apuros, como tantos outros.
Não somos nem mesmo levados a torcer para que eles sejam bem sucedidos para voltar para os braços de uma esposa e filhos, para cuidar de uma mãe doente, para perseguir o sonho de se tornar um engenheiro e reconstruir os escombros deixados pelas batalhas. A tensão do conflito já é tão grande, e Nolan a maneja tão bem, que panos de fundo nem são necessários.
Dentro das proporções de uma história de guerra, os personagens principais de Dunkirk são ordinários. Acompanhamos Mr. Dawson (Mark Rylance) em seu barco de lazer, mas em seu lugar poderia ser qualquer outro das centenas de civis que atendeu ao chamado do governo britânico para partir ao resgate dos soldados. O mesmo acontece nas outras duas tramas entrelaçadas.
A excelência no ordinário

Mr. Dawson não parece encarar a tarefa de enfrentar o mar em meio a ataques inimigos para resgatar soldados náufragos numa guerra como algo extraordinário. Ele parece estar só atendendo prontamente a um chamado. Fazendo o que era certo naquela situação. E por “certo” aqui leia-se “o que mais nos faz estar em conformidade com Cristo”.
Após falar sobre as diferentes manifestações dos dons do Espírito no capítulo 12 de sua primeira carta aos coríntios, Paulo finaliza dizendo “passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente”, seguindo a falar sobre o amor no famoso capítulo 13. Depois de abordar o extraordinário, fala sobre como isso não vale nada sem amor. E que coisa mais ordinária que essa?
Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei” – 1Co 13:2
Fomos criados para sermos excelentes em nossas vidas normais, como pessoas humanamente ordinárias. Quando falamos algo como “minha vida daria um filme”, geralmente nos referimos àqueles momentos em que vivemos ou presenciamos algo excepcional, momentos que podemos contar nos dedos.
Esses poucos episódios fora do comum fazem sim parte da vida, mas também deixamos nossa marca no mundo através das outras milhares de histórias usuais das quais participamos todos os dias. Através da busca em levar nossas vidas normais com o propósito de estar em conformidade com Cristo, sendo excelentes no exercício das virtudes, tendo o amor como a maior delas.
O monumental, o magnífico e o ordinário
Com a ajuda de civis e com a cobertura das forças aéreas, 340 mil homens foram salvos nas praias francesas durante a Segunda Guerra Mundial. Um feito extraordinário, possível por conta da prontidão e da excelência de pessoas ordinárias. E de uma boa dose de provisão divina (não abordada no filme, mas vale a pena buscar por “o milagre de Dunquerque” por aí).
Além de um belo feito cinematográfico de Christopher Nolan e sua equipe, Dunkirk traz à tona algo de que é fácil se esquecer: em meio a um acontecimento monumental como uma guerra, há várias pequenas histórias que, por conta de suas virtudes, vale a pena contar. Do mesmo jeito, em meio à magnífica história de redenção, Deus usa as nossas, tão ordinárias.
Fonte: http://ultimato.com.br/sites/jovem/2017/08/23/dunkirk-e-a-importancia-das-historias-ordinarias/

22 September 2017

Wes Anderson - trailer do novo filme : )))

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Se você é adicto pelo Wes Anderson como eu, prepare a adrenalina e assista o trailer do próximo filme do gênio rsrsr: http://www.hypeness.com.br/2017/09/saiu-o-trailer-do-novo-filme-de-wes-anderson-que-promete-ser-tudo-aquilo-e-mais-um-pouco/
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16 September 2017

Jeong Kwan

Cozinhar está tão na moda que começou a ficar chato rsrsrsr.

Mas este episódio do Chef´s Table é surpreendente porque mostra uma monja budista, que é professora de gastronomia, e responsável pela cozinha de um mosteiro na Coréia do Sul.

Jeong Kwan prepara os próprios ingredientes que plantou, cuidou e colheu. A sua comida, mais do que alimentar o corpo, é presente para a alma.

Ficou curioso?

Vai lá: https://www.netflix.com/br/title/80007945
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14 September 2017

David Lynch, a vida de um artista

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Amo a estética e o olhar desconfortante do David Lynch.

E claro que conhecer mais de pertinho o que move, o que instiga e o que inspira este artista talentoso era mais do que mandatório ; ).

1a. constatação: quando uma pessoa manda bem no que faz, é insegura pacas (não confia no próprio taco, está sempre descobrindo novos caminhos).

E a trajetória dele é linda de viver: começou pintando para depois entrar no cinema.

O que gostei foi descobrir suas referências (hoje em dia me encanta saber mais o que move uma pessoa e como ela vive do que o trabalho em si).

Para saber mais, vai lá: https://en.wikipedia.org/wiki/David_Lynch:_The_Art_Life

06 September 2017

Gaga, o amor pela dança

Amo dança apesar da péssima coordenação motora rsrsr.

E toda vez que tenho oportunidade de ver ver um espetáculo ou assistir um documentário sobre o tema, fico emocionada (foi assim com Sonhos em Movimento, Reset e agora Gaga).

Não conhecia o trabalho do Ohad Naharin e gostei da técnica, do rigor e da capacidade criadora. 

Só no final fiquei com um gosto de guarda-chuva na boca (quem sou eu para julgar, mas tanto se fala em amor eterno e na 1a. oportunidade você procura uma pessoa com a cara da outra)...

Sei lá, cada um cada um.