Ver um Malick é ter a certeza de ser surpreendido e Song to song não foge à regra.
O filme inteiro é arrebatado por imagens de inundar os olhos e o coração além de chacoalhar com reflexões e quatro personagens principais para lá de perturbadores.
O produtor é um homem charmoso, inteligente, competente, hedonista e utilitarista que chega até a ser perverso. Ele consegue distinguir o que os outros tem de melhor e não reluta em tirar o que lhe dá proveito.
O compositor é um personagem apaixonante: tudo o que toca, transforma para melhor, é generoso e só se envolve no que acredita. Por isto mesmo acaba sendo visceral, e é muito linda a transformação pelo qual passa de crescimento e maturidade.
A artista (como toda boa artista) rsr é tão fluida que parece perdida. Ela se deixa levar como uma onda no mar. O problema é que ela fica à mercê dos outros se tornando refém das circunstâncias.
A garçonete deixou seu sonho e talento para trás. Para amenizar a dor dos outros, acaba sacrificando a si mesma.
Qual o limite para amar e não ferir (ou ser ferido)? E o preço a ser pago para ter o que se quer?
O que achei lindo foi perceber que é uma reflexão pessoal, qual é o papel do homem na atualidade.
O final é tocante: um ode à humildade, à simplicidade e um convite à nossa verdadeira essência.
A única coisa que não gostei foi a escolha do casting (cheiro de comida requentada - pelos atores, dava para perceber o papel que cada um iria desempenhar).
Meio clichê, nada Malick.
PS- Para ouvir outras opiniões, vá lá:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/07/1902532-terrence-malick-cria-uma-colagem-inebriante-em-novo-longa.shtml
https://www.theguardian.com/film/2017/jul/06/song-to-song-review-terrence-malick-rooney-mara-michael-fassbender-ryan-gosling
O filme inteiro é arrebatado por imagens de inundar os olhos e o coração além de chacoalhar com reflexões e quatro personagens principais para lá de perturbadores.
O produtor é um homem charmoso, inteligente, competente, hedonista e utilitarista que chega até a ser perverso. Ele consegue distinguir o que os outros tem de melhor e não reluta em tirar o que lhe dá proveito.
O compositor é um personagem apaixonante: tudo o que toca, transforma para melhor, é generoso e só se envolve no que acredita. Por isto mesmo acaba sendo visceral, e é muito linda a transformação pelo qual passa de crescimento e maturidade.
A artista (como toda boa artista) rsr é tão fluida que parece perdida. Ela se deixa levar como uma onda no mar. O problema é que ela fica à mercê dos outros se tornando refém das circunstâncias.
A garçonete deixou seu sonho e talento para trás. Para amenizar a dor dos outros, acaba sacrificando a si mesma.
Qual o limite para amar e não ferir (ou ser ferido)? E o preço a ser pago para ter o que se quer?
O que achei lindo foi perceber que é uma reflexão pessoal, qual é o papel do homem na atualidade.
O final é tocante: um ode à humildade, à simplicidade e um convite à nossa verdadeira essência.
A única coisa que não gostei foi a escolha do casting (cheiro de comida requentada - pelos atores, dava para perceber o papel que cada um iria desempenhar).
Meio clichê, nada Malick.
PS- Para ouvir outras opiniões, vá lá: