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Facebook: ninguém faz 500 milhões de amigos sem ganhar alguns inimigos. Este é o slogan do filme mais perturbador dos últimos tempos.
A direção de David Fincher (Clube da Luta, O Curioso Caso de Benjamin Button) está magistral e perfeita: casting, diálogos, cortes de cena... tudo muito rápido, um soco após o outro... aff!
Reflexões que me tiraram da zona de conforto: o dilema ético dos gêmeos (grandeza de caráter x justiça), o papel do líder (reitor de Harvard, obsoleto e omisso), a capacidade criativa e destruidora (falta de moral e deslealdade) de Mark, o poder e o sucesso a qualquer preço (abrindo mão do amor, que se manifesta nos relacionamentos), o 'show' da manipulação (Sean Parker, o inventor da Napster), a 'ingenuidade' em achar que os outros pensam/agem com os mesmos critérios que a gente (Eduardo Saverin, o sócio brasileiro), a ausência de mentores (como diria Paul Tournier, a nossa geração deve pedir perdão por deixar de herança um mundo doente)...
Para saber mais sobre o filme, leia a matéria arrasadora "Um verdadeiro mito", publicada na Veja 2193 (páginas 214-219).