Como sempre, a Isabelle Huppert escolhe papéis incríveis para interpretar e, mesmo numa historinha requentada de Madame Bovary, ela manda bem rsrsr.
Nesse filme ela é uma mulher casada com um homem que cuida de gado de competição no interior da França. Enquanto o marido é sistemático desde criancinha, ela sempre foi atraída pelo diferente e por fazer coisas novas (claro que o mala poda a pobre o tempo inteiro) rsrsrs.
Um dia, rola uma festinha de jovens universitários na casa vizinha e ela vai, convidada por um rapaz. Rola um encantamento mútuo que acaba não dando em nada (na
festa).
Porém, sob o pretexto de ir ao médico, ela vai até Paris atrás do rapaz e nem preciso dizer o que acontece, não é? (hahaha).
Por um acaso do destino, no hotel em que está hospedada, ela conhece um médico charmoso de meia idade e, bom... melhor não contar (enquanto um garoto não sabe o que quer, um homem maduro sabe bem o que fazer para chegar lá).
O que achei legal na história foi mostrar as agruras que todo casal passa para ficar junto (não existe vida perfeita).
E o que não gostei foi venderem a ideia de que tudo bem, é apenas uma aventura, que mal tem, é normal, todo mundo passa por isto (como se você fosse todo mundo) rsrsrs ao invés de enfrentar o que incomoda.
Sei lá, talvez não tenha atingido este nível de maturidade, maaaas... não é melhor
falar logo o que pega antes de descambar de vez? Claro, sempre com muita doçura, gentileza, delicadeza. Porque o perigo da gente não se colocar no mundo, é ficar entediada.
Interessante notar que mesmo sendo uma mulher do campo, ela é interessante e interessada (ao contrário da moçadinha parisiense).
E uma pessoa com repertório sempre é mais carismática.
Momento epifania: a apresentação do filho no circo (de prender a respiração)!
Personagem revelação (troféu superbonder): Régis, o funcionário.
Para assistir e vestir a carapuça (preste atenção no desfile de 'pérolas' coadjuvantes: a cunhada, o fornecedor, a gerente de loja)... hahaha.